Antes mesmo de intervir na Petrobras, Jair Bolsonaro acrescentou Augusto Heleno (contra quem não temos dúvidas, mas certezas) e Paulo Skaf no Conselho da República. noticias.uol.com.br/politica/ultim…
Para a suplência de ambos, escolheu Vítor Hugo, que ontem votou contra a manutenção da prisão de Daniel Silveira, e Pedro Cesar de Sousa, ex-chefe de gabinete de... Jair Bolsonaro.
Na manhã deste sábado, Jair Bolsonaro já adiantou que novamente tomará alguma decisão polêmica na semana que vem. E deu a entender que será ainda mais polêmica que a intervenção na Petrobras.
Nos delírios golpistas do bolsolavismo, o Conselho da República serviria para convocar um "estado de defesa". Com o "estado de defesa" em mãos, Jair Bolsonaro perseguiria governadores, STF e parlamentares assinando decretos que estariam acima da Constituição. Sim, ao estilo AI-5.
Li alguns analistas interpretando a intervenção de Bolsonaro na Petrobras como medo de uma greve de caminhoneiros.
Mas a greve de caminhoneiros de 2018 só causou tamanho estrago porque contou com a convocação do próprio Jair Bolsonaro. O medo, portanto, não faria sentido.
Eu entendo que, ao entregar a Petrobras a um general, Jair Bolsonaro tenta mais uma vez comprar o apoio incondicional das Forças Armadas. Ou amarrar ainda mais o apoio que já possui.
Cabe lembrar que tudo isso se desenrola dias após Eduardo Villas Bôas confessar em livro que a ameaça golpista de 2018 foi arquitetada junto ao alto comando do Exército. E de o ex-comandante do Exército fazer pouco do protesto de Edson Fachin contra o golpismo de Villa Bôas.
Com as mudanças de ontem, o Conselho da República passa a ser formado por:
Jair Bolsonaro, Hamilton Mourão, André Mendonça, Arthur Lira, Rodrigo Pacheco, Aguinaldo Ribeiro, José Guimarães, Renan Calheiros, Jean Paul Prates, Augusto Heleno, Paulo Skaf, Cid Marconi, Tibério Cavalcanti, Eugênio Aragão e José Carlos Aleluia.
Portanto, Jair Bolsonaro pode contar com 6 votos:
André Mendonça, Arthur Lira, Rodrigo Pacheco, Augusto Heleno e Paulo Skaf, além do próprio Jair Bolsonaro.
E contar com 3 votos contra: José Guimarães, Jean Paul Prates e Eugênio Aragão, todos do PT.
Mas eu não ponho a mão no fogo por 6 votos:
Hamilton Mourão (vice-presidente), Aguinaldo Ribeiro (PP), Renan Calheiros (MDB), Cid Marconi (TFR-5), Tibério Cavalcanti (advogado do Senado) e José Carlos Aleluia (DEM).
De qualquer forma, Bolsonaro só precisaria de 2 destes 6 votos para ter maioria no conselho.
Sem querer causar qualquer tipo de alarme, acho que vale ficarmos atentos ao risco de Jair Bolsonaro convocar uma reunião do Conselho da República.
Vale lembrar também que, há um mês, Augusto Aras citou o "estado de defesa" como medida que Jair Bolsonaro poderia tomar caso se sentisse acuado.
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A imunidade parlamentar é pensada para proteger o parlamentar que busca fazer Justiça, mas não para proteger aquele que busca cometer injustiças.
Pensando estar protegido pela ironia, pelo cinismo, pela imunidade parlamentar e pela liberdade de expressão, Daniel Silveira fez apologia à ditadura militar, defendeu um golpe de Estado, cometeu falas preconceituosas e incentivou o linchamento dos onze membros da Suprema Corte.
Muitos dizem que a democracia brasileira deixou à mostra a própria fraqueza quando, em 17 de abril de 2016, deixou Jair Bolsonaro, ao vivo para todo o país, impunemente homenagear um torturador.
Se recebe salário acima de R$ 15 mil é rico, sim. Não tem nem discussão. Você que se resolva aí com a sua consciência. Tem dinheiro de sobra pra pagar terapia aí.
Conversa mutada pois não passarei o resto da noite lendo tweet de rico que fica se dizendo classe média.
The world must know what Jair Bolsonaro is doing to Brazil
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DECEMBER 12TH, 2019
Chinese scientists detect a new viral outbreak that, in the following month, would be reported as the “Wuhan virus”, the eighth most populous city in China. thethaiger.com/hot-news/touri…
The timeline of the news, however, is different from that of the facts. And there are several signs indicating that the virus was already spreading in Spain, France, and even Brazil – aside from China itself, of course – on earlier dates. medrxiv.org/content/10.110…
Não tem como comparar o que passei/passo com o drama de um garoto negro bissexual. Mas posso falar sobre patrulha ideológica. Estou em guerra com ela há mais de 20 anos. É um troço que diariamente tenta te diminuir e te excluir. E fechar todas as portas para você.
Minha família nem sabe. Mas, na primeira vez que me levaram a buscar ajuda profissional, eu estava mal justamente pelo que essa patrulha havia feito comigo.
Mesmo antes de concluir o curso de comunicação, eu desisti do jornalismo. Terminei apenas para ter um diploma de terceiro grau. E, por causa disso, por dez anos busquei distância da profissão. Eu me sentia um intruso numa festa de um anfitrião que me odiava.
Não foi por falta de voto que Rodrigo Maia não abriu o impeachment de Bolsonaro. Foi por também ter interesse no acordo que, desde maio de 2019, mantém Bolsonaro no poder. O acordo que acabou com prisão em segunda instância, aprovou abuso de autoridade, enterrou a Lava Jato, etc.
A verdade é essa.
A vida disse: ou vocês se unem contra Bolsonaro, ou se unem contra a Lava Jato.
E preferiram se unir contra a Lava Jato.
Inclusive, se uniram a Bolsonaro.
O resto é desculpas que ficam dando à própria consciência.
O lavajatismo elegeu Bolsonaro. Foi um erro gravíssimo.
O antilavajatismo mantém Bolsonaro no poder. Se brincar, é um erro ainda mais grave.