1. Uma coisa para os q estão convencidos que a única solução de saúde é um SNS à portuguesa ou inglesa em que os médicos e outros profissionais de saúde são todos assalariados do estado. Trabalhei quase um ano na Bélgica e o meu filho nasceu no Hôpital Erasme, onde eu trabalhava.
2. Lá, mal cheguei, tive de escolher uma seguradora. NÃO, nunca paguei o seguro. Quem pagava à seguradora era o governo Belga, em tudo o q achava q devia cobrir. Tds os doentes têm no seu tlm o telefone do seu médico de família a quem ligam. Ele atende pq não quer perder doentes.
3. Há coisas q a seguradora não paga pq o gov. Belga não lhe paga a ela. O médico tem de avisar o dte q é um extra. A Obstetra perguntou “quer q eu esteja presente pessoalmente no parto ou pode ser o médico de serviço?” Nós dissémos q queríamos q fosse ela. Pagámos extra.
4. Qdo a minha mulher foi internada perguntaram “quer ficar sozinha num quarto? A seguradora não paga a diferença entre um versus dois doentes num quarto” Dissemos q sim, mas não pagámos pq o hospital me ofereceu pois eu era do staff.
5. Um dia achei q o pediatra devia ver o meu filho. A enf achou q não, estava tudo bem. Insisti. Ela avisou-me “se o médico vier d urgência e não modificar nada d q está a ser feito, a seguradora não paga pq não fui eu q chamei. O pediatra concordou com a enf. E eu paguei.
6. Aos dois médicos paguei pouco e percebi pela cara deles q o pouco q paguei não compensava. Cá a saúde tem dois sistemas (tirando a ADSE): ou se é da classe média/média alta E saúdável ou se é pobre/doente. Lá o sistema é IGUAL para todos, sendo a diferença complementos baixos.
7. Prefiro o sistema das seguradoras Belgas. É mais eficaz, mais justo, mais universal materialmente, o médico médio ganha melhor e não há abutres q fazem da medicina uma negociata imoral aproveitando os buracos do SNS. Quem quer ser milionário, n Bélgica, escolhe outra pofissão
8. Não tenho nada, zero, contra os milionários, o lucro ou o negócio. Desde q justo, com concorrência leal e sem ser à custa de truques que deitam a mão a dinheiro público indevido ou a dinheiro q vive das falhas da hiperregulação (tipo SNS).

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29 Jan
1. Os doentes COVID ou suspeitos vão às urgências hospitalares porque temem q a sua doença seja grave e tenham de ficar internadas. Na COVID o sinal de gravidade mais comum (sensação de falta de ar / fadiga) é menos fiável q noutras doenças. Tem de ser um médico a ver o doente.
2. O médico, não o próprio doente, procura (na COVID) 4 sinais simples (simplificando): A) O oxigénio está baixo no sangue do doente? B) O “trabalho respiratório” é excessivo para o oxigénio estar bem (vai cansar-se em horas e depois o oxigénio baixa)? C)...
3. C) Há sinais de atingimento não respiratório (marcador de gravidade), por exemplo um trombo/embolia ou outro? D) As análises (PCR/DDímeros/ LDH altos ou Linfocitos baixos (ou outroas) e/ou a percentagem de pulmão com pneumonia visível no RX/TC é alta pulmão “poupado baixo)?
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28 Jan
1.Há escassos anos (durante o mandato de Passos) apercebi-me q, tal como em Sá Carneiro o assumir da separação com a esposa teve um impacto cultural, com Passos o não receber Salgado teve um impacto cultural. Nesse mandato tornou-se claro q a questão direita-esquerda perdeu valor
2. Fui (e sou) crítico desse mandato, mas por motivos diferentes dos ideológicos (éramos semi-govrrnados por estrangeiros e tirá-los de cá era o objetivo de Passos). Foi aí q percebi q a mitomania do polvo PS / CPM eram a face visível, não da corrupção inevítável, mas da “rede”.
3. Existe uma rede inorgânica, por enqto, de com propriedades transitivas de troca de favores. Não é “este tipo é meu amigo e é muito bom, desenrasca-lhe esta chatisse”, é “este tipo é “nosso amigo””, foi sinalizado, encaixa-o neste ou naquele esquema.
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27 Jan
1. Continuo convencido q a pandemia estará em espiral de resolução no fim da primavera. Não é porque a SANOFI francesa vai iniciar a produção de vacinas, juntando como previsto a sua máquina industrial ao resto do ocidente. É por más razões (catástrofe sanitária em curso).
2. A catástrofe sanitária em curso mata e debilita, mas imuniza os sobreviventes. A propagação viral à solta, com mtos infetados não reconhecidos, cria imunidade talvez semelhante à vacina. Se 25% da população for infetada, a imunidade de grupo para os sobreviventes é relevante.
3. Se ao objetivo 80% de imunizados retirarmos 20 ou 25%, ficaria para o plano de vacinação 55%. Muito antes disso já será sensível o efeito vacinação + infeção + INF. Isto se não houver redundância.
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27 Jan
2. Os militares comungam, em termos de prever cenários e gerir riscos, da situação descrita pelos pilotos de aviação. Um explicava há anos: a aviação é complexa como os hospitais, mas nós vamos DENTRO do avião. Isso muda mto a perspetiva do gestor de risco
3. Não espantaria um militar a carta q escrevi a Graça Freitas no início de março para liderar uma equipa de observação e ajuda à lombardia. Não era só solidariedade europeia. Era uma missão de observação. Foi recusada, da forma habitual
4. Planear. Se um hospital gastar, por exemplo, 80 m3 de oxigénio por hora normalmente e, em crise COVID, passasse a gastar 240 m3, na lombardia, isso (entre dezenas doutros aspetos) criaria um pedido no ponto de entrega (tomadas) a ser alimentado pela rede.
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17 Jan
Sócrates levou a economia à bancarrota, chamou a Troika e fugiu. Costa e Marcelo levaram o país a uma crise humanitária e só não chamam uma Troika pq para isto não há. Temida grita que agora é cada um por si. A economia vai de seguida.
Portugal foi parcialmente protegido da pandemia por ser pobre. O vírus segue a mobilidade das pessoas e os dados, onde há dados, documentam que os países mais desenvolvidos são mais atingidos e mais cedo. PT deve ser comparado com a Grécia ou países senelhantes. Não a Holanda.
Esse facto - estarmos numa ponta da Europa, longe do epicentro Norte de Itália-França/Alemanha-UK, ajudou-nos no início e revela q a resposta alemã foi melhor e a Espanhola pior q o esperado. Madrid (mais rica) foi muy mala. PT falhou mais e mentiu mais q a Europa comparável.
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17 Dec 20
Disse-o no passado e insisto: misturar doentes COVID positivo geradores de aerossois, com doentes não COVID, sem suspeita de serem COVID, dias a fio, alegando minudências formais (“o circuito”) é crime.
O dte entra sem pneumonia por TAC, sem clínica ou laboratório sugestivos, com uma explicação clínica clara para as suas queixas, fica um ou dois ou três dias misturado com COVIDs a fazerem aerossois (VNI), vem o teste negativo confirmado / reconfirmado, vai p a enf limpa e...
... três ou 5 ou 10 dias depois está a infetar toda a gente e lá o levam para a enfermaria COVID. Onde apanhou o COVID? Onde será q foi? Ah, mas não temos o genoma todo em detalhe e assim fica difícil de provar. Pois. Foi o gato, não a mistura com os COVID comprovados no banco.
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