Os jornalistas e comentaristas de política deveriam abster-se hoje pelo menos dos 3 argumentos mais odiosos: 1) "o efeito Lula sobre os mercados". Gente, vcs já jogaram demais esta carta em 2015 e 2016, não ficam com vergonha de usá-la de novo para assombrar os incautos? +
2) "Isso só vai aumentar a polarização". Jura? Lula ocupou, pelo menos desde 2002, a posição centro-esquerda do espectro político, portanto, bem longe da radicalização. Quem tem uma posição permanentemente radical é o bolsonarismo que precisa necessariamente criar tensão.
Bozo é que não pode parar de buscar posições extremas e distanciar-se de qualquer tipo de moderação. O PT não vai se tornar um partido de extrema-esquerda, que nunca foi do seu feitio, nem Lula vai se transformar numa radical populista e autoritário, ao estilo Trump e Bolsonaro.
Talvez esperar o perfil “Lulinha Paz e Amor” seja demais, com tanto ressentimento no ar, mas um Lula extremista, entrincheirado em um dos polos, é um espantalho que os jornalistas e os seus adversários precisam inventar porque o temem. É uma cartada, desculpem.
Enquanto houver bolsonarismo, vai haver polarização, por definição. Não é preciso que os outros polos estejam radicalizados. O bolsonarismo é que atraiu o eleitor de centro e de direita para a extrema-direita, essa é a polarização política brasileira.
3) "Com Lula candidato, aumentam as chances de B". Que argumento mais descarado, desculpe. 1º que se o cara continuar votando em B em 2022 por razão de antipetismo, depois de tudo o que vimos, então ele merece ser governado por B, pq ñ vale nada.
2º pq na decisão de Fachin não consta que as pessoas em 2022 só possam votar em Lula ou B. É só escolher um 3º candidato viável ou construir a possibilidade para que ele surja, quem te impede, caramba? Vê se cresce e se vira.
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