1.A vitória do Centrão nas eleições no Congresso, a costeada do Democratas no Palácio do Planalto e a brigalhada pelo controle do PSDB trouxeram um pouco de realidade para o cenário eleitoral de 2022. Sim, Jair Bolsonaro segue como favorito para a reeleição +
2.Sim, o PT tende a indicar @Haddad_Fernando novamente. Sim, @cirogomes segue do mesmo tamanho. O espaço que vai do centro à direita não-bolsonarista está se reduzindo. Com Bolsonaro mais forte e esquerda organizada, só haverá espaço para um candidato no meio+
3.Hoje são duas as opções dessa faixa do eleitorado, o governador de São Paulo, @jdoriajr , e o apresentador de TV @LucianoHuck Huck+
4.A bola está com @jdoriajr .Foi por sua teimosia que a vacinação contra Covid19 começou em janeiro e hoje 90% dos quase 4 milhões de brasileiros imunizados tomaram doses produzidas pelo instituto paulista Butatan em conjunto com a chinesa Sinovac+
5.Mas Doria é um candidato pesado Afobado, o governador reage sempre um tom acima. Confiante, não escuta assessores. Arrogante,é incapaz de passar empatia. Teimoso, Doria é um candidato que a esquerda teria dificuldade de votar num segundo turno, mesmo contra Bolsonaro+
6. Se a candidatura Doria é espalhafatoso, a de @LucianoHuck é quase secreta. Ele deixa sempre a porta aberta para desistir, seja pela possibilidade de assumir o lugar de Fausto Silva como apresentador da Globo nos domingos à tarde, seja pela falta de certezas+
7.Huck encarna o candidato que se o cavalo passar encilhado, montará, mas que se não passar, tudo bem. Falta a ele a gana facilmente encontrável em Doria ou Ciro. A política não está acostumada com o estilo blasé quando o adversário desperta paixões e ódios como Bolsonaro+
8.@jdoriajr e @LucianoHuck disputam os votos de uma parcela da classe alta e média alta que votou em Bolsonaro e que hoje o rejeita. São eleitores mais ricos, mais bem informados e mais influentes, capazes de mover o humor da mídia, do empresariado e da mídia+
9. FIM As redes sociais bolsonaristas mostram um temor ao candidato do centro/centro-direita. Nas projeções do Planalto, este candidato conseguiria formar uma frente antibolsonarista, ao contrário do PT e Ciro.
Meu artigo para @VEJAveja.abril.com.br/blog/thomas-tr…
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
1/Primeiro foi a @Ambev, que vai distribuir um auxílio de R$ 255 para os ambulantes que vão ficar sem trabalho no Carnaval. Depois, @rpsenador e @ArthurLira_ anunciaram votar imediatamente o retorno de algum tipo de benefício para os desempregados e trabalhadores informais
2/@luizatrajano anunciou a criação de uma coalizão de empresas que pretende comprar vacinas e doá-las para o Ministério da Saúde. Antes o @RicardoBarrosPP ameaçou aprovar lei tirando poderes da Anvisa se a agência mantivesse sua burocracia para a aprovação de novas vacinas+
3/Dos 3,6 milhões de vacinados no Brasil até agora, 90% foram imunizados com a Coronavac., a vacina boicotada por Bolsonaro e que só está disponível por teimosia do governador @Joaodoriajunior+
1/O roteiro não é original: um líder mitômano, narcisista e autoritário chega ao poder e os adversários esquecem ressentimentos e se juntam para derrotar o inimigo comum. Foi assim na 2.a Guerra, no fim da ditadura militar e na vitória de Biden. Mas não no Brasil de Bolsonaro+
2/A derrota acachapante de oposicionista light Baleia Rossi para o bolsonarista hard Arthur Lira na eleição para presidente da Câmara por 302 a 145 votos foi na política o que o 7 a 1 da Alemanha no Brasil em 2014 representou para o futebol+
3/Baleia deveria ser o mínimo múltiplo comum entre a direita não-bolsonarista e a esquerda anticapitalista, ensaio para a frente ampla anti-Bolsonaro no 2.o turno de 2022+
1/Bastam cinco minutos nas redes bolsonaristas para descobrir qual é o grande problema do Brasil: não deixam Jair Bolsonaro trabalhar! O Congresso não vota a agenda do governo, o STF ata as mãos do presidente e a mídia só sabe criticar. Pois bem, essa desculpa acabou+
2/2/Com a mais que vitória dos bolsonaristas Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, o Palácio do Planalto terá o controle da agenda legislativa, impedindo qualquer processo de impeachment, votando os projetos governistas e mudando as leis que seguram o presidente+
1/Biden ri porque não é com ele. A relação do não governo dos EUA com o Brasil será tocada neste ano pelo secretário especial de Meio Ambiente, John Kerry
2/Ex-secretário de Estado na gestão Obama e candidato derrotado a presidente em 2004, Kerry entrou no governo Biden com a missão de responder aos eleitores da ala ambientalista do partido Democrata. Estar no seu radar não é necessariamente uma boa notícia para Bolsonaro+
3/Como secretario de Estado, o maior sucesso de Kerry foi o Acordo Climático de Paris, do qual os EUA foram retirados por Trump e reincluídos por Biden em seu primeiro dia de governo. Lá trabalhou em parceria com a ex-ministra Izabella Teixeira+
1/O diabo, este safado, mora nos detalhes. Chocados com a negligência do governo Bolsonaro em arranjar vacinas e certos de que o a economia só engrena com o controle da Covid19, alguns dos executivos mais bem pagos do Brasil se reunir para discutir como poderiam ajudar +
2/Um deles tinha o contato de um fundo que financiou as pesquisas do laboratório AstraZeneca e, em troca, recebeu lotes de vacina. Em português claro, um atravessador.
3/A ideia seria vacinar os funcionários das empresas e assegurar que elas irão seguir operando mesmo se houver um lockdown. Para não parecer que estavam furando a fila da vacinação, para cada funcionário vacinado, eles doariam uma vacina para o Ministério da Saúde+
1/Em termos realistas, o impeachment de Bolsonaro hoje é uma ilusão. Os governistas Arthur Lira e Rodrigo Pacheco devem serão eleitos na Câmara e Senado com apoio de parte da oposição. Como esperar que esta mesma oposição incompetente consiga aprovar um processo de impeachment?+
2/ A resposta pode ser medida menos no sucesso improvável da abertura de um processo na Câmara e mais na capacidade de se criar um movimento. Impedidos pela pandemia de ir às ruas, a oposição vivia de panelaços esporádicos e editoriais de jornais. Tudo mudou com Manaus+
3/A negligência de Bolsonaro e do general Pazuello c/ as mortes por asfixia em Manaus transformou a ojeriza em raiva. A descoberta que Bolsonaro desprezou ofertas da Pfizer e boicotou a Sinovac geraram a urgência. Com a palavra “impeachment”, a oposição achou a bandeira única +