1/5 Uma pergunta que sempre recebemos de pessoas físicas: devo investir em fundos de ações fazendo aportes constantes ou investindo tudo de uma só vez? Gostamos de recomendar aportes constantes por longos períodos. Esse texto explica bem os motivos: ofdollarsanddata.com/just-keep-buyi…
2/5 Sempre há gente receosa de investir em ações por temer que em breve venha um colapso. O site Of Dollars and Data calculou o que aconteceria com a carteira do investidor mais azarado do mundo, que fez 4 aportes em ações às vésperas dos 4 maiores crashes do S&P de 1973 a 2008.
3/5 Surpreendentemente o resultado foi que esse homem teve um lucro anualizado de 9% ao ano em dólares entre 1973 e 2017. Considerando que dificilmente alguém vai ser tão azarado de comprar somente nos piores momentos da Bolsa, nos parece um retorno razoável.
4/5 Agora pense em alguém que investiu no IP Participações quando o fundo atingiu sua máxima em 2008, antes do estouro da crise do subprime. Mesmo entrando no pior momento, esse investidor conseguiu ganhar mais de 5x o Ibovespa ou 14% ao ano desde então.
5/5 Fundos de ações oferecem ótimas oportunidades. Com aportes constantes, em excelentes empresas, por longos períodos de tempo, suas chances de acumular patrimônio crescem – independente das correções que seguramente virão pelo caminho.
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1/8 Um múltiplo baixo significa que uma ação está barata? Gostamos muito de uma apresentação da RV Capital, uma gestora europeia, que desmonta essa análise simplista que atrapalha a vida de tantos investidores.
2/8 A gestora projeta o lucro de 5 tipos diferentes de negócios: o Mr. Value Trap, Mr. Value Stock, Mr. Growth, Mr. Good Business e o Mr. Great Business. O Value Trap é o pior negócio: sem crescimento mas com inflação de custo, o lucro definha no tempo.
3/8 Na ponta oposta está o Mr. Great Business que, além de ter crescimento e alavancagem operacional, possui poder de preço. O resultado é um lucro que cresce exponencialmente.
1/12 Gostamos da definição de margem de segurança de Ben Graham, que escreveu que quanto maior é o desconto no preço da ação em relação ao valor intrínseco, menor é o risco do investidor. Mas acreditamos que Robert Vinall (foto) foi bem feliz em aprimorar a proposição de Graham.
2/12 Na carta semestral da RV Capital, uma das assets mais bem-sucedidas da Europa, Vinall discorda especificamente desse trecho da tese de Graham: “A função da margem de segurança é, em essência, tornar desnecessária uma estimativa precisa do futuro [no valuation].”
3/12 O problema de colocar as coisas assim é que muitos investidores chegam à conclusão que não vale a pena passar tempo pensando sobre o futuro. É como se o conselho de Graham fosse: “Somente pague um preço baixo o suficiente, e seu investimento vai cuidar dele mesmo.”
1/5 Desde jan/96 o dinheiro investido no fundo IP Participações se multiplicou por 114 vezes (o quádruplo do Ibovespa e do CDI). Conversamos com um de nossos cotistas mais antigos, o @EduardoGuedesC2, que está no fundo há 24 anos. Algumas lições da sua história bem-sucedida:
2/5 O Eduardo só investe em 2 fundos de ações há muitos anos: o IP Part e o Dynamo Cougar. Manter o dinheiro no mesmo fundo de ações é excelente porque não há come-cotas e você só paga IR no resgate. Quem troca muito de fundo perde parte da bola de neve dos retornos compostos.
3/5 Como deixar o dinheiro em paz por tanto tempo, mesmo com várias crises e mudanças nas gerações da equipe de gestão da IP? Eduardo investiu pela 1ª vez na Bolsa em 1987 e vendeu tudo na baixa. Perder dinheiro lhe ensinou que nos piores momentos é melhor não fazer nada.
1/5 Parece contraintuitivo, mas o crescimento acelerado de um mercado pode acabar reduzindo as vantagens de escala das empresas dominantes. Veja o exemplo de adquirentes e locadoras de veículos. Um mercado maior tornou a vida dos entrantes menos difícil.
2/5 No livro “Competition Demystified”, Bruce Greenwald e Judd Kahn explicam esse conceito. Custos fixos, por definição, são constantes. À medida que um mercado cresce, os custos fixos ficam menos representativos no total das receitas.
3/5 Imagine que num mercado o custo fixo para uma empresa operar é de R$ 100 mil. Quanto maiores são as empresas, menos esses R$ 100 mil pesarão na estrutura total de custos. Então o crescimento do mercado fará com que mais empresas tenham escala para competir. Veja a tabela:
1/7 Um exemplo de vantagem competitiva replicável que pode se voltar contra o investidor:
Em 1940, a Alemanha surpreendeu o mundo com a sua tática militar de blitzkrieg e invadiu a França pela improvável região de florestas e montanhas das Ardenas.
2/7 Com seus rápidos blindados, tecnologia de comunicação via rádio e bombardeio das linhas inimigas pela força aérea da Luftwaffe, o exército alemão em poucas semanas cruzou o território francês até a costa do Atlântico.
3/7 Antes disso, a Alemanha havia jogado sua isca. Atacou a Holanda e a Bélgica e atraiu os exércitos franceses e ingleses para um contra-ataque na região. Com a rapidez do blitzkrieg, os alemães cercaram os exércitos aliados pelas costas, encurralando-os na cidade de Dunkirk.
1/4 Antes da 2ª Guerra Mundial eclodir, Neville Chamberlain, o premiê britânico à época, havia se encontrado com Hitler duas vezes. Durante as conversas concluiu que a paz mundial estava garantida. Lord Halifax, o secretário de Relações Exteriores, teve a mesma sensação.
2/4 Winston Churchill, por sua vez, nunca havia falado com Hitler pessoalmente. Mas analisando friamente suas atitudes, sabia que era uma pessoa ardilosa e não confiável.
3/4 No universo dos investimentos, quais aprendizados podemos tirar desse episódio histórico?
- Não confunda proximidade com profundidade.
- A proximidade com um CEO ou CFO às vezes pode trair seu julgamento, seja ele sobre o negócio ou sobre sua decisão de investimento.