Imagem ilustrativa do surgimento e investigação das variantes do SARS-CoV-2. Destaques:
- B.1.1.7: aumento da transmissão, poucas evidências de escape imunológico;
-B.1.351 e P1: possível escape imunológico
-B.1.526: possívelmente um cenário similar a B.1.351/P1
O mini fio! 👇
🇧🇷 Imagem ilustrativa adaptada de um tuíte do @EricTopol
Recentemente, uma nova variante foi descoberta em Nova York, chamada de B.1.526. Ela começou a ser osbervada em amostras de pessoas com COVID-19 em meados de Novembro nytimes.com/2021/02/24/hea…
Além da B.1.526, há a circulação de uma variante na Califórnia, chamada de B.1.427/B.1429, a qual parece ter maior transmissibilidade (mutação L452R) e agora representa mais de 50% dos casos em 44 condados, de acordo com o Washington Post.
A variante B.1.1.7 é responsável por cerca de 2.000 casos em 45 estados. Espera-se que se torne a forma mais prevalente do coronavírus nos Estados Unidos até o final de março
Lá nos EUA, observa-se o aumento da presença de variantes com as mutações E484K, observada nas variantes B.1.351 (África do Sul) e P1 (Brasil), e S477N, a qual pode afetar o quão intensamente o vírus se liga às nossas células via receptor ACE2.
A mutação E484K surgiu independentemente em muitas partes diferentes do mundo. Essa alteração pode ser importante para a evolução do vírus.
Um experimento com células infectadas pelo SARS-CoV-2 foram testadas para soros com anticorpos (AC) de 20 pessoas
Os cientistas tentaram simular a evoluçaõ natural do vírus, coletando um pouco daqueles vírus da amostra exposta aos AC e refazendo o teste. Depois de várias rodadas/45 dias, surgiu a 1ª mutação relevante que tornava o vírus um pouco + resistente aos AC
E no dia 73, adivinhem quem surgiu: E484K. O que isso quer demonstrar? Que é possível que existam pressões seletivas para variantes que consigam escapar das nossas defesas. E se permitirmos que o vírus circule rápido, como o experimento quis demonstrar, elas podem surgir rápido.
O que eu posso concluir sobre isso? NÃO CONTRIBUA COM A CIRCULAÇÃO DO VÍRUS.
Cada vez que o vírus infecta um novo hospedeiro, ao gerar cópías de si, ele pode acabar acumulando mutações. Essas mutações podem levar ao surgimento de variantes. Alguma delas, pode ser importante.
Brinde: O NYTimes fez um quadro muito bacana explicando as mutações encontradas nas Variantes de Atenção (VOCs) do SARS-CoV-2. Pretendo fazer um fio explicando esses dados nytimes.com/interactive/20…
A decisão derruba Nota Técnica (NT 01/2021) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que autorizou o recebimento e distribuição dos medicamentos como tratamento precoce da covid-19
o tratamento precoce não tem suporte em evidências científicas robustas e assentadas em pesquisas clínicas conclusivas sobre a sua eficácia.
Além do risco de danos à saúde individual, pelos efeitos colaterais que podem causar, traz um reflexo deletério à saúde coletiva
“A opção da instituição do tratamento precoce, diante da AUSÊNCIA de evidências científicas sérias de sua efetividade, foi uma opção política do Administrador, que extrapolou seu poder de discricionariedade." (trecho da fala mencionada na reportagem)
O comitê científico para o enfrentamento da pandemia da COVID-19 no RS publicou sua nota técnica (24/02/2021) alertando para a situação gravíssima que o estado se encontra. O sistema de saúde está a beira, se não atualmente, em seu colapso. - o fio 👇
Segundo a nota "A estratégia de aumentar os leitos é muito importante, mas não é possível aumentar leitos
infinitamente, e nem na velocidade necessária quando há descontrole da transmissão."
"Por mais que seja possível adquirir mais equipamentos, é impossível formar novas equipes de saúde com o conhecimento especializado necessário na mesma velocidade."
Mini-fio gráfico (sim!) com fios pendurados sobre Variantes de Atenção (VOCs) do SARS-CoV-2 (vírus da COVID-19): onde foram primeiramente descritos, mutações importantes, o que sabemos sobre as vacinas e como surgem variantes!