Acho que é uma ótima oportunidade pra começar a discutir mais a sério como aumentar a segurança no transporte público. Metrô e ônibus lotados, as vezes sem uma janela aberta. Ventilacão e filtração de ar são fundamentais no transporte público
Usar máscara corretamente, bem ajustada ao rosto e vedando bem as laterais é fundamental. Deveria ter campanhas massivas de comunicação apontando pra isso. Reforçar a importância de manter o silêncio nesses espaços também
A gente chegou ao absurdo de tirar ônibus e trens de circulação pra fazer higienização de superfícies. A gente tem é que aumentar a disponibilidade deles em horários de pico pra reduzir aglomeração.
Maior perda de tempo e energia esse foco excessivo nas praias. A gente deveria estar se preocupando com espaços fechados e mal ventilados
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Muitas perguntas sobre elevador, se é um espaço de risco.
É possível se contaminar no elevador? Sim, é possível. É provável que você se contamine no elevador? Não muito
Pesa contra ser um espaço fechado e com baixo volume de ar
Pesa a favor o fato de você pegar sozinho, estar sempre de máscara e não ser um espaço onde as pessoas falam muito ou falam alto.
A grosso modo, pra você se infectar, uma quantidade suficiente de partículas contaminadas tem que entrar no seu corpo
Por isso não tem muito essa de "tempo seguro". Se você tiver perto de alguém altamente infeccioso berrando sem máscara em local fechado, menos de 5 min é suficiente. Em locais com menor concentração, precisaria de um tempo maior
Fio sensacional do @parolin_ricardo explicando detalhe por detalhe todas as vias de transmissão e porque a transmissão pelo ar merece tanta atenção. A prevenção dela é mais difícil mas não impossível. Locais ao ar livre são essenciais!
Além disso, precisamos cobrar do poder público medidas mais efetivas na prevenção da transmissão pelo ar. Precisamos que isso seja comunicado de forma clara e transparente pra população. O teatro da higiene com álcool em gel enviesa nossa percepção de risco
Faz com que tenhamos mais medo do parque ao ar livre do que do restaurante em local fechado com todos sem máscara. Muita gente que está tentando se proteger está se expondo a riscos altíssimos por não estar sendo informada disso!
Sobre reuso da PFF2, da tranquilo pra usar bem mais do que 10 vezes ou 30 dias. Desde que eu comecei a trocar o elástico quando ele fica frouxo quase tripliquei a vida útil delas. Enquanto a manta filtrante estiver íntegra dá pra ir reusando
Isso é especialmente crítico agora com esse ressurgimento de casos. E maior dificuldade em encontrá-las. Ainda assim reforço que o mais importante é evitar lugar fechado. Em espaço aberto da tranquilo pra se proteger com máscara de pano BEM AJUSTADA e distanciamento.
Guarde a PFF2 pra espaços como transporte público, que é inevitável, tá sempre cheio e é mal ventilado. Usem com a PFF2 com muita parcimônia e façam o máximo de reusos possíveis
Texto muito bom. É impressionante que a redução de danos para COVID é tabu até pra ala mais progressista da sociedade, que compreende bem sua eficiência em outros contextos. Ainda impera um moralismo proibicionosta que enviesa nossa percepção de risco
Os riscos vem sendo tratados de forma binária. Só o "fique em casa" é considerado seguro e o resto é considerado perigoso. Mais, não fazemos distinção entre o risco baixo e o altíssimo. Ir a praia/parque é muito mais seguro que ir pro restaurante
Mas sempre que se fala de aglomeração colocam imagens das praias e dos parques. A gente precisa urgentemente se comunicar de forma honesta e transparente. Comunicar pelo medo não funciona. Comunicar com sermão não funciona. Usar os casos extremos não funcionam
Eu vou continuar insistindo que a forma como nos comunicamos é tão ou até mais importante que o conteúdo em si. Quanto mais puxamos o elástico, maior o risco dele estourar e jogar a pessoa pro outro lado. Convencimento envolve muita paciência e empatia
Lógico que existem os casos extremos como de influenciador que faz festança ou jogador de futebol que leva 200 convidados. Mas aqui eu estou me referindo ao tio que até entende os perigos da pandemia mas não gosta de usar mascara.
Ou o primo que até se isolou no começo mas uma hora cansou, jogou tudo pro alto e resolveu ir pra balada. Ou até o amigo que vai no bar de vez em quando achando que "é só uma vez ou outra".
Se qualquer pessoa que esteve na festa de Natal começar a apresentar sintomas compatíveis com a COVID, faça a pessoa entrar em isolamento e tentem quarentenar todos que participaram da festa. Além disso, procurem realizar os testes.
Em geral, após 2 a 3 dias da exposição a pessoa tem potencial de infectar outras pessoas. Se a exposição aconteceu na noite do natal essa fase começaria entre hoje e amanhã. O início dos sintomas acontece entre 5-7 dias da exposição, em geral mas pode demorar até 14 dias