A escolha dos tipos humanos que hoje habitam a casa do BBB parece ter sido feita com base em um discurso predominante, a ser disseminado a milhões de pessoas.
Entretanto, na minha análise, algo ali deu errado: os personagens acabaram ficando demasiadamente caricaturais, com discursos extremos, que não seduzem o homem simples. Ao contrário, afastam-no.
Imaginem o seu Manoel da padaria ouvindo que a culpa dos males do mundo é dele, do “homem branco”. Tentem visualizar a dona Neide, cozinheira, ouvindo sobre a maquiagem do homem hétero ser para todes. T-O-D-E-S.
O homem simples não adere a esta conversaiada ridícula, e nutrirá um sentimento de rejeição ainda maior por esta nova ordem que tentam nos empurrar goela abaixo.
Já os lacradores estão se vendo no espelho, alguns tomando ciência do quanto são insuportáveis.
Já os lacradores estão se vendo no espelho, alguns tomando ciência do quanto são insuportáveis.
Na guerra cultural, o discurso mais perigoso é aquele com aparência de ponderado, que camufla eficazmente as intenções obscuras. Não há ponderação nas personalidades escolhidas para o BBB. Essas caricaturas aí são quase um tiro no pé.
Militaram errado na guerra cultural.
Militaram errado na guerra cultural.
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