Aconteceu há mais de um ano. Eu andava dormindo mal. Peguei uma gripe e adormeci no final da tarde, na cama do João, que ainda estava na escola.
Caí em um sono desorganizado e agitado. Em um certo momento, senti o toque de um lençol caindo sobre mim. Alguém me cobre, ajeita meu travesseiro. Eu resisto a despertar. Deve ser a Josefa, que trabalha conosco. Estranho. Ela nunca fez isso.
Voltei pro meu sono.
Quando acordei, saí pela casa, corpo ainda doído da gripe. “João chegou”, Josefa me diz na cozinha. “Está na sala, viu o senhor dormindo e não quis incomodar”.
Na sala, João assiste TV mastigando alguma coisa. “Filho”, eu pergunto, “foi você que me cobriu?”
“Foi pai”, diz ele. Me cobriu com um lençol, ajeitou meu travesseiro, fechou a janela e ligou o ventilador, e saiu.
Quando eu era criança, dividia o quarto com meu irmão Danilo. Toda noite, antes de deitar, meu pai entrava no quarto para ver se estava tudo bem, ajeitar nossas cobertas e dar a benção.
João é meu primogênito muito amado. Quando ele era pequeno, sua mãe fazia “enrola-enroladinho” nele, ajeitando as cobertas bem justas ao redor do seu corpo. Ele adorava.
Décadas depois, quando meu pai ficou muito doente do câncer que iria matá-lo, foi minha vez de cuidar dele e ajeitar suas cobertas no hospital.
Naquele dia da minha gripe, há um ano e pouco, foi o João que me cobriu.
E nesse gesto está quase tudo o que eu queria, um dia, dessa vida.
Feliz Páscoa.
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Critico o absurdo fechamento das escolas, e alguém me pergunta:
“Roberto, o que você sugere já que agora as novas cepas estão atingindo pessoas de todas as idades (inclusive crianças)?”
Eu respondo: sugiro BOM SENSO.
Não sou epidemiologista. Nada sei sobre “novas cepas”. Mas é de conhecimento geral, HÁ ANOS, que uma das principais características do vírus da gripe é que ele sofre mutações. Tanto que as vacinas contra gripe sempre foram feitas com o vírus da gripe do ano anterior.
SEMPRE haverá “novas cepas”. Vamos fechar as escolas para sempre?
Acompanho a evolução da pandemia desde o início. É EVIDENTE que existe uma doença real que está provocando tragédias por todo o mundo.
Não sou de esquerda porque essa posição ideológica é baseada em três crenças equivocadas: a de que totalitarismo produz liberdade, a de que a distribuição da riqueza é mais importante que sua criação, e a de que o Estado deve dirigir nossas vidas nos mínimos detalhes.
Essas crenças são a base do comunismo e do socialismo, que são a mesma coisa: sistemas filosóficos, morais e políticos mórbidos, usados por psicopatas e aventureiros para transformar o ser humano em um farrapo corroído por fome, miséria e degradação.
Esse é o resumo do que é “esquerda”. Faltou dizer que a ela conta com o apoio dos intelectuais e, por isso, tem um marketing incomparável: foi assim que uma ideologia totalitária, violenta e empobrecedora virou promotora da “justiça social” e ganhou o apelido de “progressista”.
Deixa eu te contar uma história que você acha que conhece, de um jeito totalmente novo.
A Revolução Francesa começou em 1789 e durou dez anos. Foi a revolução da “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
Então.
Os franceses derrubaram uma monarquia, fundaram uma república e – em nome da liberdade - mataram milhares de pessoas. Foi preciso até inventar um instrumento para facilitar as execuções: a guilhotina.
E depois de toda a matança, acabaram em uma ditadura, comandada por um imperador: Napoleão.
Napoleão envolveria toda a Europa em guerras sangrentas e ficaria no poder até 1815, quando a monarquia foi restaurada na França.
Muitos não sabem que publiquei 3 livros. Aqui estão:
Este livro curto - 45 páginas - é uma atualização do capítulo sobre segurança publicado no meu livro Ou Ficar A Pátria Livre. O capítulo é agora publicado em separado, com texto revisado e corrigido
Jogando Para Ganhar é um conjunto de histórias e reflexões sobre o país. Dois textos são dedicados à guerra política, através da discussão de livros essenciais: “A Arte da Guerra Política” de David Horowitz, e “Regras Para Radicais”, de Saul Alinsky.
Ou Ficar A Patria Livre é meu primeiro livro, e fala da realidade de um país onde a política se resume à repetição de expressões como justiça social e desigualdade, mas onde vivemos com medo do assalto, da inflação e do desemprego.
Joga o pacto federativo no lixo.
Joga a constituição junto.
Vale tudo.
Um juiz é desautorizado por um ministro nomeado pelo réu condenado pelo juiz.
Fecha a praia para dar lição de moral em quem precisa trabalhar para comer.
"Infectologistas" demandam coletivismo.
E a mídia?
Por que a mídia promove a histeria ?
Primeiro: porque quem está preso em casa vê mais TV.
Segundo: a grande mídia quer destruir as mídias alternativas - as redes sociais.
Eles só conseguem isso reivindicando o monopólio da verdade através do terror.
Os grandes grupos de comunicação de massa estão sendo extintos.
Eles querem levar a democracia junto com eles.
Eles vão sacrificar tudo - liberdade, saúde, emprego - em nome de mais alguns anos de faturamento.
Eles vão sacrificar nossos filhos e nossas famílias.