O jornalista Ben Norton escreveu um artigo criticando Yaku Pérez. Pode gostar ou não do artigo, mas ele tem argumentos. Muitos dos argumentos, inclusive, são twittis e declarações do próprio Pérez.
Aí um grupo grande de intelectuais resolveu escrever uma resposta ao Ben.
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O artigo resposta é, basicamente, uma crítica dos limites, problemas e mazelas do correísmo e xingando todo mundo de racista, anti-indígena, antifeminista etc.
Eu gostaria muito de ver um debate sério e uma resposta ao artigo de Ben Norton, mas não foi dessa vez.
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Por exemplo, como se explica chamar Yaku Pérez de ecossocialista e esquerda radical (como faz o texto de resposta a Ben), com a política externa defendida pela figura, contra toda esquerda e com bom trânsito e simpatia dos EUA e UE?
Não tem resposta no artigo
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Mas não falta xingamento sobre "populismo". O problema de certa esquerda que se considera muito democrática, plural, moderna, renovada e avançada é uma crônica incapacidade ou indisposição de debate.
Chama de stalinista, populista, estatista e acha que resolveu tudo.
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A noção de liberdade reivindicada pelos liberais e parte da esquerda brasileira é pré-Hegel. Eles até hoje não assimilaram a ideia fundamental do mestre da dialética que para ter liberdade é necessário tá vivo. Parece um truísmo, não é? Mas tem uma profundidade filosófica grande.
Quando Hegel diz, por exemplo, que a pessoa que rouba o pão para matar a fome não deve ser condenado, colocando a vida acima da propriedade (a vida é absoluta, a propriedade privada não), ele o faz a partir de sua ideia de liberdade. A liberdade tem três vetores.
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Só é livre quem tá vivo, isto é, tem sua reprodução biológica garantida. Então, nesse momento de pandemia, podemos medir concretamente o grau de liberdade olhando que países preservaram a vida e que país deixaram o povo morrer. Mas não basta tá vivo para ser livre.
Quase 100% dos comentários de idolatria da socialdemocracia nórdica são baseadas numa concepção de "realidade ilha": é como se a economia e o sistema político deles fossem desligados do mundo, uma construção em si, não tem geopolítica, divisão social do trabalho etc.
Por exemplo, a Suíça é uma das maiores produtoras e exportadoras de chocolate do mundo. Seu produto é famoso. Mas a Suíça, como devem imaginar, não produz cacau. Quem produz? Os miseráveis Gana e Costa do Marfim. Já parou para estudar qual é a relação econômica nessa mercadoria?
Aliado a isso, pela localização geoestratégica, os países da Península Nórdica não sofrem pressões militares, geopolíticas, etc. Se qualquer país da América do Sul assumisse a política de petróleo da Noruega, no dia seguinte, os EUA colocam como prioridade derrubar o governo.
Tô vendo vários camaradas reclamando de como o YouTube tá baixando a média de acessos dos vídeos. A plataforma avisa a cada vez menos inscritos, não recomenda os vídeos, tá sumindo com o vídeo na time line dos inscritos.
Isso tá rolando com geral dos canais de esquerda.
E não, isso não é teoria da conspiração. O próprio YouTube oferece base de dados para comparar a média de acessos nas primeiras horas de vídeo postando um ano atrás e agora. E disso é possível ver claramente como menos pessoas são notificadas, por exemplo.
E isso não é novidade. Sabíamos que uma hora, com o crescimento dos canais de esquerda e marxista, isso iria acontecer. Especialmente quem não tem membros no canal e não faz live com superchat como eu, tem seu alcance derrubado. E vai piorar.
esse pessoa compartilhou um post meu MENTINDO, dizendo que eu falei que a "existência de bilionários é bom para melhorar a vida da classe trabalhadora na China". Respondi, mas depois desisti. Apaguei, mas ela é mentirosa profissional e quer sustentar a mentira. Dou valor
doutora, esse é o vídeo do meu canal onde debato a questão da China e dos bilionários. Gostaria que me apontasse em qual trecho do vídeo eu digo algo próximo de "os bilionários são bons para melhorar a vida da classe trabalhadora".
Fica o desafio:
a pessoa tá baseando a MENTIRA nesse card. o card, trecho do vídeo, fala de maior enquadramento político da burguesia no contexto de uma demanda cada vez maior pela melhora da vida da classe trabalhadora. Nem no vídeo, e nem no card, é estabelecido relação de causalidade direta.
Eu sou nascido e criado na minha favela. Quando fui candidato a associação de moradores, 10 anos atrás, recebi ameaça de morte. O atual presidente da associação tá lá há 20 anos. A luta na comunidade por uma creche municipal foi passando por cima do presidente e do tráfico.
é comum, em várias comunidades, o poder público usar o tráfico para reprimir movimentos populares - e isso com cumplicidade de líderes comunitários. O mundo é duro. Recebemos ameaças de morte todo dia e MUITOS morreram - Chico Mendes, Dorothy Stang, militantes do MST etc.
Estamos no país mais violento da América do Sul com a PM que mais mata no mundo e a burguesia acostumada com o mando autocrático. Quem já foi numa ocupação urbana ou rural sabe o terror que a polícia e capangas armados colocam. A galera arrisca a vida na luta.
É uma constante, quando você aponta com provas factuais a falência da tática da "frente ampla", um deboche no estilo "qual alternativa", "cadê as armas", "cadê a revolução". Como já disse antes, o deboche é só a prova que o sujeito é incapaz de sustentar sua tática.
Faz poucos minutos, um desses fãs de Ciro Gomes, fez um comentário grosso e irônico. Disse que não responderia grosseria. O sujeito tira prints do post e usa como "prova" de que eu não "tenho resposta". Ele não percebe que mesmo se isso fosse verdade, não prova que ele tá certo.
A questão é de raciocínio lógico básico. Vamos supor que não existe alternativa consolidada. Mesmo se isso fosse verdade, ela não prova que a tática da frente ampla tá certa e muito menos que ela deve ser seguida. São questões diferentes. Claramente diferente.