A transformação da Praça do Comércio em Lisboa em 60 anos. 
É um dos locais mais característicos de Portugal, uma praça em formato de "U" na beira do Rio Tejo, composta de 79 arcos.
Até a década de 90, servia como um estacionamento, possuindo cancelas em diferentes pontos.
A história da praça é antiga: em 1511 o rei D. Manoel construiu o Palácio da Ribeira no mesmo local para servir como sede do governo.
O palácio era semelhante arquitetonicamente com a atual Praça do Comércio.
Possuía edifícios administrativos que lidavam com o comércio entre Portugal, Europa e suas colônias na América, África e Ásia.
Possuía edifícios administrativos que lidavam com o comércio entre Portugal, Europa e suas colônias na América, África e Ásia.
Continha uma biblioteca real de mais de 70 mil livros, muitos sobre o Brasil colonial, já que a impressão de livros era proibida em solo brasileiro.
Recebeu portos e estaleiros, onde desembarcava a aristocracia, estrangeiros e os principais produtos do país.
Em 1755, um grande terremoto atingiu Portugal, com efeitos devastadores em Lisboa e Casablanca.
Embora durou de 3 - 6 minutos, matou de 30 - 50 mil habitantes, gerando fissuras no solo de até 5 metros de largura que destruiu edifícios inteiros.
Embora durou de 3 - 6 minutos, matou de 30 - 50 mil habitantes, gerando fissuras no solo de até 5 metros de largura que destruiu edifícios inteiros.
O Palácio da Ribeira foi totalmente arrasado e cerca de 40 minutos após o terremoto, um tsunami de 10m de altura atingiu Lisboa.
Boa parte dos livros da biblioteca foram destruídos.
Alguns restantes foram transportados para o Brasil, hoje na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e outros na Biblioteca Nacional de Lisboa.
Alguns restantes foram transportados para o Brasil, hoje na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e outros na Biblioteca Nacional de Lisboa.
A tragédia também foi responsável por um aumento de impostos de Portugal sob o Brasil, principalmente em Minas Gerais, Pernambuco e Bahia, com a finalidade de reconstruir o país.
Após o desastre, o Primeiro-Ministro de Portugal, Marquês de Pombal, coordenou um esforço com arquitetos e engenheiros para reconstruir o país.
Baseado no design do Palácio da Ribeira, a Praça do Comércio estava parcialmente pronta no século 18, mas apenas em 1873 o seu principal arco foi inaugurado.
Pombal também reurbanizou as principais cidades do Brasil colonial, como Salvador, Recife, Rio de Janeiro e Vitória, assunto que abordamos em nosso 38º podcast: spoti.fi/38CysKe
No século 19 e 20, a praça foi palco dos principais acontecimentos históricos do país.
Hoje, abriga estabelecimentos comerciais, culturais e departamentos governamentais.
Hoje, abriga estabelecimentos comerciais, culturais e departamentos governamentais.
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