A circulação da variante #B117 entre crianças em idade escolar infectadas na Itália está ajudando a alimentar um aumento "robusto" na curva da #COVID19 - com taxas de transmissão mais altas "entre o grupo de idade mais jovem" da população.
Nas últimas semanas, a incidência de novos casos entre os jovens na Itália agora superou a incidência entre a população mais velha, uma reversão de como a COVID-19 afligiu os italianos nos primeiros meses da pandemia.
Speranza [Ministro da Saúde da Itália] anunciou diretrizes mais rígidas, contidas no primeiro decreto antipandêmico do novo premiê italiano Mario Draghi, com o objetivo de tentar “governar esta curva de contágio”, especialmente entre crianças em idade escolar.
Há “sinais bastante robustos de um aumento na curva de contágio e variantes terríveis”, particularmente aquelo descoberto no Reino Unido, disse o ministro.
O presidente do Instituto Superior da Saúde, Silvio Brusaferro, disse que, a partir das análises dos casos em 18/fev., 54% dos casos confirmados de COVID-19 na Itália envolveram essa variante. Mas, disse Brusaferro, “se medido hoje, certamente a porcentagem seria maior”.
Tudo começou no mês passado com um grande surto da variante #B117 em uma vila italiana, onde 10% de todas as pessoas foram infectadas. As crianças foram 60% delas.
Em vez de cerca haver 29% dos novos casos vindo de crianças e adolescentes, como na segunda onda, agora são cerca de 40% dos casos, disse o chefe dos Serviços de Saúde Pública de Knesset (Israel). O maior aumento ocorreu em crianças de 6 a 9 anos (correlaciona com 🇬🇧).
“De acordo com Cyrille Cohen, chefe do laboratório de imunoterapia da Universidade Bar-Ilan, os números parecem estar aumentando. Uma hipótese é que esteja ligada à mutação britânica #B117, que se espalhou rapidamente por Israel.”
Eu aludi a essa tendência em crianças de 0-9 anos antes de mais de um mês atrás nos dados da #B117... Enquanto as crianças em geral apresentam risco menor do que os adultos, a #B117 gerou um aumento relativamente maior na taxa de ataque em crianças de 0-9 do que o aumento em (+)
Este fio deixa claro que a transmissão de #COVID19 nas escolas ocorre e aumenta quando os níveis dos casos aumentam - o que impulsiona ainda mais a transmissão nas escolas. É uma muito analítica, mas essa é a conclusão. As escolas não são imunes ao risco, especialmente à #B117.
Além da #B117 ser 40-60% mais contagiosa, recentemente, o Reino Unido disse que a variante #B117 pode ser 30-70% mais severa do que as cepas comuns antigas.
Para ser claro, eu ** não ** sou contra a reabertura da escola per se. Eu sou apenas a favor da reabertura ** segura ** das escolas. E o fundamental para termos escolas seguras é melhor ventilação e desinfecção do ar - com cinco trocas de ar por hora, pelo menos.
Aqui está o fio sobre a nova orientação do CDC [equivalente a uma Anvisa norte-americana] sobre a ventilação nas escolas.
Vamos aprender com Quebec, que solucionou a reabertura entre escolas do ensino fundamental. Professores e crianças foram infectados mais do que a população em geral. Os casos escolares caíram durante as férias de inverno e aumentaram novamente depois que as férias acabaram.
Vamos aprender com eles. Mascarar e oferecer melhor ventilação às escolas.
Outro detalhe importante: “A variante encontrada na África do Sul está envolvida em 0,4% das infecções COVID-19 na Itália e principalmente confinada à área alpina italiana perto da fronteira com a Áustria (a parte que faz fronteira com o Tirol — o epicentro da variante #B1351).
A Campanha Nacional pelo Direito à Educação deve publicar oficialmente posicionamento acerca do tema em breve. Por enquanto, vamos divulgando informações científicas relevantes para subsidiar o debate.
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Entidades pedem à ONU fim do Teto de Gastos no Brasil para o combate à COVID-19. Encaminhamos a relatorias especiais da ONU e a comissionados da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. A Campanha esteve à frente da articulação.
Um grupo de 43 organizações da sociedade civil pediu nesta quinta-feira aos fóruns internacionais de defesa dos direitos humanos que recomendem ao Estado brasileiro revogar a emenda e com isso reestabelecer o financiamento da saúde por meio de créditos suplementares. (+)
De acordo com dados levantados pelo grupo, o orçamento federal em saúde foi R$ 30 bilhões menor nos últimos quatro anos por causa da legislação, que instituiu o teto de gastos para investimentos no país. (+)