Hoje comemora-se o Dia Nacional da Imigração Judaica, e uma parceria entre o Museu do Holocausto de Curitiba e o Instituto Vladimir Herzog (@vladimirherzog) narra um capítulo pouco conhecido da vida de Vladimir Herzog: a história de imigração de sua família.
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Vlado, que ficou mundialmente conhecido como símbolo da luta contra a ditadura militar, nasceu em Osijek, em 27 de junho de 1937. Os Herzog viviam na ex-Iugoslávia (atual Croácia), migraram para a Itália e embarcaram para o Brasil na tentativa de fugir do nazismo na Europa.
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Quando chegou ao Rio de Janeiro com seus pais, para escapar do antissemitismo, Herzog se naturalizou brasileiro.
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Aqui estudou, formou-se em Filosofia pela USP, foi professor universitário, aprimorou o amor pelo cinema, constituiu família e se consolidou como um jornalista renomado, preocupado com uma sociedade mais justa e com os valores da democracia.
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No Brasil, sua carreira foi interrompida por uma nova perseguição, desta vez política.
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Na mira dos militares, durante uma das fases mais duras da ditadura militar, foi convocado a depor por ser diretor de jornalismo da TV Cultura. Combinou de ir voluntariamente ao DOI-CODI, na Vila Mariana, na manhã do dia 25 de outubro de 75 - de onde saiu sem vida.
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O Museu do Holocausto e o Instituto Vladimir Herzog relembram esta história neste 18 de março para reforçar a importância do respeito às diferenças, à democracia, aos direitos humanos e à liberdade.
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A acusação de crime ritual contra judeus surgiu durante o período medieval. Conhecida como libelo de sangue, é uma das expressões mais terríveis de crueldade e fé cega de toda a história da humanidade. O mito foi utilizado como motivação para o assassinato de milhares de judeus.+
A ideia de sequestros de crianças cristãs para torturá-las com fins rituais está ligada a uma maldade que seria intrínseca ao Judaísmo. Esta alegação, junto à acusação de Deicídio, faz parte da essência do Antijudaísmo, que se desenvolve nas raízes do Antissemitismo racial. +
Um dos casos mais emblemáticos é o de Simon de Trent, de 2 anos, que desapareceu às vésperas da Páscoa de 1475. Seu pai alegou que ele havia sido sequestrado e assassinado pela comunidade judaica. 18 judeus e cinco judias foram presos acusados de ritual de assassinato. +
Concretizando nossos três pilares fundamentais - memória, educação e pesquisa - indicamos a leitura de artigos científicos!
No dia 21 de março comemora-se o Dia Internacional contra a Discriminação Racial, uma data que reforça a luta contra o preconceito racial.
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Para marcar a importância da conscientização sobre o racismo, indicamos a leitura do artigo “Racismo, corpo e liberdade: a filosofia do hitlerismo no Brasil hoje” de Benedetta Bisol.
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Nesse artigo, a autora apresenta as reflexões desenvolvidas pelo filósofo Emmanuel Levinas, que se aprofundou nos estudos sobre a compreensão hitlerista do corpo, entendendo a biopolítica nazista a partir da relação entre a identidade política e identidade biorracial.
Inge Ginsberg nasceu em 27 de janeiro de 1922, em Viena, em uma abastada família austríaca. Nos primeiros anos da década de 1940, começaram a ser perseguidos pelos nazistas – decidindo, assim, fugir para a Suíça.
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Trabalhou, então, nas forças armadas americanas e coordenou grupos de resistência. Com o fim da guerra, foi viver em Los Angeles, nos EUA, onde se tornou poeta e compositora na indústria cinematográfica de Hollywood.
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Sua relação com a criação em poesia a tornou vocalista de uma banda de heavy metal, chamada “Inge & the TritoneKings”. Segundo ela, decidiu fazer música deste gênero porque “sentia que ninguém queria ouvir as histórias e as opiniões dos mais velhos”.
Esta não é uma nota de repúdio. É um pedido de ajuda às autoridades e aos nossos seguidores: por um lado, para que a advogada Dóris Denise Neumann responda criminalmente por seus atos.
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Por outro, para que suas palavras, ditas a céu aberto, sejam de conhecimento público, assim como a vergonha e a repulsa causadas por este vídeo - compartilhado em nossa página com intuito evidentemente pedagógico e pautado pela lema do "Nunca Mais".
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Com a desculpa de se manifestar contra as medidas de restrição do governo gaúcho no combate à pandemia de Covid-19, ela evoca a mais profunda apologia ao nazismo.
“Eu quero viver
Quero rir e suportar o sofrer
e quero lutar e amar e odiar
e o céu com as mãos quero alcançar
e quero ser livre e respirar e gritar então
Não quero morrer. Não
A vida é emoção
a vida é minha
Minha e tua”
📖Trecho de “Poem [Poema]”, de Selma Merbaum
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Selma nasceu em 1924, em Bukowina, na Romênia, e faleceu aos 18 anos, de tifo, em um campo de concentração nazista. Durante muito tempo não se sabia ao certo nem mesmo como ela se chamava.
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Até 2014 ainda se acreditava que o nome da jovem poeta judia era Selma Meerbaum-Eisinger, sendo que o segundo sobrenome seria o do seu padrasto. Foi a biógrafa Marion Tauschwitz que pôde comprovar que seu nome havia sido registrado como Selma Merbaum.
Junho, 1943: A Holanda está ocupada pelos nazistas. Em Amsterdã, numa festa de aniversário, o modesto contador Jack se apaixona por Ina, de 20 anos, no instante em que a vê. Mas as coisas não serão nada fáceis para Jack.
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Ela pertence a uma abastada família, dona de uma lapidação de diamantes. Ele é pobre e casado com a sedutora e instável Manja. Setembro, 1943: o marido, a esposa e a amante estão no mesmo campo de concentração e vivem no mesmo alojamento.
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Este documentário de Michèle Ohayon apresenta um raro material de arquivo e entrevistas para contar uma comovente história de amor que transcendeu a cruel e dolorosa realidade da guerra.