Os Intelectuais e a Sociedade – Thomas Sowell
Essa é uma análise devastadora e libertadora sobre o papel dos intelectuais na sociedade moderna.
Em “Os Intelectuais e a Sociedade” o grande economista Thomas Sowell DEMOLE a pretensão dos intelectuais de serem porta-vozes da virtude e da verdade, mostrando como eles moldam a opinião pública a serviço de seus próprios interesses ou dos interesses do poder.
Sowell destrói mitos e mentiras do discurso “intelectual” sobre crime, cotas, socialismo, ensino e economia, desnudando a precariedade ou completa falsidade das posições dos “especialistas” e ativistas - tudo com abundância de fontes e referências e um texto límpido e saboroso.
Se você vai ler apenas um livro esse ano, leia esse.
Quase Tudo – Danuza Leão
A recomendação de hoje é um livro biográfico que dá vontade de se ler de uma vez só. E é surpreendente: Danuza Leão é mestre do texto, combinando emoção, leveza, bom humor e ironia nas doses certas.
Danuza esteve no centro dos principais acontecimentos políticos, sociais e culturais do país desde a década de 50. Ele narra sua vida - uma vida fascinante, imprevisível e bem-vivida, cheia de episódios comoventes - enquanto, ao mesmo, conta a história do Brasil.
É a história de uma mulher que construiu seu caminho com liberdade, independência e determinação, sem pagar pedágio moral ou ideológico a ninguém. É um livro sobre uma mulher moderna escrito - e isso não é pouco mérito - sem qualquer lacração.
O livro foi best-seller quando lançado, e merecidamente.
The Second World War – John Keegan
Me pediram sugestão de um livro sobre a Segunda Guerra Mundial. Tenho muitos livros sobre guerras. Meu autor favorito é John Keegan. Ele é o melhor.
Seu livro sobre a Segunda Guerra tem tudo o que você precisa saber sobre aquele conflito global e as histórias dos homens que dele participaram. É uma leitura importante nos dias de hoje:
Pós-guerra: História da Europa Desde 1945 – Tony Judt
Para entender o que está acontecendo na Europa hoje é fundamental entender o que acabou de acontecer. O livro Pós-Guerra: História da Europa Desde 1945, de Tony Judt, vai te contar isso.
Judt explica as transformações da Europa, partindo da inacreditável devastação e pobreza do final da Segunda Guerra e passando pela milagrosa recuperação da Europa Ocidental e pela queda da Europa Oriental nas garras do comunismo.
No caminho, ele explica a ascensão de Margaret Tatcher, o fenômeno do terrorismo, a decadência e fim dos impérios coloniais e as escolhas feitas pelos líderes e povos europeus - nem sempre sensatas, e influenciadas pelo antagonismo entre as potências americana e soviética.
É a história da Europa, das ruínas da guerra ao Rock and Roll, da divisão da Alemanha à queda do muro de Berlim, contada em um texto fluido, elegante e bem documentado.
O Encontro Marcado – Fernando Sabino
A recomendação de hoje é um clássico da literatura brasileira. Um livro leve, comovente e bem escrito que conta a trajetória do escritor Eduardo Marciano desde a infância em Minas Gerais até a maturidade no Rio, nas décadas de 1950/60/70.
É um retrato surpreendente de um mundo que parece tão distante, mas com o qual - como o livro mostra de forma magistral - ainda temos tanto em comum.
The Encyclopedia of World History
A recomendação de hoje é pesada (como convém ao dia). Pesada de erudição, de valor cultural e de peso físico também. A Enciclopédia da História Mundial é uma daquelas referências essenciais que você precisa sempre ter ao alcance da mão.
Eu gosto de abrir ao acaso e começar a ler. São mais de 20.000 verbetes que cobrem desde a pré-história até o ano 2.000. Os itens são agrupadas por geografia, dando uma visão em profundidade de eventos distintos, ao mesmo tempo em que apresentam uma linha do tempo da história.
O texto é claro, conciso, rico e isento de qualquer viés - e só isso já seria motivo suficiente para aplauso.
É para quem tem aquele apetite insaciável por leitura e conhecimento, e não se intimida com a questão do idioma (o livro só está disponível em inglês).
Economia em uma única lição -Henry Hazlitt
Esse é o ÚNICO livro que você precisa ler para entender como funciona a economia. É curto, claro, objetivo e bem escrito, explicando os conceitos em linguagem comum.
Para completar, essa nova edição tem prefácio do mestre @biraiorio. IMPERDÍVEL.
68 Contos - Raymond Carver
Raymond Carver é um dos melhores escritores que já li na vida. E já li muito. Carver é mestre absoluto do conto curto, que vi direto ao ponto. É mestre da linguagem, que usa com economia e precisão.
É mestre em captar as experiências da vida diária, as pequenas tragédias e esperanças. Tem um texto absolutamente delicioso de ler. DE-LI-CI-O-SO. Meus contos favoritos são “Por que não dançam?”, “Tanta água tão perto de casa” e a obra prima “Penas”.
A recomendação de hoje é um pensador, escritor e investidor original, iconoclasta e inovador: Nassim Taleb. Seus dois livros - O Cisne Negro e Antifrágil - são uma aula imperdível sobre o mundo moderno.
Em O Cisne Negro, Taleb fala sobre os acontecimentos inesperados que mudam tudo (os tais “cisnes negros”), uma década antes da epidemia maldita. Em Antifrágil ele aborda estratégias, organizações e estilos de vida que se beneficiam da volatilidade e de mudanças súbitas.
Uma das melhores partes é quando Taleb DESTRÓI os “especialistas” da mídia - inclusive os economistas - que ganham fortunas para fazer previsões que nunca se concretizam, e pelas quais eles nunca são cobrados.
Em alguma dia, no início dos anos 80, eu voltava da faculdade quando o ônibus onde eu estava levou uma fechada de outro ônibus. O motorista, ensandecido, pisou no acelerador e saiu pelas ruas do Rio furando sinais, tentando alcançar o motorista ofensor.
Ele finalmente o encontrou, parado em um ponto. Sem pensar duas vezes - e para terror de todos os passageiros - ele jogou o ônibus em cima do outro veículo. Estilhaços dos vidros caíram aos meus pés. Por pouco não me machuquei gravemente.
O tempo passou e pouco mudou nos transportes do Rio.
Os motoristas do BRT entraram em greve. O presidente do consórcio de empresas que opera o sistema diz que não há dinheiro para pagar salários ou combustível.
A diferença entre a bolsa americana e a brasileira é que a americana é manipulável e a brasileira é manipulada.
Com os atuais juros baixíssimos, proliferam os vendedores de investimentos mágicos e "estratégias diferenciadas" que vão te ensinar a ficar rico "em 2 horas por dia".
Se você descobrisse uma estratégia mágica pra ganhar muito, você ia vendê-la pela internet ou encher seus bolsos de dinheiro quietinho?
Essa não é a primeira vez que uma geração se deslumbra com esquemas mágicos.
Eles sempre terminam em choro e ranger de dentes.
O Brasil já viu a Merposa ("Merda em Pó SA"), o Boi Gordo, a TelexFree, as empresas X.
Agora qualquer vídeo do YouTube que você assiste começa com um sujeito querendo te ajudar a ficar rico.
Dicas fundamentais para quem se agonia por não conseguir ler todos os livros que compra:
1. Leia vários livros ao mesmo tempo. Use caneta para marcar trechos relevantes, marcador colorido nas páginas e um marcador grande para saber onde você parou
2. Não é necessário ler do início (intimida muita gente). Abra o livro em um trecho qualquer e comece a ler. Depois de pegar o gosto do livro, você pode voltar ao início. Certos livros eu nunca leio na sequência, vou e volto no texto, especialmente livros de ensaios ou história.
3. Deixe alguns livros em cada cômodo da casa, e leia esses livros quando estiver ali.
Prefeito Eduardo Paes: "Se tivermos que fechar alguma coisa daqui pra frente a última coisa que vamos fechar são as escolas. Se tivermos que fechar, vamos fechar o comércio antes, a academia, a piscina, a praia. A última coisa a fechar vai ser a escola".
"Vamos inverter essa lógica maluca que se inventou no Brasil, na qual a gente vai abrindo tudo e a escola fica fechada. A escola vai ficar aberta".
"A gente já tem uma pandemia que tem trazido a morte de muita gente, não precisamos matar uma geração de crianças que não vão conseguir se alfabetizar e não vão ter um aprendizado adequado. Chega".
Todos sabem que dezenas de milhares de criminosos presos foram soltos, em todo o Brasil, para que fossem “preservados” da pandemia. Até agora ninguém sabia quais foram as consequências desse ato piedoso.
Já podemos ter uma ideia.
O Ministério Público de Minas Gerais e o Departamento Penitenciário (Depen) divulgaram dados sobre a reincidência dos presos que foram “desencarcerados”, para usar o termo na moda.
33% dos presos que foram soltos em Minas cometeu novos crimes. Repetindo: UM TERÇO dos criminosos voltou a exercer sua antiga profissão de aterrorizar a sociedade.
É difícil de acreditar que os responsáveis pela soltura não tivessem consciência de que o resultado seria esse.