Levantaram 3 mil normas do governo de 2020 mostrando como as mais de 200 mil mortes pode COVID são uma escolha consciente de gestão federal.
"Os resultados afastam a persistente interpretação de que haveria incompetência e negligência da parte do governo federal na gestão da pandemia. Bem ao contrário, a sistematização de dados, ainda que incompletos em razão da falta de espaço para tantos eventos...
revela o empenho e a eficiência da atuação da União em prol da ampla disseminação do vírus no território nacional, declaradamente com o objetivo de retomar a atividade econômica o mais rápido possível e a qualquer custo."
"Como resultado da estratégia que, segundo o Tribunal de
Contas da União, configura a “opção política do Centro
de Governo de priorizar a proteção econômica”, o Brasil
ultrapassou a cifra de 200 mil óbitos em janeiro de 2021,
em sua maioria mortes evitáveis...
por meio de uma estratégia de contenção da doença. Isto constitui uma violação sem precedentes do direito à vida e do direito à saúde dos brasileiros, sem que os gestores envolvidos sejam responsabilizados...
ainda que instituições como o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Contas da União tenham, inúmeras vezes, apontado a inconformidade à ordem jurídica brasileira de condutas e de omissões conscientes e voluntárias de gestores federais."
Frequentemente falo aqui que não sei o que é incompetência ou má fé. A @Deisy_Ventura sabe diferenciar isso muito bem, o que torna o relatório inteiro pavoroso.
Aproveita, se cuida, fica em casa se puder e ajuda a ter menos casos e mais oxigênio até chegar na vez de todo mundo.
Nunca teve vacina desenvolvida enquanto uma pandemia acontecia. Vamos trabalhar pra entrar para história com a melhor saúde e com mais vidas salvas.
Esperando o dia que vou pro posto de saúde ouvindo Partita em Lá menor do Bach na flauta, seja pra tomar a vacina da Fiocruz ou do Bubutantan. Ou o que mais vier e for aprovado :)
A Anvisa é o órgão técnico que nos serve, avaliando a única terapia anti-COVID que temos até aqui: vacinas. É fundamental termos confiança no processo que fizerem. E a avaliação técnica foi transparente e cumpriu o seu papel recomendando a aprovação dessa terapia.
Outro ponto fundamental é garantir que as vacinas são fabricadas de maneira adequada. Tudo o que não queremos é ter uma vacina que funciona gerando problemas de saúde porque foi produzida inadequadamente. Por isso a apresentação sobre o processo.
Sei que o pronunciamento até aqui é bem entediante. Mas estamos vendo a história sendo escrita e transparência é fundamental. Assim como critérios técnicos. Orgulhoso de como foi conduzido até aqui.
Até aqui, avaliação técnica tem sido ótima pro que esperava. Técnica, clara, levantando pontos importantes e consenso entre as pessoas da área que acompanho. Não dá margem para decisões equivocadas, do ponto de vista científico. Se serão decisões científicas, veremos.
Também recomendam aprovação da vacina de Oxford e pedem dados que serão necessários para campanha nacional de imunização. Parecer técnico excelente.
Minha leitura até aqui: a maioria das incertezas é natural de testes e uso emergencial. Ditam mais distribuição das vacinas no plano de imunização do que aprovação ou não. O principal para negar a esse ponto seria ter dúvidas de segurança e os resultados foram bons quanto a isso.
E o parecer técnico foi esse, de aprovação. Sabendo que as perguntas precisam ser respondidas para decidir os passos de uso. E muitas respostas só virão com o acompanhamento de vacinados.
Foi o parecer técnico, até onde entendi, ainda tem votação, não?
Metodologia, farmacopeia e afins - Pegamos a lista de ingredientes e a receita da vacina e conferimos se bate com o que o Brasil e outros já aprovaram. Importante para ver se só sobra o que queremos na vacina.
Cálculo de validade das vacinas - importante para saber por quanto tempo podem ser usadas. Precisam de extrapolação, já que elas não tem um ano depois de feitas. É o que podemos precisar saber se elas forem esquecidas em um galpão, como os testes foram.
Avaliação de anticorpos e potência - é o que permite ações de emergência, como fracionar vacinas (dividir uma dose em várias), como fizemos com a febre amarela nos surtos de anos anteriores.
Uma variante mais transmissível não precisa escapar de imunidade para causar o que vemos em Manaus. Segue um fio do que ser mais transmissível implica e pq vacinas são a melhor saída (além do distanciamento).
O estudo SIREN feito no Reino Unido estimou que 17% dos curados voltam a pegar o vírus (bmj.com/content/372/bm…). Os dados são na maior parte pré-variante mais transmissível. Mas vamos imaginar que a vulnerabilidade se mantém, que só 1/5 dos curado são vulneráveis.
Um vírus mais transmissível tem uma taxa de ataque maior. Isso quer dizer que entre as pessoas expostas, ele consegue infectar mais gente do que o SARS-2 original. No caso do B117, isso parece acontecer pq ele se liga melhor às nossas células.