A Avenida Paulista em sua inauguração em 1891 e recentemente.
A Paulista era originalmente uma rua residencial para a classe alta, com avenidas largas para o trânsito de carroças e bondes.
Possuía diversas mansões em arquitetura art noveau, sendo uma região rural em torno de 1km do centro da cidade.
Um ano após a inauguração, recebeu o Parque Trianon, na época chamado de Parque Paul Villon.
Em 1894, recebeu saneamento e em 1900 pavimentação em macadame, que consiste em 3 camadas de pedras sobrepostas.
Conhecida como “corredor dos barões do café”, muitos moradores da avenida eram ricos desde o meio do século 19, condecorados com o título de Barão por Dom Pedro II, como o fazendeiro José Lacerda Guimarães e sua esposa Maria Dalmácia.
A mansão mais notável da Paulista era a mansão Matarazzo, uma da famílias mais ricas de São Paulo com investimentos em diversos setores.
A mansão possuía 4 400 metros quadrados, 19 quartos, 17 salas, 3 adegas e uma enorme biblioteca.
A residência existiu por 100 anos, de 1896 até 1996, destruída pela Prefeitura de São Paulo para abrigar o Shopping Cidade SP nº 1230.
O patriarca da família, Francesco Matarazzo, morreu com 20 bilhões de dólares de patrimônio - o italiano mais rico do mundo na época.
Em 1909, a Paulista tornou-se a primeira via pública asfaltada de São Paulo, com material importado da Alemanha, para facilitar o deslocamento de carros e bondes elétricos.
Com o aumento da população ao longo do século 20, em 1950 surgiram os primeiros "espigões" na Paulista - prédios de mais de 20 andares, assim como diversos estabelecimentos comerciais.
Durante esse período, foi reformada e ampliada, levando a destruição de muitas casas do período de 1890 - 1930.
A única casa construída antes de 1930 que ainda existe na Paulista é o Palacete Franco de Melo, de 1905.
A restauração do imóvel está sob um impasse com a prefeitura desde 1990.
A partir de 1970, a Paulista tornou-se um dos principais polos econômicos, culturais e turísticos do Brasil.