"O Brasil está quebrado e eu não consigo fazer nada". Mais uma declaração polêmica de quem está onde não devia. A estupidez condiz com quem a pronunciou e vai jogar lenha na fogueira do terrorismo econômico, que grassa no Brasil há décadas, ora mais, ora menos intenso. (+)
Desta vez, o terrorismo econômico, engordado por essa estultice de que "está quebrado" servirá para "justificar" a genocida política de extinção do Auxílio Emergencial em pleno recrudescimento da pandemia. (+)
É evidente q um país não quebra.
Pode entrar em moratória por desequilíbrio externo e falta de divisas, como já aconteceu aqui; ou enfrentar um processo hiperinflacionário decorrente de instabilidade monetária interna (q pode ser alimentada por deseq externo) mas quebrar não (+)
E, macroeconomicamente falando, a economia brasileira não está hoje próxima nem de um nem de outro desses dois eventos.(+)
Economicamente, um país não quebra, mas pode "quebrar" socialmente. O Brasil sofre já há algum tempo um processo profundo de anomia social. O cenário para o caos social está pronto. O fim do auxilio emergencial pode ser o empurrão que faltava para a peça começar.
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Há uma certa discussão na esquerda sobre se devemos ou não soltar rojões pela vitória de Biden.
Sobre isso penso que é preciso deixar claras algumas coisas: 1) Os EUA são uma potência imperialista; em decadência, é certo, mas imperialista. (+)
2) Desse ponto de vista, pouca diferença faz, para a América Latina, por exemplo, quem está no comando lá. Sempre se acompanha as eleições americanas com interesse, é claro, mas, por isso, eu nunca me preocupei de fato com seu resultado.(+)
A propósito, Glenn Greenwald contou hoje, em entrevista a Mônica Bergamo, que certa vez entrevistou Evo Morales que, como presidente da Bolívia, passou por Bush, Obama e Trump. Perguntou -lhe qual era a diferença entre eles do ponto de vista de seu país e Evo respondeu: nenhuma.
Exato, mas a retração da oferta se deve ao fato de vários países produtores, por conta da situação anormal de pandemia, terem reduzido sua oferta de arroz ao mercado internacional para, estratégicamente, preservarem maiores quantidades para seu consumo interno. Segue
O Brasil fez exatamente o inverso. A exortação foi quase 10 vezes maior neste ano do que em 2019. Os nossos produtores, muito preocupados com seus compatriotas, não desperdiçaram a chance de lucrar como nunca com a subida de preços do produto no mercado externo.
OK, essas são as regras do jogo. Capital não tem pátria e os capitalistas agiram como capitalistas. Mas a situação seria bem diferente se o governo tivesse estoques reguladores e pudesse entrar ofertando para conter a elevação dos preços internos.