Basicamente, ele vai estudar as rochas e buscar sinais de vida. Nessa thread, resolvi listar os sete instrumentos a bordo do rover, dá uma olhada:
1) PIXL, um espectrômetro de fluorescência de raio-X pra determinar a composição dos materiais na superfície marciana;
2) RIMFAX, um radar com potencial de penetrar a superfície e buscar bolsões de areia ou lava endurecida (por exemplo) sob o solo de Marte;
3) MEDA, essencialmente uma estação meteorológica com capacidade de avaliar os ventos e as propriedades de poeira suspensa no ar. Esse módulo é derivado do REMS, a bordo do rover @MarsCuriosity (mostrado na foto abaixo) ;
4) MOXIE, um experimento pra produzir oxigênio a partir do gás carbônico na atmosfera marciana. Um teste pra ver se a tecnologia é viável;
5) SuperCam, um conjunto de câmeras, lasers e espectrômetros que podem fazer análises de materiais à distância e até fazer uma busca por compostos orgânicos e bioassinaturas;
6) Mastcam-Z, a principal câmera. Também é derivada de um instrumento no @MarsCuriosity, agora com zoom também. Vai avaliar o ambiente, geomorfologia, etc.
7) SHERLOC, um espectrômetro Raman ultravioleta com capacidades de estudos detalhados de mineralogia e detecção de compostos orgânicos.
Além disso, uma capacidade nova é recolher amostras de Marte para estudo na Terra. As amostras serão guardadas em tubos que ficarão na superfície do planeta.
Infelizmente o @NASAPersevere não volta, então temos que esperar uma missão da NASA que vá lá pra recolher os tubos!
Por último, a missão também leva o Ingenuity, um drone de teste. A ideia é experimentar a tecnologia de voo em Marte. Se der certo, será o primeiro instrumento voando na superfície de um corpo fora da Terra!
Responde aí, qual instrumento te anima mais na missão? O que você espera ver como resultado?
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[AS BOLSAS DA CAPES]
Quem perde e quem ganha? Perde quanto? Como estamos financiando a formação de cientistas quando o país mais precisa deles e delas?
As portarias mudam a distribuição de bolsas entre programas de pós-graduação, baseado em critérios de (1) avaliação do programa, (2) IDHM do município onde o programa está situado e (3) número de titulados do programa (quanto mais melhor).
Primeiro, a CAPES fala que *aumentou* o número de bolsas, de 81 para 84 mil. Fica difícil confirmar a informação se não há em nenhum lugar uma tabela completa, pública, com as bolsas de cada programa. Da minha área, diminuição média de 15% no número de bolsas, até onde vi.
Também não sei se estão contabilizando as bolsas de "empréstimo". Essas bolsas foram efetivamente perdidas, eles apenas não estão cortando no meio - mas não serão renovadas.
Usei o IPCA como índice de inflação. O gráfico é o mesmo usado pela @anpg, apenas atualizei para fevereiro de 2019.
Os valores são em reais comparados a hoje, corrigindo pela perda inflacionária.
Coloco o gráfico de novo porque é o mais importante.
O mais crítico é o seguinte: as bolsas estão sem reajustes há 6 anos. Em 2013, as bolsas valiam 40% mais que hoje, levando em conta a inflação do período.
Para essa lista, ao invés de escolher as notícias mais populares, decidi dar espaço às descobertas de maior impacto entre os próprios cientistas. Os 7 trabalhos abaixo estão entre aqueles que foram mais discutidos por astrofísicos durante o ano de 2018.