Pergunta: alguma prefeitura vem recomendando ativamente para as pessoas que usam transporte público ficarem em silêncio ou falarem baixo, o quanto possível? Pelo que sabemos hoje da transmissão, poderia ajudar.

theatlantic.com/ideas/archive/…
Países que fizeram um bom trabalho de rastreamento de contatos não encontraram muitos clusters com origem em ônibus e metrô. E antes que alguém diga, sim, há lotação no transporte público fora do Brasil tb. Dê um google em "Tokyo subway rush hour".

bloomberg.com/news/articles/…
“O uso obrigatório de máscaras no transporte público, onde o distanciamento não é possível, deveria vir acompanhado de uma precaução bem simples: evitar falar e fazer ligações telefônicas", recomendou a Academia Nacional de Medicina da França.

reuters.com/article/us-hea…
E também acho que ajudaria a gente dar mais nuance ao "evite aglomerações". Por duas razões: algumas muvucas são muito mais arriscadas que outras (ar-livre vs em espaço fechado) e outras são inevitáveis (transporte público, fila para receber benefícios/vacina, etc).

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23 Mar
Pergunta honesta: algum país conseguiu ir bem no combate à pandemia sem "violar" a privacidade dos seus cidadãos? Todos os cases de sucesso fizeram coisas que provocariam arrepios em ativistas de privacidade que conheço. Alguns exemplos: 🧵
Na Austrália, empresas como bares e restaurantes mantinham os nomes e contatos dos clientes, e isso podia ser acessado a qualquer momento pelo governo em prol do esforço (bem-sucedido) de rastreamento de contatos.

9news.com.au/national/coron…
Em Taiwan, visitantes de outros países obrigados a fazer quarentena por 14 dias tinham celular monitorado, e não podiam sair dos alojamentos. Há relatos de a polícia batendo na porta porque acabou a bateria do celular de uma pessoa vigiada.

digitalprivacy.news/2021/03/17/tai…
Read 10 tweets
21 Mar
Compartilhei esse post aqui de uma importante imunologista de Yale, em que ela se junta a outros cientistas e pede um esforço internacional, de governos e empresas como Pfizer e Moderna, a lidar com a tragédia no Brasil e a variante P1. Os comentários me incomodam muito. +
As pessoas respondem com "Na verdade a gente precisa de ajuda para tirar o Bolsonaro" ou "Mas a gente tinha como comprar Pfizer, o presidente que não quis".

Legal, parabéns por estar com a razão (sort of). Isso não ajuda um nanômetro na situação, inclusive pode desmobilizar. +
Se rolasse um processo de impeachment amanhã, e ele durasse digamos rapidíssimos 60 dias, a gente continuaria na mesma lama com vacinas. Se um contrato de 800 milhões de doses for assinado HOJE, idem. A gente precisa SIM de ajuda humanitária internacional, de priorização. +
Read 4 tweets
16 Nov 20
Interessante ver o que acontece nas redes de influenciadores bolsonaristas neste momento.

1/ Nos comentários de uma de várias "influencers" bolsonaristas não-eleitas, um monte de gente descobrindo o que é quociente eleitoral.
2/ Rolando também bastante a ideia de que o problema foi a escolha de figuras conservadoras "erradas" (com gente bastante OTIMISTA que seria diferente com outros nomes).

3/ Muita gente reclamando de "fraude". O argumento mais repetido é que não houve muitas mudanças nas porcentagens à medida que foi avançado a contagem, o que seria um indício. (Nas eleições dos EUA, a alta variação seria indício de fraude. Vai entender.)

Read 11 tweets
15 Nov 20
🧵 Em 2018, âncoras do Sinclair Broadcast Group, grupo de 193 estações de TV nos EUA, leram uma estranha mensagem, ecoando críticas que Trump fazia ao viés da "grande mídia". Timothy Burke colou o monodiscurso, e o resultado é meio assustador:

A Sinclair, que tem substituído cobertura local por noticiário nacional, muitas vezes em defesa de Trump, foi bastante criticada por democratas nos EUA.

Depois das críticas ao discurso dos âncoras, Trump saiu em defesa da Sinclair:

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15 May 20
Sobre a hidroxicloroquina (HCQ), vou listar aqui os argumentos dos defensores do medicamento, e por que eles acreditam que a ciência ainda não descartou satisfatoriamente a sua utilidade. Thread não é endosso, mas análise de discurso: 1/11
O primeiro é que os _cloroquiners_ defendem na verdade um protocolo específico: o uso de HCQ no início dos sintomas, em conjunto com Azitromicina e Zinco. Os estudos que apareceram até agora não testaram *exatamente* isso.
Ou testaram em pacientes graves (como no de Manaus) ou sem adicionar Azitromicina + Zinco. O último grande estudo que saiu na mídia como "mais um fracasso da HCQ" foi inclusive comemorado pelo médico francês que viralizou o tratamento:

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9 Mar 20
Acredito mesmo que o Drauzio pense ser irrelevante o crime que levou a pessoa pro sistema prisional. Quem o acompanha sabe que é uma questão de princípios dele. Mas acho que ele e a produção erraram em escolher aquela personagem. Jornalísticamente falando, falta informação +
pro espectador julgar a validade da tese ali. "Mulheres trans presas enfrentam preconceito, abandono e violência", diz a chamada. Mas qual é o fator determinante para a situação da Suzy? É bem normal estupradores e/ou assassinos de crianças não receberem visitas.
Na reportagem, logo depois do abraço, Dráuzio mostra um gráfico sobre os crimes mais comuns pelas quais as trans estão presas, enfatizando o roubo. Emenda com "foi por roubo que Lola veio parar ali." Se não é relevante o crime, por que falar deste, e não daquele?
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