Foi graças às declarações de Jean-Marie Le Pen que muitos jogadores da consagrada geração "blanc, black et beur" pararam de cantar o hino antes dos jogos.
Marine Le Pen se diz menos radical que o pai e até o expulsou do partido, mas também tem muitas políticas anti-imigração.
Inclusive, graças à chegada de Marine Le Pen no segundo turno das eleições de 2017, Emmanuel Macron também apertou a sua política anti-imigração.
Com as novas leis que o atual presidente aprovou, boa parte da seleção campeã mundial em 2018 não poderia atuar pelo país.
Nós nos aprofundamos mais nessas questões no último episódio do nosso podcast, que fala sobre a imigração e o futebol na França. Você pode ouvi-lo aqui: anchor.fm/copa-alm-da-co…
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O Al-Ahly venceu o Al-Duhail por 1 a 0 e avançou no Mundial de Clubes.
Em mais de 100 anos de história, o clube já teve técnicos egípcios, de variadas nacionalidades europeias e até uruguaios.
Agora, pela primeira vez conta com um treinador vindo da África sub-saariana.
No século XXI, o Al-Ahly tem preferido buscar técnicos estrangeiros.
Já teve quatro portugueses, dois alemães, dois holandeses, um espanhol, um francês, um suíço e um uruguaio. Em compensação, foram apenas três egípcios.
Ainda assim, após a demissão do suíço René Weiler, foi considerado um movimento ousado buscar o sul-africano Pitso Mosimane na África do Sul, uma vez que a África sub-saariana não é normalmente considerada como fonte de técnicos.
Sem poder acessar pistas atléticas por causa do lockdown no País de Gales, corredoras profissionais têm sido alvo de assédio sexual e violência ao praticarem corridas nas ruas e parques.
A situação é irônica: trancadas pra fora por questão de segurança, elas estão inseguras.
“Já ouvi comentários inapropriados sobre meu corpo, assobios, carros diminuindo a velocidade pra me encarar, e já tive até uma lata de cerveja arremessada contra mim”, conta Rhiannon Linington-Payne, campeã galesa dos 400 metros.
Outra corredora, Hannah Brier, de 22 anos, que compete nos 100 e nos 200 metros, foi perseguida por um motorista que ia e voltava, gritando ofensas.
Ela relata que o medo foi tamanho que teve de ligar para o pai para que fosse buscá-la.
A União Soviética protagonizou duas das mais memoráveis rivalidades esportivas da história: contra os Estados Unidos, nas Olimpíadas, e contra a Iugoslávia, no futebol.
Vem conhecer toda a história sobre como esse imenso país lidou com os esportes: anchor.fm/copa-alm-da-co…
Romano Mussolini é bisneto de Benito, o Mussolini mais famoso, criador do fascismo, mas não se interessa por política e gosta mesmo é de futebol.
Acaba de completar 18 anos e joga nas categorias de base da Lazio.
A posição não poderia ser mais irônica: joga na lateral...direita
Pode ser irônico que Romano jogue na Lazio, clube com ultras que são fascistas declarados, mas ele começou na rival, a Roma.
A Lazio a levou para sua base com 14 anos.
Ele diz que, lá, é julgado pela forma como joga, não pelo sobrenome. Acaba de assinar contrato profissional.
O sobrenome Mussolini, no caso de Romano, vem da mãe, Alessandra, política de direita e atriz de TV na Itália.
Mas o lateral não esconde a relação da família com o passado italiano, e atua com os sobrenomes tanto do pai quanto da mãe: atende por Romano Floriani Mussolini.
Lilian Thuram nasceu em Guadalupe, um departamento francês no Caribe, e se mudou para a França continental aos 9 anos de idade.
Foi só aí que aprendeu sobre o racismo: na TV francesa, um desenho animado de sucesso tinha duas vacas. A branca era inteligente, a preta era estúpida
Como jogador de talento, ganhou uma chance no Monaco dirigido por Arsène Wenger. Fez sucesso e foi vendido em 96 ao Parma da Itália, time inflado pelos dólares laticínios de sua patrocinadora. Mas, em 2001, o clube entraria em grande crise financeira e necessitaria vendê-lo.
A Lazio, um dos clubes mais ricos do futebol italiano, queria Thuram. Homem culto, que já lia e se manifestava contra o racismo há muitos anos, ele desconfiava dos ultras da Lazio, famosos por sua admiração a Mussolini. Na hora H, negou-se a ir para Roma: “não jogo pra fascistas”