Qual RCT testou maracugina em dias de lua cheia, com desfechos duros, que tinha RT-PCR...?
Achou estranha a analogia? Então você precisa conhecer a "inversão do ônus da prova" contido nesse print.
Isso contribui para que as falsas narrativas conspiratórias nunca morram.
Quando uma ideia nasce, ela precisa ter uma plausibilidade pra ser testada. Com a plausibilidade, temos:
- Uma pequena probabilidade que seja realmente eficaz.
Não temos: prova que funcione.
O maracujá, por exemplo, tem ação antiviral
Como deve ser interpretado um dado plausível em Medicina?
- Precisamos fazer estudos para testar se Maracugina funciona mesmo no mundo real.
O que não deve se fazer?
- Não se deve pedir provas de ineficácia de algo que nunca comprovou eficácia em primeiro lugar.
Inverter o ônus da prova é um artifício utilizado na pandemia porque é uma maneira muito simplista de manter a mentira viva.
É como esperar que as boas evidências esgotem todas possibilidades de algo que já nasceu ruim, mas aceitar as péssimas evidências de bom grado.
Não é arrogante lutar contra o que é claramente uma farsa quase unânime entre os que deveriam entender esses conceitos que são básicos (bem básicos).
Talvez seja arrogante insinuar que um colega é isso, mas tudo bem. Às vezes nos excedemos mesmo.
PS: trocentos estudos não comprovam nada. Nobel (ou qualquer eminência) não é evidência. Meta-análise de lixo é lixo amplificado.
Qualquer argumento da turma do "me engana que eu gosto" já está desmentido no meu feed.
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Meta-análise da Nature conclui que a Hidroxicloroquina pode estar associada a uma maior letalidade e Cloroquina não tem efeito.
E por que devemos acreditar nela e não na c19study? Por que acreditar nela e não no seu médico leigo? Segue o fio.
A meta-análise, de acordo com o novo conceito de pirâmide fluida da MBE, é como uma lupa. Ela é usada para amplificar o resultado de diversos estudos. Quando apontamos uma lupa para o lixo, amplificamos lixo. Quando apontamos uma lupa para estudos de qualidade, obtemos respostas.
Matemáticos e médicos sérios não precisam usar de métodos estatísticos não aplicáveis para convencer ninguém. Não há paixão por uma causa, nem viés político ou financeiro. Há sim a busca pela melhor evidência. Agora vejamos como alguém sério faz uma meta-análise.
A nossa sociedade está pronta para uma Medicina Baseada em Evidências?
Não médicos respondem:
a) “Vou passar esse remédio pra você e pra outras 24 pessoas para que 1 delas não tenha um AVC. 1 delas também terá hemorragia”
b) “Se você tomar esse remédio certinho, não terá AVC”
Na minha opinião, o modo B de informar, apesar de parecer inócuo, leva a uma super-simplificação dos tratamentos médicos.
Ao apertar a mão do paciente, informando que ele não terá um AVC, o médico omite fatos importantes:
Quando um médico prescreve algo (ou intervém em algo), ele oferece probabilidades:
- De melhorar
- De piorar
O médico baseado em evidências também reconhece o papel da história natural das doenças.
Então os 25 pacientes devem ser interpretados assim:
Uma situação muito comum em empresas é a testagem de contactantes de pacientes de COVID para liberar ou isolar seus funcionários.
Uma empresa decidiu testar todos os funcionários após 1 deles positivar para COVID. Essa estratégia os protege? Fio sobre testagem de contactantes.
Imagine que em uma empresa com 101 funcionários, 01 deles ficou sintomático, foi afastado, coletou PCR que foi positivo.
"Seguindo todos os protocolos de segurança", o chefe decidiu fazer testagem em massa e ordenou que os 100 funcionários fizessem também um PCR.
Atualmente, o Rt do Brasil (em média, isso varia de estado para estado) está em 1,12. Isso significa que cada 100 pessoas com COVID atualmente contaminam outras 112. Ou, arredondando, cada pessoa com COVID contamina 1 outra.
O ECG se atualiza sempre. Pesquisadores como Bayés de Luna, Samuel Sclarovsky e Pedro Brugada trabalharam para evoluir o ECG nos últimos 20 anos.
Esse fio lista os motivos para escolher o plano PRO do curso Sanar ECG.
1. Você não merece aprender lendas urbanas de 20 anos atrás.
2. O plano PRO foi pensado para aqueles que querem saber o PORQUÊ das coisas.
Não economizamos tempo em explicar o exato mecanismo pelo qual as coisas acontecem como acontecem no ECG. Conhecer a alça vetorial do BRE ajuda a não confundi-lo com bloqueio de Purkinje, por exemplo.
3. Foi criado para quem quer ser independente na avaliação do ECG. O curso é absolutamente completo e traz todos os tópicos possíveis de se encontrar na vida real.
Deseja nunca mais passar perrengue em ECG de marca-passo ou pediatria, por exemplo? Bem vindo!
Aprender ECG do zero é complicado, eu sei. A curva de aprendizado é longa e muitos cursos preferem focar em conteúdos muito teóricos.
Montei o curso Sanar ECG para ser, acima de tudo, DEMOCRÁTICO. Ele tem dois planos: o Básico e o PRO e esse fio fala tudo sobre o plano Básico 🧶
O plano básico serve para quem quer dar os primeiros passos no aprendizado de ECG, com o diferencial que nesse curso não teve Ctrl C Ctrl V - xô lendas urbanas do ensino de ECG no Brasil.
É o apreço pela didática sem esquecer a qualidade.
Nesse plano, não deixaremos ninguém para trás! Todo e qualquer conteúdo dado será calmamente explicado para que ninguém pense que faltam as “bases".
Tudo com uma didática inédita e professores muito conceituados!
Vocês já estão sabendo do nosso curso on-line Sanar ECG?
Montei esse curso para ser uma revolução no ensino de ECG do Brasil. E eu já começo falando um pouco desses caras aqui do meu lado. @sanartech
1. Antoni Bayés de Luna - o maior eletrocardiografista do mundo. Professor emérito da UBA (Universidade Autônoma de Barcelona), é um incansável pesquisador em eletrocardiografia. Nunca caiu na mesmice, nunca aderiu ao Ctrl C + Ctrl V.
Foram dele as descobertas da "nova" terminologia de infarto (parede posterior não existe, só pra você saber), do bloqueio inter-atrial, da síndrome de Bayés, além de importantes consensos sobre onda T.