E minha mãe... eu nem sei expressar a sorte que tive e tenho por ser filho dessa mulher. Viúva aos 27 anos com dois filhos pequenos, decidiu fazer Direito, ralou, montou escritório sozinha, trabalhou feito louca e NUNCA nos deixou sozinhos. Mãe superpresente. Não sei como.
Quando decidi largar a faculdade de Medicina no 7o período, na UFMG, para ESCREVER SOBRE CINEMA NA INTERNET (em 1997, quando isso nem era "profissão"), ela me perguntou "se eu tinha certeza" e em seguida disse que "faça o que vai te fazer feliz, meu filho".
(Aliás, o site começou em 97; eu larguei a faculdade em... 99, acho.)
A família endoidando, dizendo que ela não podia me deixar "jogar o futuro fora" e a danadinha me apoiou sem hesitar.
Quando eu tinha 12 anos e escrevi numa prova de religião (eu estudava num colégio católico) que "Jesus era socialista" e fui parar na diretoria, chamaram minha mãe no colégio, explicaram o que houve e ela disse: "Eu concordo com ele". (Aliás, a prova: instagram.com/p/CKxIbGZnn_G/…)
Eu devo tudo a essa mulher maravilhosa. Tudo. O anúncio da data da vacinação é uma tonelada que sai dos meus ombros.
Não graças a esse presidente desgraçado miliciano de merda.
E (não menos importante) aos 15 anos essa mulher participava de células de combate à ditadura do lado dos irmãos (meus tios). Minha mãezinha.
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No último dia 25, morreu o cineasta francês Bertrand Tavernier. Ele tinha 79 anos.
Ex-crítico de cinema, Tavernier estreou como diretor de longas em 1974, com o belo O Relojoeiro, no qual já iniciou sua parceria com Philippe Noiret, com o qual trabalharia diversas vezes.
Baseado em livro de Georges Simenon, o filme conta a história de um homem de meia-idade (o relojoeiro do título) que leva uma vida pacífica, desinteressante e desinteressada - e que um dia recebe a notícia de que seu filho matou o segurança de uma fábrica e fugiu com a namorada.
Mas o roteiro não tem interesse no crime em si, mas no que revela sobre a relação entre pai e filho e, principalmente, sobre o conformismo político na França do período. Apolítico (ou seja: conservador), o sujeito aos poucos é despertado pelas possíveis motivações do filho.
Bom, até o Estadao, jornal mais tucano do mundo, apontou que o tal site falso de Haddad parecia ter sido criado por uma empresa da campanha de Serra - e o nome do responsável pela empresa é o mesmo de um dos coordenadores das redes de Juliette. Isso me incomoda MUITO. +
E por que me incomoda? Porque Juliette foi vira-voto de Haddad, defendeu Dilma no programa (ao lado de Gil) e, portanto, representa o oposto do que essa pessoa supostamente fez pra prejudicar Haddad eleitoralmente. (Jogo sujo NAO é aceitável só por ser "um trabalho").
Não foi Juliette quem contratou a empresa, mas uma amiga dela que ficou responsável por suas redes quando ela entrou na casa. Então OBVIAMENTE não culpo a rainha pela decisão.
Mas essa decisão tinha que ser repensada considerando tudo.
Li agora a thread comparando a estratégia das redes sociais de @FreireJuliette à de Bolsonaro e devo dizer que é uma das coisas mais estúpidas que vi nos últimos tempos. Não por causa da comparação em si, mas por não ter a mínima compreensão do que levou Bolsonaro a ser eleito.
Aliás, só o fato de não perceber que o momento mais importante da campanha de Bolsonaro - e que mudou a trajetória da eleição - foi a facada (ou "facada", como muitos acreditam), a análise já vai inteira por água abaixo.
Além disso, a ideia de que Bolsonaro criou um personagem para gerar empatia é tão absurda, tão insana, que me pergunto onde a pessoa estava nos últimos anos. O que Bolsonaro fez foi o OPOSTO de buscar expandir sua base - ele se esforçou ao máximo para sedimentá-la.
Na primeira fase de sua carreira política - que numa sociedade civilizada deveria ter sido interrompida ali -, Bolsonaro confessou o desejo pela execução de pelo menos 30 mil pessoas que ele considerava indesejáveis em sua visão de mundo.
Hoje ele atingiu um número 10x maior.
No afã antiesquerdista, no desespero para implementar um neoliberalismo que sabidamente vem aumentando as desigualdades sociais, destruindo o meio-ambiente e arruinando o mundo política, social e economicamente, as elites brasileiras ajudaram a colocar no poder um genocida.
E elas SABIAM que ele era um fascista, um sociopata, um genocida em potencial - ele nem TENTAVA esconder isso. Mas por interesse econômico, estas elites convenceram outras camadas da sociedade a votarem contra os próprios interesses. E aí está o resultado:300 mil mortos. 300 mil.
Já começou a culpar a nova variante. Que em boa parte é responsabilidade dele por não conter a pandemia no país. #BolsonaroGenocida
Canalha mentiroso. Atacou a vacina o tempo inteiro e agora vem falar que apoiou sua prod...
.... não, desculpem. Não dou conta. Não vou ver isso e nem comentar. Esse canalha genocida do @jairbolsonaro não merece qualquer ajuda pra repercutir suas mentiras.
Ele mente sabendo que sabemos que está mentindo. Apenas... não liga. Porque sociopatas são assim.
E não sabe nem ler.
Peço desculpas de antemão; sei que o "eu já sabia!" é chato e que MUITA gente já sabia, mas eu preciso ver um fiozinho com alguns tweets ao longo dos anos. Começando com a primeira vez que citei Moro aqui no twitter: