A recomendação de hoje é um pensador, escritor e investidor original, iconoclasta e inovador: Nassim Taleb. Seus dois livros - O Cisne Negro e Antifrágil - são uma aula imperdível sobre o mundo moderno.
Em O Cisne Negro, Taleb fala sobre os acontecimentos inesperados que mudam tudo (os tais “cisnes negros”), uma década antes da epidemia maldita. Em Antifrágil ele aborda estratégias, organizações e estilos de vida que se beneficiam da volatilidade e de mudanças súbitas.
Uma das melhores partes é quando Taleb DESTRÓI os “especialistas” da mídia - inclusive os economistas - que ganham fortunas para fazer previsões que nunca se concretizam, e pelas quais eles nunca são cobrados.
Taleb destila erudição, bom humor e inteligência em dezenas de dicas práticas (que ele chama de “heurísticas”) sobre uma variedade quase infinita de assuntos, de decisões de investimento até dieta e exercícios.
Sim: dieta e exercícios - minha alimentação e rotina de malhação é inspirada nas dicas do Taleb.
O psicólogo Gerd Gigerenzer tem uma heurística simples. Nunca pergunte ao médico o que você deve fazer. Pergunte a ele o que ele faria se estivesse em seu lugar. Você ficará surpreso com a diferença.
-Nassim Taleb
Evitar o tédio é o único modo de ação digno. A vida de outra forma não vale a pena ser vivida.
-Nassim Taleb
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Passei na frente da TV. O telejornal mostrava mais uma matéria lacradora com “pessoas em situação de vulnerabilidade social”.
O eufemismo é a morte da linguagem. Quem mata a linguagem, mata o pensamento.
Agora é proibido falar “pobre”. Os pobres viraram todos essas “pessoas em situação de vulnerabilidade social”.
É um termo paternalista, condescendente e sem qualquer significado. Todos nós somos, de alguma forma, "vulneráveis socialmente".
Também é proibido falar “mendigos”. São “pessoas em situação de rua”.
Uma vez, ouvi do comandante da Brigada Militar do Rio Grande do Sul (é como chamam a Polícia Militar de lá) que a tropa dele não falava mais “bandido”. O termo usado era “indivíduo em situação de risco social”
Em alguma dia, no início dos anos 80, eu voltava da faculdade quando o ônibus onde eu estava levou uma fechada de outro ônibus. O motorista, ensandecido, pisou no acelerador e saiu pelas ruas do Rio furando sinais, tentando alcançar o motorista ofensor.
Ele finalmente o encontrou, parado em um ponto. Sem pensar duas vezes - e para terror de todos os passageiros - ele jogou o ônibus em cima do outro veículo. Estilhaços dos vidros caíram aos meus pés. Por pouco não me machuquei gravemente.
O tempo passou e pouco mudou nos transportes do Rio.
Os motoristas do BRT entraram em greve. O presidente do consórcio de empresas que opera o sistema diz que não há dinheiro para pagar salários ou combustível.
A diferença entre a bolsa americana e a brasileira é que a americana é manipulável e a brasileira é manipulada.
Com os atuais juros baixíssimos, proliferam os vendedores de investimentos mágicos e "estratégias diferenciadas" que vão te ensinar a ficar rico "em 2 horas por dia".
Se você descobrisse uma estratégia mágica pra ganhar muito, você ia vendê-la pela internet ou encher seus bolsos de dinheiro quietinho?
Essa não é a primeira vez que uma geração se deslumbra com esquemas mágicos.
Eles sempre terminam em choro e ranger de dentes.
O Brasil já viu a Merposa ("Merda em Pó SA"), o Boi Gordo, a TelexFree, as empresas X.
Agora qualquer vídeo do YouTube que você assiste começa com um sujeito querendo te ajudar a ficar rico.
Dicas fundamentais para quem se agonia por não conseguir ler todos os livros que compra:
1. Leia vários livros ao mesmo tempo. Use caneta para marcar trechos relevantes, marcador colorido nas páginas e um marcador grande para saber onde você parou
2. Não é necessário ler do início (intimida muita gente). Abra o livro em um trecho qualquer e comece a ler. Depois de pegar o gosto do livro, você pode voltar ao início. Certos livros eu nunca leio na sequência, vou e volto no texto, especialmente livros de ensaios ou história.
3. Deixe alguns livros em cada cômodo da casa, e leia esses livros quando estiver ali.
Prefeito Eduardo Paes: "Se tivermos que fechar alguma coisa daqui pra frente a última coisa que vamos fechar são as escolas. Se tivermos que fechar, vamos fechar o comércio antes, a academia, a piscina, a praia. A última coisa a fechar vai ser a escola".
"Vamos inverter essa lógica maluca que se inventou no Brasil, na qual a gente vai abrindo tudo e a escola fica fechada. A escola vai ficar aberta".
"A gente já tem uma pandemia que tem trazido a morte de muita gente, não precisamos matar uma geração de crianças que não vão conseguir se alfabetizar e não vão ter um aprendizado adequado. Chega".
Os Intelectuais e a Sociedade – Thomas Sowell
Essa é uma análise devastadora e libertadora sobre o papel dos intelectuais na sociedade moderna.
Em “Os Intelectuais e a Sociedade” o grande economista Thomas Sowell DEMOLE a pretensão dos intelectuais de serem porta-vozes da virtude e da verdade, mostrando como eles moldam a opinião pública a serviço de seus próprios interesses ou dos interesses do poder.
Sowell destrói mitos e mentiras do discurso “intelectual” sobre crime, cotas, socialismo, ensino e economia, desnudando a precariedade ou completa falsidade das posições dos “especialistas” e ativistas - tudo com abundância de fontes e referências e um texto límpido e saboroso.