Em momentos nos quais o mundo está em transição, países com lideranças bem-preparadas podem aproveitar para galgar posições, enquanto outros correm o risco de perder relevância. Com a pandemia do novo coronavírus não será diferente. 🧵👇
Enquanto países como Tailândia, Vietnã e Nova Zelândia conseguiram evitar elevadas taxas de infecção, outros, como China e Rússia, estão aumentando sua influência global por meio da “diplomacia da vacina.”
O Brasil, pelo que tudo indica, é um dos grandes perdedores geopolíticos do momento atual: não apenas saiu da lista das 10 maiores economias do mundo durante a pandemia, mas também vive um colapso inédito de sua imagem diante da estratégia negacionista de seu presidente.
A reputação brasileira de país com um dos melhores sistemas públicos de saúde no mundo em desenvolvimento, arduamente construída ao longo de anos, se desfez, ofuscada por um presidente q ocupa regularmente manchetes dos maiores jornais do planeta por seus ataques contra a ciência
Enquanto os EUA pagavam um preço desproporcional por ter uma liderança incapaz de gerenciar a pandemia até recentemente, a atual administração já está conseguindo conter os danos, implementando um dos melhores programas de vacinação do mundo.
No caso brasileiro, a troca do atual presidente em 2022 seria o primeiro passo para começar a controlar o prejuízo e reverter o colapso sem precedentes da imagem e influência brasileira no mundo. brasil.elpais.com/opiniao/2021-0…
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Brazil: The decision by a Supreme Court judge to annul Lula's convictions still needs to go to the full court for review. If the ex-president's political rights are restored, however, it'll reshape Brazil's political landscape. A few thoughts 🧵👇
1) The biggest beneficiary, of course, is the Workers' Party (PT), which would probably reassert its control over the left. Lula would have a good chance at making it into the run-off against Bolsonaro. Lula could be expected to chose a centrist(or even center-right) VP candidate
2) Bolsonaro is also likely to benefit politically. With a catastrophic mishandling of the pandemic, high unemployment, rising inflation and an economic collapse, the president can go back to what he likes best: fight an anti-communist crusade and benefit from anti-PT sentiment.
A primeira coisa que líderes com ambições autoritárias atacam são pessoas e instituições que produzem conhecimento. Governos anti-democráticos precisam eliminar essas áreas para consolidar seu poder, e as universidades costumam ser uma força independente na sociedade. 🧵👇
Em regimes de direita com ambições autoritárias, o pensamento crítico costuma ser tachado de comunista, subversivo ou moralmente reprovável. Regimes de esquerda com as mesmas pretensões geralmente o rotulam de imperialista, fascista ou ligado à velha ordem.
O tipo de acusação diverge, mas o desejo de enfraquecer ou controlar centros de pensamento independente é o mesmo. A essência de todos os projetos autoritários é parecida e tem como objetivo enfraquecer os princípios-chave da democracia: freios e contrapesos +alternância de poder
Bolsonaro's purposefully outrageous comments - like yesterday, when he told Brazilians to "stop whining" after the most lethal day of the pandemic - mobilize his loyal followers, but are also carefully designed to dominate the news cycle and divert public attention. 🧵👇
While Trump was indifferent to the suffering of others, Bolsonaro seems to openly relish it. Yesterday, for example, he triumphantly announced that suicides had increased, which supposedly strengthens his arguments against lockdowns - followed by a long hearty laugh.
By not only adopting misguided policies in the fight against the pandemic, but by embracing a purposefully cruel rhetoric, which inevitably makes headlines and fires up social media, Bolsonaro often succeeds in crowding out a more structured public debate about alternatives.
With the United States now pursuing a science-based strategy to fight the pandemic, the remaining heads of state who refuse to listen to experts, like Jair Bolsonaro, are far more in the international spotlight. Brazil's president can no longer swim in Trump's slipstream. 🧵👇
The pandemic in Brazil is worsening and specialists expect an unprecedented number of daily covid-19 fatalities in the coming weeks. Bolsonaro continues to speak out against masks or social distancing measures & defends bogus medicines. Brazil's int'l reputation is in free fall.
After Bolsonaro relished in becoming the world's leading environmental villain, he is also happy to assume an almost cartoonish villain status as he actively obstructs governors' and mayors' attempts to convince the population to take the virus seriously.
Não há vácuo de poder na política, e o mesmo vale para a política externa. Na ausência de um chanceler disposto ou capaz de gerir as relações do Brasil com o resto do mundo, outros políticos brasileiros tornaram-se figuras-chave nos palcos internacionais. 🧵👇
Durante os primeiros dois anos do Governo Bolsonaro, enquanto Araújo cumpria seu papel de cheerleader do presidente Trump, o vice-presidente Mourão e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, se empenhavam no âmbito diplomático.
Ao permitir que outras figuras no Governo se ocupem de temas internacionais, Araújo está cumprindo sua missão de diminuir o controle do Itamaraty sobre a articulação da política externa.
Um dos elementos mais fascinantes da Alemanha é como o país trata sua própria elite. Enquanto nos EUA ter dinheiro e acesso ao poder político dá vantagens e facilita a vida, na Alemanha ter grana ou sobrenome nem sempre faz diferença. 🧵👇
Ontem o time do poderoso Bayern de Munique sentiu essa diferença na pele: embarcou às 23h rumo ao Qatar para disputar o Mundial de Clubes. Como o avião teve que passar por um processo de 'de-icing' (para tirar o gelo da fuselagem), a decolagem ficou para meia noite e 3 minutos.
O problema é q em Berlim, de onde o Bayern estava saindo depois de um jogo lá, há uma lei municipal q proíbe decolagens dps da meia noite para não incomodarem os moradores da cidade. Furioso, o presidente do clube, Karl-Heinz Rummenigge, tentou destravar a situação com o governo.