vamos conhecer uma linda história de amor entre o caranguejo arlequim (Lissocarcinus orbicularis) e o pepino do mar #BioThreadBr#CrustaThread
🎥 @/sidneytheshark
cerca de 10% dos Portunidae (família dos siris) apresentam associação com outros bichinhos, incluindo o gênero Lissocarcinus.
de 9 espécies de Lissocarcinus 3 são conhecidos como simbiontes de equinodermos e corais.
o caranguejo arlequim, Lissocarcinus orbicularis, é simbionte obrigatório de pepino do mar, geralmente encontrado na cavidade an4l ou no tegumento.
não há estudos que demonstrem que L. orbiscularis cause mal ao hospedeiro, por isso são considerados comensais.
essa relação gostosa já foi relatada nas costas do Leste e do Sul da África, Tanzânia, Sri Lanka, Japão, Austrália Fiji, Havaí e Madagascar.
como muitos crustáceos comensais, o L. orbicularis tem adaptações morfológicas para seu estilo de vida. o caranguejo arlequim tem uma carapaça bem convexa e padrão de cor diferentona com manchas na carapaça e listras nas perninhas.
as pernas em forma de gancho são morfologicamente adaptadas para fixar o tegumento do hospedeiro; as pinças são lisas, o que ajuda ele se agarrar no hospedeiro sem machuca-lo.O siri fica parado no tegumento, por isso acaba deformando o corpo do pepino, criando um buraco onde fica
comumente, o Periclimenes imperator (camarão imperador) também vive junto com o arlequim e o pepino, se vocês quiserem saber mais dele me conta que eu escrevo hehe
apesar de ser comum encontrar essa simbiose, pouco se sabe sobre essa relação e se os benefícios para ambas as espécies são iguais ou desiguais.
vou deixar aqui outras 2 relações simbióticas de crustáceos para vocês:
REFERÊNCIAS
CAULIER, G. et al. Characterization of a population of the Harlequin crab, Lissocarcinus orbicularis Dana, 1852, an obligate symbiont of holothuroids, in Toliara bay
BRITAYEV, T.A. & ZAMISHLAK, E.A. (1996) Association of the commensal scaleworm Gastrolepidia glavigera
NG, P.K.L. & Jeng, M.S. The brachyuran crabs (Crustacea: Decapoda: Eumedonidae and Portunidae) symbiotic with echinoderms in Taiwan.
with echinoderms in Taiwan, 1999.
Caulier, G., Van Dyck, S., Gerbaux, P., Eeckhaut, I. & Flammang, P. Review of saponin diversity in sea cucumbers belonging to the family Holothuriidae. SPC Beche-de-mer information bulletin, 2011.
Edmondson, C.H. Hawaian Portunidae. Occasional papers of the Bernice P. Bishop Museum, 1954.
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vamos falar do bichinho mais importante da Antártica: o krill!
uma #BioThreadBr utilizando cenas do filme Happy Feet 2
o krill pertence a ordem Euphausiacea é só são chamados de krill quando estão em coletivos, eles sozinhos são chamados de eufausiáceos (mas vamos chamar de krill para ficar mais fácil, tá?!)
o corpinho do krill é bem parecido com o de camarão, porém a carapaça não envolve as brânquias, portanto, são expostas e eles podem apresentar fotóforos, órgão que pode emitir luz, ou seja, algumas espécies são bioluminescentes - uma provável adaptação para reprodução.
Hoje é dia de transformação, bb!
Os crustáceos fazem parte do Filo Arthropoda, e bem como todo artrópode, eles realizam ecdise ou muda, como você preferir falar.
Você já se perguntou como ele consegue crescer? Vem comigo que eu vou explicar tudinho nessa #BioThreadBr
Esse processo apresenta algumas etapas e é controlado por 2 hormônios: a ecdisona, ela vai promover a muda/ecdise, e o hormônio inibidor da muda, também conhecido como HIM.
Esse processo de muda também pode ocorrer por influência de fatores exógenos, como temperatura.
Pra começo de conversa temos que ter em mente um crustacinho com seu exoesqueleto desmineralizado, todo molinho e frágil, sem comer, ficando escondido para evitar riscos e expandindo seu tamanho por meio de água e ar, crescendo de tamanho.
Vocês já entenderam que aqui temos 2 crustáceos, certo?! Então, sem mais delongas, o nº3 é um crustáceo chamado Epimeria quasimodo. Tem outro crustáceo que vou falar em outra thread, calma coração!
vem com a mamãe guejo descobrir mais sobre esse nenê 👇
O E. quasimodo é um anfípode com aproximadamente 50mm de comprimento.
Quasimodo é familiar para as crianças dos anos 90 que assistiam Disney o dia todo ou para quem é cult. Lembrou?
Quasimodo é o nome que chamam o Corcunda de Notre Dame! A espécie recebeu esse nome por conta do arqueamento de seu dorso.
Em parceria com o Laboratório de Biologia de Crustáceos - UFPE e o Laboratório de Carcinologia da UFRGS, venho apresentar o camarãozinho que está muito famoso na internet devido a homenagem ao Chico Science: 𝘊𝘩𝘪𝘤𝘰𝘴𝘤𝘪𝘦𝘯𝘤𝘦𝘢 𝘱𝘦𝘳𝘯𝘢𝘮𝘣𝘶𝘤𝘦𝘯𝘤𝘪𝘴.
Segue o fio 👇
Este trabalho faz parte do projeto de pós-doutorado do Dr. Gabriel Bochini (UFPE) sob supervisão do Prof. Alexandre Almeida (UFPE), o objetivo foi fazer um levantamento das espécies de camarões em Pernambuco entre 2017 e 2019.
Foram feitas amostragens em 2 áreas, uma delas impactada pela presença do porto de Suape e uma área de preservação ambiental, a Praia de Carneiros. Foram utilizados substratos artificiais que ficavam submersos por 3 meses, estes eram colocados e retirados com mergulho autônomo.
Vocês lembram da crabpatrulha que foi fiscalizar uma aglomeração em um churrasco na Austrália? 🚨
Como prometido venho nessa #BioThreadBr falar um pouquinho desses bebês *inofensivos* 🧡
Vocês sabiam que o 𝘉𝘪𝘳𝘨𝘶𝘴 𝘭𝘢𝘵𝘳𝘰 é o maior crustáceo terrestre? 🥰
Esse guejão pertence à família Coenobitidae, é conhecido como ladrão-de-coco ou caranguejo-dos-coqueiros e mede até 1 metro de envergadura. Ele não é só a maior espécie de caranguejo, mas também é o maior artrópode terrestre!
Por mais que sejam parecidos com o Léo Stronda, eles são bem tranquilões, o que aumenta sua interação com os humaninhos.
O Birgus latro é amplamente distribuído no Pacífico Ocidental e oceanos do leste da Índia, não temos a mínima chance de ver esse bebê andando por aí :/
Ontem o sinistro @rsallesmma revogou as restrições no Conama para, simplesmente, promover o turismo em áreas de preservação. Não sei como você consegue encostar a cabeça no travesseiro a noite e dormir.
Por isso eu vou explicar as consequências desse ato repulsivo #BoiadaNão
Antes de tudo vou exemplificar o que ele fez: Salles acabou com as normas de proteção ambiental, pois segundo ele, isso atrapalha a vida dos empresários (coitados, tem tão pouco, né?!).
Ele “passou a boiada” ao retirar a proteção sobre 1,6 milhões de hectares de restingas e manguezais que eram protegidos pelo Conama, com isso ele deu passe livre para os setores: imobiliários, turístico e pesca de crustáceos. E não, o Código Florestal n gera atrito entre o Conama