Tem muita coisa pior no futebol que não tem sido colocada nessa régua moral ridícula que estão levantando aí.
Ou vocês tem memória curta, ou ignoram os bastidores do futebol ou estão se fingindo de bestas.
Eu quero é que vocês avaliem como funciona isso de comprar um jogador de um adversário direto no ano seguinte. Pra mim é bem mais suspeito.
Ou vocês acham que tem elenco que se planeja pra fechar o ano "cumprindo tabela"? Jogar "sem pretensão" é jogar pela mala.
Pagar pra alguém ganhar é o motor do futebol desde 1860. Usar um recorte A ou B é só questão de oportunidade.
Fiquem à vontade pra distorcer a realidade e encaixar o "moral" e o "imoral" no lugar que lhe convém.
Futebol pra mim é isso aí desde sempre, nem me abala.
Eu amo futebol APESAR dele ser o que ele é, porque a arquibancada me interessa mais que o campo. Se você tá no futebol com esses dedos todos, então tá no lugar errado. Repito:
- ou tem memória curta
- ou é muito inocente
- ou tá se fingindo de besta
Vai procurar enganar outro.
Podem fazer assim, se precisarem. Aí ninguém pode contestar os interesses, afinal, são "relações comerciais". 👍🏾
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Aproveitando o sucesso estrondoso da série documental Doutor Castor aqui em minha bolha, vou aproveitar para deixar um protesto.
POR QUE DIABOS PEAKY BLINDERS FALA TÃO POUCO DE FUTEBOL?????
Venha comigo:
(mas cuidado com os spoilers)
Não, não é mera correlação casual entre dois gangsters muito queridos em suas localidades, que poderiam utilizar futebol como ferramenta de lavagem de dinheiro e projeção de poder. Tem disso, sim, mas tem bem mais que isso entre Bangu 1970's e Small Heath 1920's.
Até porque Small Heath é logradouro de um dos clubes mais importantes de Birmingham: o próprio Birmingham City FC, que nasceu como Small Heath Alliance em 1875 e ganha novo nome em 1930, momento auge da série.
O próprio clube brincou com essa "relação histórica", mas a série não
Caiu a decisão inútil e elitista de @FabioRiosMota, que buscava unicamente constranger os conselheiros - legitimamente eleitos - de origem popular. Volta a ser obrigatório apenas a adimplência enquanto associado.
O impacto financeiro da contribuição é simplesmente NULO para o Esporte Clube Vitória, e servia apenas como uma forma de expor a condição financeira dos membros da Frente Vitória Popular: torcedores de arquibancada que foram eleitos para representar torcedores de arquibancada.
O problema não é pagar ou deixar de pagar. Os apoiadores da FVP se disporiam a contribuir, como sempre fizeram. O problema é criar uma divisão entre conselheiros endinheirados e aqueles procedentes da arquibancada, que fazem oposição aos desmandos dos presidentes dos 3 conselhos.
Ainda impactado com a informação de que o Big Brother Brasil é bancado por 8 cotas de patrocínio de 78 milhões de reais CADA.
Só nessa fonte, que soma 624 mi, o Big Brother chega perto da receita de Fluminense, Vasco e Botafogo no ano se 2019 (694 mi)
Mas sem o custo-futebol...
Receita SOMADA de Flu (265 mi), Vasco (215 mi) e Botafogo (214 mi)***
São apenas 3 meses de programa, salários normais entre funcionários, alguns prêmios de 10 mil aqui e acolá, e um prêmio final de 1,5 milhão pro vencedor.
- Não tem folha salarial de 3,5 mi.
- Não dura o ano inteiro.
- Não tem comissão de empresário.
- Não tem logística, com viagem toda semana atravessando um país gigante.
- Não tem aposta incerta de divisão de base.
E você achando que seu clube se arruma virando empresa.
Rapaz, lendo aqui a história do Bradford City no excelente "Punk Football" de @Jim_Keoghan, é basicamente um prenúncio do que vai acontecer no Brasil se continuarem com essa MALUQUICE de MP de Direito do Mandante sem diálogo entre clubes ou formação de Liga.
Keoghan cita Tom Cannon, da University of Liverpool, sobre as 3 coisas expõem o nível surreal do risco que envolve a indústria do futebol: 1) o abandono de um proprietário; 2) o rebaixamento "inesperado" (que ocorra mesmo com alto investimento; e 3) colapso de um acordo de TV.
Ele entra nessa discussão - no capítulo com o sugestivo nome "Navegando em um mar de dívidas" - por causa dos números assustadores que ilustram a situação financeira dos clubes ingleses: 36 pedidos de recuperação judicial APENAS ENTRE 2002 e 2011.