Não. Tal como acontece com qualquer outra vacina, existe uma pequena percentagem da população (2 a 3%) que não a poderá tomar por ter desenvolvido uma reacção alérgica severa no passado ou por ter uma doença auto-imune.
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2. Esta vacina vai alterar o meu DNA?
Não. Esta vacina apenas traz instruções para produzir uma proteína específica do vírus. Esta proteína será usada para ensinar o nosso sistema imunitário a combater o vírus se alguma vez entrar em contacto com ele.
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Esta comic explica como a vacina funciona com um detalhe difícil de incluir em apenas 280 caracteres:
Na verdade a tecnologia que deu origem a esta vacina já está a ser estudada há mais de 20 anos. Imaginem a vacina como uma batedeira com varetas amovíveis.
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O que os cientistas fizeram no último ano foi desenvolver um par de varetas que fosse mais eficaz para "amassar" o vírus da #COVID19. A batedeira em si (a parte funcional da vacina) já estava construída.
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Para tal também ajudou uma colaboração internacional sem precedentes e o corte da burocracia normalmente pedida para realizar ensaios clínicos. O conhecimento anterior, aliado a um Mundo inteiro à procura do mesmo objectivo permitiu o seu desenvolvimento em tempo recorde.
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4. Prefiro tomar a vacina da Pfeizer ou da Moderna porque têm graus de eficácia mais elevados.
Na verdade o grau de eficácia não é um bom dado para comparar entre vacinas.
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Cada vacina realizou ensaios clínicos com uma população onde metade estava num grupo placebo, e a outra metade recebeu efectivamente a vacina. O grau de eficácia diz-nos quantas pessoas do grupo que recebeu a vacina foram infectadas com #COVID19.
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Os ensaios da Pfeizer e da Moderna foram realizados no Verão, um período em que o número de infecções por #COVID19 foi mais baixo, resultado do confinamento da Primavera anterior, enquanto que a Johnson & Johnson e a AstraZeneca realizaram os seus ensaios no Inverno
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É natural que os participantes que foram avaliados no Verão tivessem menor risco de entrar em contacto com o vírus, daí o número mais alto de eficácia em comparação com vacinas que fizeram os seus ensaios no Inverno onde existiram maiores níveis de incidência da doença.
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O que devem ter em atenção ao escolher uma vacina é o seu grau de prevenção de doença grave, hospitalização e morte.
Nesse aspecto, todas as vacinas referidas têm um grau de 100%.
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Ou seja, as pessoas que tomaram a vacina não precisaram de ser hospitalizadas mesmo depois de entrarem em contacto com o vírus.
Ao estarem vacinados, no limite, vão ter sintomas similares a uma simples constipação.
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Para saberem mais sobre o grau de eficácia vejam este vídeo
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5. Então e os casos de trombose?
Não foi encontrada qualquer correlação entra a vacina AstraZeneca e o desenvolvimento de tromboembolismos.
Suspeita-se que os casos detectados se deveram a dois factores:
- Vacinação de população mais idosa que por motivos da própria idade apresenta maior risco para o desenvolvimento de tromboembolismos por motivos que não a vacina;
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- As pessoas estão mais atentas à sua saúde e acabam assim por ir mais ao médico e fazer mais análises que permitem detectar riscos de trombose que de outra forma não seriam detectados;
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6. Estou vacinado porque preciso de usar máscara?
Tu estás vacinado, mas o resto da população ainda não está. O uso da máscara é para proteger a comunidade, não o indivíduo. Mesmo estando vacinado podes na mesma transmitir o vírus para outras pessoas.
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7. Então, mas, a imunidade de grupo não é uma coisa má?
A imunidade de grupo existe quando uma percentagem elevada da população está vacina contra uma doença.
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Por exemplo, com o sarampo existe imunidade de grupo quando 95% da população se encontra vacinada. Isto porque cerca de 5% das pessoas não podem receber a vacina pelos motivos referidos na primeira questão.
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As 95% de pessoas que estão vacinadas vão servir de barreira para que o vírus não chegue às 5% de pessoas que não podem ser vacinadas. Assim se uma pessoa apanhar sarampo este vai acabar por morrer ali, não se transmitindo para o resto da população.
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Este vídeo explica como a imunidade de grupo funciona
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O que alguns países como a Suécia e o Reino Unido tentaram foi imunidade de grupo sem vacina. Isto é arriscado porque não protege as pessoas mais vulneráveis e porque, como vimos, a imunidade individual por contacto com a doença não dura mais que 6 meses.
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A vacinação permite proteger da hospitalização e do desenvolvimento de doenças graves. Reduzindo o número de mortes e a carga sobre o sistema de saúde.
Só através da vacinação é que podemos atignir a imunidade de grupo.
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8. As vacinas protegem contra as novas variantes?
Ainda não se sabe. Alguns dados preliminares demonstram que sim, no entanto ainda é cedo para responder a esta questão.
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O vírus está constantemente a evoluir e quanto mais depressa vacinarmos a população menos terreno ele terá para desenvolver novas variantes.
Até lá protejam-se, usem máscara, lavem as mãos e pratiquem distanciamento físico.
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Para saber mais sobre os efeitos das vacinas
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Shameless plug:
Sou autor do livro "Porque Fluturam os Meus Cereais", um livro sobre a ciência do dia-a-dia onde, entre outros temas, explico como funciona o método científico, como são desenvolvidos ensaios clínicos e como funcionam as vacinas.
Com um fim-de-semana de três dias as pessoas têm mais tempo para gastar dinheiro em sectores como a restauração, o turismo, a cultura e o comércio.
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Ter mais tempo para a família ou para si próprio aumenta a confiança das pessoas e reduz os níveis de ansiedade, reduzindo também as despesas em saúde e promovendo o consumo.
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A ouvir a participação de @BrunodC72 no @Sporting160_EN e, apesar de longo, acho que é um episódio que todos os sportinguistas deviam ouvir. Muito sumo nestas duas horas e meia.
Muito interessante a história de Fernando Gomes, Platini e do actual Presidente da @FIFAcom. Todos se opuseram ao VAR, tendo apenas avançado no sentido de alterar o clima perante as instituições depois dos escândalos de Platini com os mundiais da Rússia e Qatar.
O antigo Presidente também revelou que muitos funcionários do @Sporting_CP ainda hoje falam com ele, pedindo confidencialidade com medo de perderem o emprego.
O esquema de Amorim para um avançado com as características certas permite a este começar já a facturar após um breve período de adaptação.
Depois há a questão da mensagem que se passa para fora. Embora clube e SAD sejam entidades distintas, despedem funcionários e dizem que não há dinheiro para a canoagem ou para reforçar modalidades que não sejam o basket, mas depois gasta-se 15 milhões num jogador de 28 anos.
Um amigo meu está a contar-me casos de pessoas que não costumavam votar e que não ligavam às eleições que foram votar no Domingo com o único objectivo de derrotar AV.
A atitude era nobre até ele me dizer que o motivo que davam era que AV tinha "dito umas coisas más".
É por isto que não precisamos de mais pessoas a votar, mas sim de mais votos de qualidade de pessoas bem informadas.
A mesma estratégia pode facilmente ser deturpada para levar AV ao poder.
As pessoas precisam de ferramentas para conseguirem ter acesso à informação e para tomarem decisões com argumentos válidos.
O Henrique Raposo voltou a ter mais um episódio de verborreia mental. Em vez de limitar-me a insultá-lo, caro Henrique, decide combater o seu preconceito e a sua ignorância com a maior arma de todas: informação.
Sim, é um facto que as taxas de abstenção são muito elevadas junto da população afro-americana, contudo, ao contrário do que acontece em Portugal, isto não se deve a uma falta de interesse na vida política dos EUA, mas sim a três factores estruturais.
Enquanto em Portugal as eleições são realizadas aos Domingos e Feriados, nos EUA isso não acontece. Não existe sequer uma lei que obrigue as empresas a dar tempo livre para que os seus trabalhadores possam ir votar.