Romano Mussolini é bisneto de Benito, o Mussolini mais famoso, criador do fascismo, mas não se interessa por política e gosta mesmo é de futebol.
Acaba de completar 18 anos e joga nas categorias de base da Lazio.
A posição não poderia ser mais irônica: joga na lateral...direita
Pode ser irônico que Romano jogue na Lazio, clube com ultras que são fascistas declarados, mas ele começou na rival, a Roma.
A Lazio a levou para sua base com 14 anos.
Ele diz que, lá, é julgado pela forma como joga, não pelo sobrenome. Acaba de assinar contrato profissional.
O sobrenome Mussolini, no caso de Romano, vem da mãe, Alessandra, política de direita e atriz de TV na Itália.
Mas o lateral não esconde a relação da família com o passado italiano, e atua com os sobrenomes tanto do pai quanto da mãe: atende por Romano Floriani Mussolini.
Falamos bastante sobre a relação tanto de Lazio quanto de Roma com o fascismo na Itália no episódio 28 do podcast Copa Além da Copa.
A situação é complexa.
Embora a Lazio tenha tornado Benito seu presidente de honra, a Roma é uma criação do fascismo.
O Al-Ahly venceu o Al-Duhail por 1 a 0 e avançou no Mundial de Clubes.
Em mais de 100 anos de história, o clube já teve técnicos egípcios, de variadas nacionalidades europeias e até uruguaios.
Agora, pela primeira vez conta com um treinador vindo da África sub-saariana.
No século XXI, o Al-Ahly tem preferido buscar técnicos estrangeiros.
Já teve quatro portugueses, dois alemães, dois holandeses, um espanhol, um francês, um suíço e um uruguaio. Em compensação, foram apenas três egípcios.
Ainda assim, após a demissão do suíço René Weiler, foi considerado um movimento ousado buscar o sul-africano Pitso Mosimane na África do Sul, uma vez que a África sub-saariana não é normalmente considerada como fonte de técnicos.
Sem poder acessar pistas atléticas por causa do lockdown no País de Gales, corredoras profissionais têm sido alvo de assédio sexual e violência ao praticarem corridas nas ruas e parques.
A situação é irônica: trancadas pra fora por questão de segurança, elas estão inseguras.
“Já ouvi comentários inapropriados sobre meu corpo, assobios, carros diminuindo a velocidade pra me encarar, e já tive até uma lata de cerveja arremessada contra mim”, conta Rhiannon Linington-Payne, campeã galesa dos 400 metros.
Outra corredora, Hannah Brier, de 22 anos, que compete nos 100 e nos 200 metros, foi perseguida por um motorista que ia e voltava, gritando ofensas.
Ela relata que o medo foi tamanho que teve de ligar para o pai para que fosse buscá-la.
A União Soviética protagonizou duas das mais memoráveis rivalidades esportivas da história: contra os Estados Unidos, nas Olimpíadas, e contra a Iugoslávia, no futebol.
Vem conhecer toda a história sobre como esse imenso país lidou com os esportes: anchor.fm/copa-alm-da-co…
Foi graças às declarações de Jean-Marie Le Pen que muitos jogadores da consagrada geração "blanc, black et beur" pararam de cantar o hino antes dos jogos.
Marine Le Pen se diz menos radical que o pai e até o expulsou do partido, mas também tem muitas políticas anti-imigração.
Inclusive, graças à chegada de Marine Le Pen no segundo turno das eleições de 2017, Emmanuel Macron também apertou a sua política anti-imigração.
Com as novas leis que o atual presidente aprovou, boa parte da seleção campeã mundial em 2018 não poderia atuar pelo país.
Lilian Thuram nasceu em Guadalupe, um departamento francês no Caribe, e se mudou para a França continental aos 9 anos de idade.
Foi só aí que aprendeu sobre o racismo: na TV francesa, um desenho animado de sucesso tinha duas vacas. A branca era inteligente, a preta era estúpida
Como jogador de talento, ganhou uma chance no Monaco dirigido por Arsène Wenger. Fez sucesso e foi vendido em 96 ao Parma da Itália, time inflado pelos dólares laticínios de sua patrocinadora. Mas, em 2001, o clube entraria em grande crise financeira e necessitaria vendê-lo.
A Lazio, um dos clubes mais ricos do futebol italiano, queria Thuram. Homem culto, que já lia e se manifestava contra o racismo há muitos anos, ele desconfiava dos ultras da Lazio, famosos por sua admiração a Mussolini. Na hora H, negou-se a ir para Roma: “não jogo pra fascistas”