Thread by @luizacaires3

❗️Eficácia tira o foco de outras discussões também (ou até mais) importantes

💉Na época do H1N1, o PNI vacinou 80 milhões de pessoas em 3 meses. Mas eles já tinham, antes de começar a campanha 100 milhões de doses da vacina estocadas e insumos preparados (continua...)👇

O médico e pesquisador da USP @josegallucci acredita que estamos voltando muita atenção à questão da eficácia, quando "a nossa maior chance de fracassar será na hora de transformar a vacina em um programa efetivo de vacinação".

Para ele, considerando que essa será uma campanha de vacinação imensa, talvez a maior da história do país, o @minsaude teria que ter mobilizado de maneira coesa sociedade civil, profissionais de saúde, e a classe política, os governos federal e estaduais.

Não houve até o momento nenhum tipo de campanha Pelo contrário, as mensagens são sempre ambivalentes, ambíguas. "Tudo indica que o Governo Federal assumiu o risco de não se preparar acreditando que a pandemia de alguma maneira estivesse menos impactante ou já controlada...

...haja vista que não adquiriu insumos como seringas, e está dependendo de estoques que podem ser usados mas teriam como endereço outras campanhas vacinais, como sarampo, BCG que vão ter que acontecer em paralelo."

"Não sabemos como está o PNI [Programa Nacional de Imunização], o quanto foi desestruturado e se vai ter a mesma potência que tinha antes. Acho improvável, da maneira como as coisas estão sendo feitas, que o Ministério consiga dar conta das duas coisas de maneira organizada", diz

...Com tudo isso, o pesquisador acha que discutir neste momento se a eficácia é 50 ou 60% acaba sendo "picuinha", ainda que ele também tenha críticas sobre a maneira como foi feita a comunicação do Governo Estadual sobre a Coronavac.

"Passando dos 50%, o Ministério teria que estar preparado para começar a vacinação assim que a Anvisa aprovar, mas não está. Honestamente, estou muito preocupado", disse ao Jornal da USP:

jornal.usp.br/ciencias/a-mel…