Já temos alguns senadores sentados tomando café. Luiz Henrique Mandetta já chegou no Senado. A perspectiva é que não haja atraso.

Prontos? Pipoquinha na mão? 🍿
E o Orlando já tá com a melhor trilha de pré-CPI da internet!

10:03 e os senadores seguem batendo um papo, tomando café, revisando as anotações. Presidente, vice e relator já estão no Senado.
Todos à mesa. Renan Calheiros vai ser o primeiro a fazer perguntas, por ser relatorZ Depois, todos os senadores devem ter 5 minutos pra perguntar e o depoente tem igualmente 5 minutos para responder. Depois, 3 minutos para réplicas e tréplicas.
ABERTA A SESSÃO!

Omar Aziz abre com requerimento de 2 servidoras pra auxiliar à CPI. Senador Ciro Nogueira protesta que o requerimento não foi apresentado 48h antes e que elas já estariam no Senado.
Presidente diz que não sabe quem são e nem se elas estão no Senado.

Questão de ordem de Eduardo Girão: pede para que haja alternância entre testemunhas sobre o governo federal e estaduais.
Girão diz que o Plano de Trabalho apresentado não inclui entes estaduais e municipais e nenhuma investigação sobre desvios e fraudes.

Presidente reclama do tempo que o Senador está falando.
Girão pediu mais 2 minutos. Deixou implícito que Renan não quer investigar estados e municípios ao ignorar o Plano de Trabalho apresentado por ele.
Senador Randolfe Rodrigues pede pra começar os trabalhos logo. O vice-presidente da CPI lembra que uma parte do Plano de Trabalho já foi aprovado. “Girão, bora trabalhar, homi?” 🍿
Ciro e Randolfe estão discutindo agora. Ciro o acusa de ter medo de investigar governadores. Agora Randolfe chama os governistas de “tropa de choque atrapalhada”🍿
Eduardo Girão pediu a palavra, mas Omar Aziz seguiu com Marcos Rogério, que também fala sobre o Plano de Trabalho. Marcos Rogério diz que o Plano foi elaborado unilateralmente, mas não foi votado nem discutido.
Presidente diz que a CPI mal começou e nem ouviram a primeira testemunha ainda. Omar lembra que foi consenso entre senadores chamar primeiro os ministros.
Eduardo Girão acusa Randolfe Rodrigues de ter sido desrespeitoso e que vai mandar os dois Planos de Trabalho pra imprensa pra mostrar que Renan Calheiros se focou somente no governo federal.
Omar Aziz disse que os estados e municípios vão ser investigados. Girão pede então para intercalar testemunhas. Aziz diz que não, que vai seguir a cronologia da pandemia.
Otto Alencar diz que é só apresentar requerimento pra votação e a maioria decide.
Omar Aziz avisa que General Pazuello não irá depôr amanhã, mas ainda não foi comunicado oficialmente.

Senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA): “Pode ir pra shopping sem máscara, mas não pode vir pra CPI”
Eliziane Gama, que não faz parte da CPI, e mais 3 mulheres estão participando na sessão de hoje depois do ataque de Flávio Bolsonaro na primeira reunião. Ela pede que mulheres possam, ao menos, inquerir as testemunhas.
Ciro Nogueira não para de falar ao lado da senadora, se manifestando contrário ao pedido de Eliziane.

Omar Aziz avisou que tentará adiar o testemunho de Nelson Teich para amanhã.
Fala agora a senadora Simone Tebet (MDB-MS) defendendo que a bancada feminina está presente na CPI mesmo sem nenhum membro oficial.
Luiz Henrique Mandetta senta à mesa 🍿
Senador Humberto e senador Randolfe pedem para mudar pra 15 minutos totais, sem estipular tempo de pergunta, resposta, réplica e tréplica. Omar Aziz acata.
Mandetta faz juramento e está sob o compromisso de dizer a verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade
Otto Alencar pede que Mandetta comece falando sobre seu trabalho no ministério antes das perguntas de Renan Calheiros.

Acatado.
Luiz Henrique Mandetta começa agora falando sobre sua gestão, que começou em 2019. Segundo ele, muitas soluções daquele ano ajudaram em 2020, como o ConectaSUS e o Médicos pelo Brasil.
Mandetta diz que sua gestão se antecipou à OMS na questão da gravidade da pandemia. Afirma que, em dezembro de 2019, nem a China nem a OMS se pronunciavam a respeito da pneumonia. Em janeiro, o Brasil teria pressionado a organização.
O ex-ministro diz que a partir do final de janeiro de 2019 a comunicação entre o Ministério da Saúde e a população sobre a doença passou a ser diária. Afirma que as legislações foram revisadas pra que as medidas sanitárias pudessem ser tomadas.
Agora fala sobre a repatriação de brasileiros que moravam em Wuhan e a comunicação com a China nesse início de pandemia.
Em janeiro e fevereiro, Mandetta afirma que foram realizados testes em pacientes e todos deram negativos. No fim de fevereiro, foi o Brasil que alertou sobre uma pandemia, decretada somente em 11 de março.
“Esse vírus, ele não ataca o indivíduo, ele ataca a sociedade” diz Luiz Henrique Mandetta
Mandetta discorre sobre os feitos do sua gestão durante a pandemia, como aumento no número de médicos e leitos de UTI.
Omar interrompeu a fala, pois Mandetta já falava por quase 20 minutos.
Renan Calheiros fala agora que a CPI não é da oposição nem do governo e que a comissão pode tudo dentro da Constituição.
Calheiros pergunta à Mandetta agora 🍿
“Como o Ministério da Saúde estabeleceu o diálogo com governadores e prefeitos?”

Mandetta: reuniões Conselho Nacional de Secretários Municipais e o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de segunda a segunda, das 7:30 às 9:30, com representantes do TCU
“Que unidades ficou responsável em coordenar as esferas do SUS nas contratações?”

Mandetta: Secretaria-Executiva do Ministério da Saúde
“Como funcionava o Ministério?”

M: de forma harmônica, cita inclusive contato com a China, além de esforços interministeriais.
“Quais normas técnicas foram elaboradas em sua gestão?”

M: diz que função do Ministério é se antecipar, foram feitos inúmeros protocolos que ele, inclusive, citou em sua fala de abertura. Padronização de atendimento, de enterros, medicamentos…
“Quais manuais e protocolos de manejo de pacientes foram editados?”

M: fluxo de entrada pela atenção primária, telemedicina, separação de pacientes em hospitais, protocolos de exames, compra de kits…
“A recomendação de pacientes procurarem médicos apenas em caso de falta de ar, o sr. considera que foi adequada?”

M: “isso não é verdade, senador”, diz. O ex-ministro explica que a orientação foi dada quando ainda não se tinha casos da doença no Brasil e as pessoas estavam em +
pânico e aglomerando em hospitais a procura de testes.
Renan Calheiros pergunta quando os protocolos foram iniciados.

Mandetta explica que em 24/02 houve o primeiro caso e que não se lembra exatamente a data.
Renan pergunta sobre o monitoramento e as medidas sanitárias se eram realistas.

Mandetta diz que era preciso monitorar e que estava em comunicação com o mundo inteiro.
Sobre monitoramento de insumos laboratoriais pra testagem.

Mandetta afirma que havia muita dificuldade por causa do mercado congestionado. Diz que comprou testes, mas que o seu plano não foi em frente após ser exonerado.
Renan quer saber porque não foi estruturada uma política de testagem em massa

M: diz que foram comprados 24 milhões de testes, mas só foi assinado pelo ministro Teich e, segundo ele, soube depois que a estratégia não foi utilizada.
“Havia impedimento técnico?”
“Não havia teste”, respondeu Mandetta
Renan quer saber se a testagem realizada pelos estados e municípios foi apropriada.

Mandetta responde que houve um caminho no início traçado pelo Ministério e que as medidas foram tomadas pela ciência.
Renan pergunta sobre apoio a estados e municípios pra compra de respiradores e abertura de novos leitos.

Houve reclamação pelo fim da transmissão pela TV Senado. A gente apoia aqui.
Mandetta responde que foram abertos 15 mil leitos pelo Ministério e que estados e municípios foram abastecidos. Lembra que não houve desassistência na 1ª onda.
Foi perguntado porque estados e municípios mesmo assim compraram respiradores se a compra foi centralizada.
Mandetta respondeu que houve uma competição entre estados e foi aí que a compra foi centralizada.
“Houve continuidade na política de aumento de leitos após a sua saída?”

Mandetta diz que acompanhou a meia distância e que a política continuou até o fim do ano de 2019
Renan Calheiros pergunta sobre os critérios técnicos utilizados para o repasse de verba.

Mandetta diz que inicialmente foi dividido por número de habitantes. No segundo repasse, foi pensado pelo critério da bipartite. No 3°, cada estado e município precisou fazer seu plano
“Durante sua gestão alguma empresa ou entidade apresentou vacinas?”

Mandetta: não. Ele lembra que a porta de saída sempre foi a vacina pra doenças infecciosas, mas, na sua gestão, as vacinas ainda estavam na fase 1.
Renan pergunta se na época havia plano pra aquisição de vacinas e insumos.

Mandetta lembra que anteciparam as vacinas da gripe em 2019 com cepas atualizadas e mais de 80 milhões vacinados em 35 dias
Renan Calheiros pergunta sobre o projeto de lei que institui emergência

Mandetta diz que foi a lei que deu as condições pra trazer os brasileiros de Wuhan
Renan diz que continha uma medida na lei original pra que entes possam decretar medidas rígidas de combate a1o vírus. “O isolamento era adequado?”

M: adequado. “O vírus era muito competente”
“Essa doença entrou pelos ricos”, lembra Mandetta.
“Quais foram as razões para a resistência contra o isolamento?”

Mandetta: “quem não valoriza a vida tem dificuldade de lidar com essa doença”
Renan lembra que a presidência se colocou contrário ao isolamento social e pergunta qual era a resposta do ex-ministro

Mandetta responde que todas as suas orientações foram em público e diretamente a todos, incluindo o presidente, e sempre de acordo com a ciência
Renan pergunta se ele discorda do presidente

Mandetta diz que sim, que é médico e que fez um juramento da vida em primeiro lugar
“Houve alguma comunicação oficial sobre o tema entre o Ministério e a Presidência da República com respostas técnicas?”

M: sim, e ainda diz que escreveu uma carta pessoal ao presidente.

Senador Randolfe pede pra ele expor
Renan quer saber se a presidência fez alguma resposta técnica sobre o isolamento vertifical.

Mandetta diz que não e que havia um mal estar
Não deixaram Mandetta ler a carta ainda. Talvez na hora do Randolfe 👀🍿
Renan pergunta sobre o aumento de produção de cloroquina pelo laboratório do exército, essa ordem partiu do Ministério?

M: não. Ministério teria feito apenas orientação de uso compassivo.
Renan pergunta quem determinou a ação.

Mandetta: “não passou pelo Ministério da Saúde”
“O governo federal fez algum planejamento pra distribuição de cloroquina?”

M: não através do ministério

“E para comunidades indígenas”

M: não
Sobre a previsão de 180 mil mortos, quais os fundamentos pra chegar nesse número, qual reação do presidente e que medidas foram apresentadas pra evitar?

M: explica que pediu 3 cenários até 31/12/20 e que o melhor era de 30-40 mil, o cenário realista era de 80-90 mil +
O pior cenário era de 180 mil. Esse número foi levado ao presidente no mesmo dia da carta.
Mandetta disse que não era voz única e que o presidente compreendia na maioria das vezes. No entanto, passava 2-3 dias e o presidente voltava atrás, apesar de nunca ter tido uma discussão com ele.
O ex-ministro diz que o presidente sempre citava a cloroquina, que falava sobre adotar o isolamento vertical, e acha que o presidente teria uma outra fonte de informações.
Renan lembra que o presidente não gostava da atuação de Mandetta e perguntou os seus principais críticos

Mandetta diz que Paulo Guedes não teve um contato maior com ele, que Braga Netto pediu pra ele não falar, mas que nada foi falado na cara dele. Também cita Onyz.
Presidente Omar Aziz pergunta se dentro do gabinete houve algum pedido pra ele não falar sobre algo

Mandetta diz que nunca foi guiado.
Renan pergunta sobre quem seriam as pessoas que aconselhavam paralelamente o presidente

Mandetta: Carlos Bolsonaro já esteve presente em reuniões fazendo anotações, já teve reuniões com médicos que propunham o uso de cloroquina incluindo pra mudar a bula do remédio +
Barra Torres teria dito não pra essa sugestão. Por essas questões, Mandetta imagina que outras pessoas o aconselhavam, mas não sabe nomear.
Renan perguntou se Thais Amaral participou.

Mandetta não se recorda.
Renan pergunta de exemplos de pressionamento pra substituir entrevistas diárias e culpar governadores e prefeitos

Mandetta disse que foi pedido pra falar sobre o número de curados.
“Que ações foram descontinuadas depois da sua saída?”

M: telemedicina como porta de entrada, testagem
“O que motivou sua exoneração?”

Mandetta diz que jamais pediria demissão
Renan pergunta se ele sofreu perseguição

Mandetta disse que achou curioso a quarentena por 180 dias de ministro da Saúde. Segundo ele, não foi perseguição, mas foi só à ele. Diz que está bem habituado com as fake news da internet.
É a vez de Randolfe Rodrigues (Rede-AP)!

Pergunta eram os adversários no governo às medidas de enfrentamento e quais filhos do presidente estavam presentes

Mandetta: relata dificuldades com as relações com a China por causa de Ernesto Araújo e o deputado Eduardo Bolsonaro
Mandetta segue relatando que certo dia todos os filhos do presidente estavam reunidos e pediu pra que todos se comunicassem com o embaixador da China. O ex-ministro fala sobre a viagem à Flórida e que os Bolsonaros ecoavam o conflito de Trump com o país.
Randolfe pergunta sobre a decisão do STF que assegurou a competência tripartite no combate à covid e pergunta se o combate teria sido melhor se tivesse sido centralizado pelo governo federal

M: “não sei dizer”
Randolfe pergunta o que Mandetta acha sobre a decisão do STF

Mandetta diz que assegurou as competências do SUS, o que já estava sendo feito em sua gestão.
Randolfe questiona Mandetta sobre o consórcio Covax Facility.

Mandetta informa que a maior dificuldade estava na sua relação com o então Ministro das Relações Exteriores (Ernesto Araújo)
Radolfe Rodrigues (Rede-AP) leu trechos do livro de Mandetta "Um Paciente Chamado Brasil". A seguir perguntou sobre as trocas dos secretários no Ministério da Saúde.

Mandetta responde não recordar dos nomes e que o quadro do Ministério era técnico, não político.
Mandetta ainda afirma que parecia ter alguma situação ligada ao Rio de Janeiro, pois os nomes indicados pelo Palácio do Planalto eram todos do estado.

Contudo, solicitou permanência de seus secretários para o trabalho na pandemia.
Randolfe pergunta se a tragédia brasileira poderia ter sido evitada e se o Brasil teria condições de melhor enfrentamento da pandemia. Também questiona sobre a campanha "o Brasil não pode parar" e qual era opinião de Mandetta sobre ela.
Mandetta afirma que Ministério da Saúde não foi pressionado, mas foi confrontado. O que deixava uma dúvida para a população, pois ministério dizia uma coisa e o presidente outra.
O ex-ministro segue afirmando que vírus não ataca apenas pessoas, mas a educação, cultura, sistema de saúde e outros.
Sobre a campanha O Brasil não pode parar, afirma que foi inspirada na prefeitura de Milão que viu uma das piores cenas da pandemia semanas depois. Ele não foi notificado sobre a campanha, que foi colocada no ar pelo Planalto e foi retirada do ar em pouco tempo.
Omar Azis, presidente da CPI, informa que até momento não recebeu comunicado oficial do general Eduardo Pazuello sobre sua ausência para depoimento agendado para amanhã.
Senador Omar Aziz (PSD-AM) informou que Comandante do Exército precisa comunicar que o ex-ministro Pazuello teve contato com pessoas positivadas para Covid-19. Se for o caso, ele aguardará os 14 dias de quarentena para que ele deponha presencialmente.
Senador Aziz reafirma que todos os depoimentos serão presenciais, a presença dos senadores que será semipresencial.
Informa que irá entrar em contato com Comando do Exército.
Nesse momento quem inicia seus questionamentos é o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Retoma o confronto de Bolsonaro ao Mandetta, nem sempre com palavras. Cita que o ex-ministro vinha a público falar sobre distanciamento social, enquanto presidente criava aglomerações.
Senador Jereissati pergunta se Bolsonaro acreditava em outra teoria, ia as aglomerações por impulso ou se havia alguma ideia por trás disso.
Jereissati ainda fala sobre os médicos que aconselhavam Bolsonaro, em especial Osmar Terra, e se haviam teorias a respeito e qual era pensamento por trás da negativa da importância do distanciamento social.
Mandetta afirma que um dos argumentos era que o brasileiro já vivia em aglomerações.
Disse que as reuniões com médicos defensores de cloroquina eram realizadas com outros ministérios, não com da Saúde.
Que o MS se ligava com FIOCRUZ, Harvard e com o que tinha de melhor.
Mandetta recorda que recentemente Osmar Terra publicou que houve queda dos óbitos "conforme previsão dele" e que essas pessoas acreditam nessas suposições.
E sobre tentar alertar Bolsonaro reafirma que sim.
Mandetta disse que tudo que poderia fazer para orientar o caminho a Jair Bolsonaro foi feito. Mas que ele seguiu acreditando nas teorias de Osmar Terra e outros médicos.
Mandetta afirma que alertou Bolsonaro sistematicamente.
Senador Humberto Costa (PT-CE) questiona sobre o pensamento de Bolsonaro relativo a imunidade de rebanho, cita falas do presidente sobre "contaminar logo todo mundo" e sobre a fala de Mandetta relacionada ao possível colapso funerário.
Mandetta afirma que na visita ao governador Caiado, o presidente Jair Bolsonaro ao chegar de helicóptero viu a aglomeração e "em tom de brincadeira" diz que era para contaminar todo mundo.
Caiado, segundo Mandetta, puxou um frasco de álcool em gel e passou nas mãos.
Sobre colapso funerário, Mandetta diz que todos os cenários precisavam ser analisados.
E que disse, sim, a Bolsonaro que ele deveria estar preparado inclusive para ver comboios de caminhões com corpos.
Recorda as cenas de enterros coletivos em Manaus.
Mandetta afirma que Bolsonaro acreditava sim na teoria da "imunidade de rebanho" e que a base dos médicos que aconselhavam o presidente não era científica ou trabalhos concluídos. Todas eram análises preliminares.
Ex-ministro afirma que a impressão que ele possuía é que os defensores da imunidade de rebanho viam as mortes por covid-19 como "mortes que deveriam ser". Citando alta mortalidade de idosos e pessoas com comorbidades.
Senador Humberto Costa retoma as afirmações do governo federal sobre ampliações dos leitos de UTIs, que não foram cumpridas, e que os leitos entregues foram mal distribuídos e 15 estados ficaram de fora.
Humberto Costa pergunta o que gerou a ausência da compra de EPIs, se foi apenas o mercado aquecido ou outro fator. Também lembra que muitos itens o Brasil poderia ter produzido.
Mandetta afirma que os 2 mil leitos iniciais foram comprados, que os mil primeiros foram entregues e era a previsão.
Afirma que muitas multinacionais entraram nas ações para produção de respiradores e outros equipamentos e que isso foi uma "case de sucesso".
Cita as informações e dados da pandemia na China, que cita Wuhan, mas não se houve falar em pandemia de Pequim. Recorda que o país fechou as exportações, possivelmente, para abastecer seu mercado interno.
Fala que somente quando vírus chegou ao mundo ocidental, ocorrendo colapso na Lombardia (Itália), foi que souberam as reais dimensões que a pandemia poderia tomar.
Sobre liberação do uso de cloroquina pelo Ministério da Saúde enquanto estava no comando da pasta, afirmou que a medicação não é de uso hospitalar, mas foi liberado para uso compassivo em pacientes em estado grave.
Mandetta agora fala sobre a sua demissão.

Explica que todos os membros da equipe do Ministério da Saúde estavam muito unidos e que abraçou uma servidora em um ato de emoção, mas não deveria ter feito.
Sobre ser visto em aglomerações, inclusive jogando sinuca, afirma que estava seguindo naquele momento as regras que estavam estabelecidas para a cidade.
"Não tivemos nenhum caso na nossa equipe" (Mandetta)
Senador Eduardo Girão (Podemos-CE) segue seus questionamentos, fala agora sobre manutenção do Carnaval em 2020.

Mandetta diz que conversar com presidente sobre isso não seria o mais fecundo. Afirma que seguiam, na época, rigorosamente as orientações da OMS.
Recorda que em janeiro de 2020 não havia nenhum tipo de alerta de pandemia e nenhuma sugestão de restrição de circulação de pessoas pela OMS.

Girão afirma que Bolsonaro teria sugerido cancelar Carnaval, Mandetta afirma que nunca ocorreu esse diálogo.
Senador Girão pergunta sobre aquisição de equipamentos por governadores.

Mandetta afirma que na época o Ministério da Saúde fez o que estava em suas competências e que ninguém tinha 15 mil respiradores na prateleira. E nada impediria governadores de adquirirem.
A pergunta do senador de Eduardo Girão agora é sobre possibilidade do ministério ter realizado um lockdown eficiente e sobre autonomia do médico e paciente sobre uso do kit covid.
Girão questiona se Mandetta não acha que errou ao negar a distribuição e uso do kit covid.

Mandetta afirma que "aqui é ciência, aqui é estudo" e que jamais tomou decisões em sua vida sem estudar.
Segundo Mandetta não haverá arrependimento em seguir ciência, que uso de cloroquina e ivermectina não são eficientes ou eficazes para covid-19.
Mandetta afirma que espera que alguma substância funcione, mas que alguém precisa ser racional e dizer "eu vou pelo estudo".
Reforça que não há evidências científicas de seus usos e que o preocupa nebulização de cloroquina e a preconização do uso de ozônio por via retal.
Girão pergunta sobre uso do oseltamivir (Tamiflu) durante epidemia de H1N1.

Mandetta afirma que a ciência se submete aos pares e se não fosse ela ainda seríamos baseados em crendices. E que o uso do medicamento foi aprovado por estudos, pela ciência.
Mandetta recorda que todos os países procuram soluções dentro das substâncias que já existem e que a medicação foi abandonada após a descoberta da vacina para H1N1.
Agora quem pergunta é o senador Ciro Nogueira (PP-PI).

A primeira pergunta é relativa as recomendações de Mandetta enquanto ministro, citando a solicitação de que paciente procurassem ajuda apenas se sentissem falta de ar.
Mandetta afirma que já estava preparado para a a pergunta, pois recebeu por mensagem no dia de ontem do deputado Fábio Faria, que apagou a mensagem antes de ser respondido.
O ex-ministro ainda leu quais eram as recomendações da OMS seguidas pelo Ministério da Saúde na época. Reafirma que seguiu sempre as recomendações da ciência e que uma nova doença deve ser observada para entender a sua evolução.
"Não tomamos nenhum medida que não tivesse sido pela ciência"(MANDETTA)

E afirmou que perdeu muitos amigos que acreditavam no tratamento precoce e reafirmou que não temos até agora uma substância comprovada.
Senador Ciro questionou se era verdade que Mandetta mandou as pessoas fazerem orações e tomar caldo de galinha.

Mandetta reforça que pediu para as pessoas ficarem em casa, que faz suas orações todos os dias e não vê mal e que canja de galinha é uma alimentação hiperproteica.
Ainda diz que quem está doente precisa de repouso, evitar golpes de ar e é bom tomar chá pois hidrata.
Questionado sobre envio de máscaras para Itália, o ex-ministro afirma que o enviado era suficiente para meio turno de trabalhos dos profissionais. Que nãos e arrepende, pois não fez falta para país na época e que ficou orgulhoso dessa decisão.
Sobre a contestação da testagem em massa orientada por Tedros Adhanom (diretor-geral da OMS) ele afirma que não era possível testar todos os brasileiros.
Sobre uso de cloroquina que volta a ser citado pelo senador do PP, Mandetta afirma que na China a medicação foi utilizada de forma compassiva (por compaixão) pois mais nada havia a ser feito.
E que autorizou uso compassivo no Brasil, acompanhado de estudos.
Senador Eduardo Braga (MDB-AM) inicia sua sequência de perguntas. Afirma que buscou anotar a cronologia e que ouviu com atenção as falas do ex-ministro.
Cita o retorno de Mandetta de Davos e a reunião com equipe do ministério.
Senador Braga afirma que sua grande dúvida é que sabendo que a covid-19 é uma doença infectocontagiosa e ciente de sua forma de contágio, estando ciente que não haviam casos no Brasil, qual motivo de não ter sido criada barreira sanitária nos aeroportos brasileiros.
Mandetta dá razão ao senador Braga. Informa que a fiscalização de fronteiras é realizada pela Anvisa e que não havia recomendação de barreiras de portos e aeroportos.
Senador Braga volta a falar sobre fechamento dos aeroportos por barreiras sanitárias e que, provavelmente, isso poderia ter freado ou desacelerado o ritmo da pandemia.
Braga questiona porque não foram utilizados todos os protocolos de hospitais de ponta criando um nacional e o motivo para não haver treinamento de médicos.
O ex-ministro afirma que o país optou por uma linha educacional ruim de formação de médicos e que há um problema de ausência de formação continuada. Segundo ele muitos profissionais pegam seu CRM e não voltam mais a Congressos.
Sobre protocolos, Mandetta diz que fizeram.
Afirma que colocaram profissionais de Ciência e Tecnologia para criar protocolos com base nos novos estudos, entre eles dos corticoides e pressão dos respiradores.
Mandetta recorda que existem poucos intensivistas no Brasil e que colocaram muitos profissionais, que nem mesmo tinham residência, a atender em plantões.
Braga agora retoma a questão da crise sanitária no Amazonas e pergunta se ocorreu ausência de repasses do governo federal aos governos estaduais no período em que Mandetta era ministro.
Mandetta diz que não faltou repasse, as compras deveriam ser baseadas nas necessidades levantadas a partir das necessidades do plano de contingência.
E que para caso do Amazonas houve interrupção nos trabalhos do secretários com sucessivas trocas.
Mandetta diz que mandou uma equipe especialista em gestão de crise para Amazonas, inclusive para gerenciar impasses entre governo estadual e a prefeitura de Manaus. E que no estado do Amazonas tem características específicas, não faltou dinheiro mas manejo.
Braga encerra dizendo que não faltou dinheiro, mas competência.
Senador Marcos Rogério (DEM-RO) reitera que a CPI deve seguir imparcialidade e não ter pré-julgamentos, evitando que se torne uma inquisição. Em sequência pergunta sobre impactos das declarações tardias da OMS.
Mandetta cita as epidemias anteriores e o preparo do SUS para enfrentamento de SARS e MERS que não chegaram ao Brasil.
Para pandemia da covid-19 cita as datas desde os rumores até alerta de pandemia da OMS.
Segundo Mandetta a OMS demorou para fazer alerta de emergência e que aguardaram o mundo ocidental (citando Itália, Alemanha e França) caírem para que isso ocorresse. Que se tivessem alertado quando China e Irã caíram, poderiam ter feito mais para conter pandemia no mundo.
Mandetta afirma que realizaram no Brasil uma alta vigilância e que se fosse um vírus lento como SARS ficaria contido da península asiática, mas que se fosse um vírus rápido teriam uma pandemia.
Marcos Rogério agora pergunta em relação aos medicamentos e se Mandetta possui conhecimento de algum medicamento que possua na bula que é indicado para Covid.
Mandetta diz que acha interessante como as pessoas leigas enxergam as medicações. Reforça que quem está na medicina deve se manter na ciência e que os países do mundo inteiro estão procurando uma medicação.
Mandetta diz que médico não tem problema nenhum com cloroquina, acha louvável que pessoas que não são da área queiram que se tente tudo. Mas recorda que é preciso que qualquer remédio seja testado com apoio da Comissão de Ética e teste duplo cego randomizado.
Marcos Rogério volta a falar sobre "kit covid" e afirma que há milhões de especialistas em criar soluções, mas que quem deve administrar remédios ao paciente é o médico e não palpiteiros. E pergunta sobre protocolo do "kit", se é correto sem diagnóstico.
Marcos Rogério pergunta se o dinheiro desviado na corrupção da lava jato, mensalão e petrolão fizeram diferença.

Mandetta diz que corrupção é um problema desde que Cabral chegou ao Brasil.
Sobre medicações Mandetta reafirma que não é preciso fazer nenhuma lei, mas que médicos tem feito mau uso dela. Reforça que tem muitos interesses financeiros por trás do "kit covid" e que muitos ganham com a esperança das pessoas.
Ex-ministro diz que existem mecanismo inúmeros que deveriam ter se manifestado, pois estão mexendo com a esperança e a expectativa das pessoas.
Senador Otto Alencar (PSD-BA) volta ao tema das barreiras sanitárias. Fala que a doença chegou pela classe média e média alta, por aviões. Cita enfrentamento da cólera por barreiras sanitárias e pergunta porque MS através da ANVISA não estabeleceu cooperação técnica com estados.
A segunda pergunta do senador Otto Alencar é se existia consciência dentro do governo, especial dentro do ministério, de que hidroxicloroquina tem efeitos colaterais.
A última pergunta do senador Otto é sobre quem quis alterar a bula da hidroxicloroquina.
Senador Aziz aproveita as perguntas de Otto para questionar se todos os médicos com CRM sabem os efeitos colaterais da cloroquina.
E quem será responsável pelos pacientes que terão efeitos colaterais após tomarem medicações ineficazes prescritas.
Mandetta inicia sua fala pelas perguntas do senador Otto e pede licença para chamar o senador de doutor.

Senador Otto aproveita para fazer uma piadinha sobre sofrer bullying por ser ortopedista.
Mandetta retoma a fala e agradece a aula dada pelo senador Otto sobre medicina e ciência.

O ex-ministro reafirma que não se pode promover ou fazer propaganda de algo que não tem comprovação e que estudos são demorados.
Mandetta afirma que quem propagou medicações tinham consciência da não comprovação de eficácia.
Sobre as barreiras sanitárias, afirmou que uma cooperação técnica com agentes estatais é complexa por serem trabalhadores contratados por períodos.
Mandetta afirma que todos os médicos com CRM deveriam saber os efeitos colaterais da cloroquina.
E que usar esse efeito de jogar medicação para população foi equivocada e que muitos podem ter caído no caminho por isso.
Sobre mudança da bula afirma que apareceu uma sugestão de minuta em uma reunião em papel não timbrado. Mandetta questionou se era um decreto para presidente, mas o informaram que juridicamente aquilo já estava fora de cogitação. Ele não sabe quem escreveu a minuta.
Senador Jorginho Mello (PL-SC) fala sobre o "ataque" a cloroquina e questiona se isso não teria ocorrido por ser uma recomendação do presidente Bolsonaro.
Senador Jorginho pergunta sobre distribuição de cloroquina pelo Ministério da Saúde; sobre não suspensão do Carnaval 20 dias após o lançamento da etiqueta respiratória e se o dinheiro enviado aos estados foi suficiente em todos os aspectos.
Também pergunta opinião de Mandetta sobre lockdown, alegando que muitos empregos foram perdidos e se havia um protocolo rígido que poderia ter sido seguido sem fechamento de comércio e eventos.
Mandetta afirma que Ministério da Saúde deveria, nesse momento, cuidar da sanidade mental pós-covid.

Sobre caso de Chapecó, ex-ministro afirma que é preciso ter registros bem datados e que medicações devem ser discutidas no campo da ciência e não devem ser politizadas.
Sobre Carnaval ele afirma que já comentou e seguiu as orientações da OMS que não recomendou suspensão de voos e que não haviam casos no Brasil.
Reafirma que pensam no Carnaval como festa profana, mas que é um feriado em que as pessoas se aglomeram também para eventos religiosos.
Em relação ao lockdown, Mandetta afirma que Brasil não o fez. Que tudo que foi feito foram medidas "após o leite derramado", houve fechamento somente quando já havia aumento de casos, lotação de UTIs e ausência de medicamentos.
Mandetta afirma que quem joga a favor do vírus sabe qual a cartilha. Lembra, também, que o vírus não quer saber se você torce por Bolsonaro ou por Lula.
Mandetta afirma que deveriam ser realizados inquéritos epidemiológicos e testagem continua para detectar novas cepas. O que faltou para P1 foi preparo e estudo para monitoramento.
Nesse momento senador Aziz faz proposta de redução do tempo de 15 para 10 minutos devido ao adiantado da hora e de muito já se ter ouvido.
Senador Angelo Coronel (PSD-PA) pergunta o que ocorreu, no intervalo de oito dias, entre uma coletiva com elogios ao Bolsonaro e a sua demissão; questiona como explica sua relação com as compras emergências e se Mandetta recebeu pressões de parlamentares para liberação de verbas.
Mandetta afirma que sempre que conversava com Bolsonaro ele compreendia, saíam animados das reuniões, mas que passados alguns dias ele voltava a fazer aglomerações. E afirmou ao presidente que ele não iria deixar o cargo.
Disse que, agora como cidadão, ele pode ser crítico ao Bolsonaro e a sua negação do distanciamento controlado, lavagem de mãos, uso de máscaras e outros.
Sobre as compras disse que não tem mais senhas dentro do Ministério da Saúde e não saberia responder.

Quanto a pressão de parlamentares por verbas disse que nunca viu algo que não fosse legítimo.
Mandetta afirma que a falta de transparência da China não foi ruim apenas para o Brasil, mas para o mundo.

Reforça que a falta de governança internacional para enfrentamento da pandemia precisa ser revista.

E que a desindustrialização brasileira é uma medida burra.
Mandetta afirma que Paulo Guedes o ouviu sobre a doença pela primeira vez em março de 2020.
Sobre compra de cloroquina afirma que os gastos foram realizados sem apoio da comissão técnica do MS.
Senador Alessandro Vieira (Cidadania) segue questionando sobre medicações e aquisições de equipamentos.

Mandetta reafirma que Brasil poderia ter feito melhor e que aquisição de equipamentos por órgãos públicos não são feitos da mesma maneira que na iniciativa privada.
Agora quem fala é o senador Rogério Carvalho (PT-SE) que reafirma a gravidade de se pensar em modificar a bula de um remédio e da propagação de medicamentos ineficazes.
Rogério Carvalho (PT-SE) fez uma recapitulação dos conhecimentos sobre vírus no período em que Mandetta era ministro. Reforça as falas negacionistas de Bolsonaro como chamar covid-19 de "gripezinha" e relembra as falas de Osmar Terra sobre suas previsões.
O senador Carvalho (PT-SE) recorda as declarações de empresários e do ministro da economia. Afirma que não são apenas falas negacionistas, mas que desde início da pandemia se mantém a tese de manter as pessoas expostas e que a propagação do vírus foi feita de forma proposital.
Rogério Carvalho (PT-SE) fala sobre orçamento de 2019 e reforça que não havia disponibilidade de verbas para FIOCRUZ. E que foi preciso articulação da oposição para que 2 bilhões fossem enviados a instituição.
Ainda em fala Carvalho afirma que só tivemos um Plano Nacional de Imunização quando ministro Ricardo Lewandowski (STF) exigiu.
Carvalho não fez questionamentos.
Omar Aziz lê agora documento enviado pelo Comando do Exército solicitando possibilidade de análise da situação de general Eduardo Pazuello, que teve contato com dois servidores com diagnóstico positivo para covid-19.
Aziz faz proposta de que Pazuello seja ouvido no dia 19 de maio.

A proposta foi APROVADA.
Senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) afirma que a CPI é política e que todos ali presentes tem candidatos a presidente e querem derrotar Jair Bolsonaro nas próximas eleições.
Senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) volta ao tópico do tratamento precoce e dos protocolos de uso de hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina e outros.
Senador Heinze (PP-RS) faz leitura da posologia da de medicamentos em pacientes testados.

Ex-ministro Luiz Henrique Mandetta acha pertinente que se questionem os pesquisadores sobre as super dosagens em pesquisas que levaram a óbito de pacientes.
Mandetta fala sobre a febre aftosa, relembra Heinze que o Rio Grande do Sul acabou com a doença antes do Mato Grosso.

Lembra que muitos usaram nessa época de creolina no lombo do animal e cal no chão, afirmando que vacinas eram ruins.
E afirma que o que diferencia crendice de ciência está nos estudos. Deve ser questionados aos pesquisadores quem sugeriu a posologia, o tempo de tratamento e que instituições estavam envolvidas.
Heinze cita o médico Didier Raoult, francês considerado pioneiro no uso de cloroquina, logo após faz a leitura dos números de óbitos em cidades que adotaram protocolo do uso da medicação.
Senador Heinze segue afirmando que não devem existir médicos de direita e médicos de esquerda e que gostaria de ver protocolos de hidroxicloroquina sendo aplicados no Brasil.
Mandetta volta a repetir que acha louvável procurar curas.
Volta afirmar que todos estão procurando uma medicação seja Nova Iorque, Califórnia ou a Europa e que gostaria muito que Rancho Queimado citado por Heinze tenha realmente descoberto uma solução.
Ex-ministro reforça que diferente de Heinze, usou em sua residência protocolos sanitários como distanciamento, limpeza de superfícies e lavagem de mãos. Mesmo tendo esposa médica em linha de frente, afirma que passou muito bem por todo ano de 2020.
Heinze volta a citar pesquisas internacionais e afirma que as mesmas querem assassinar a reputação de uma medicação barata.
Senadora Zenaide Maia (PROS-RN) afirma que, sendo médica, não pode prescrever medicações que não sejam comprovadas para aquela patologia. Reforça que existem mais de 30 estudos no mundo comprovando que cloroquina e hidroxicloroquina não possuem eficácia.
Senadora Zenaide Maia (PROS-RN) questiona porque não há campanhas publicitárias sobre como as pessoas podem se defender e reforça que vacinas são essenciais.

E defende, como Mandetta, que ciência não é achismo e que se há uma pesquisa que ela seja cadastrada.
Senadora Zenaide reforça necessidade de vacinas e repete que não existe tratamento específico para covid.

Mandetta concorda com as colocações da senadora e lembra do período da chamada "pílula do câncer" que não havia comprovação e, mesmo assim, queriam aprovação no Congresso.
Seria muito inocência da nossa parte achar que há um grande complô internacional contra uma medicação, afirma Mandetta.
Senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) cumprimenta ex-ministro e lembra de que participou da primeira reunião de Mandetta na Câmara dos Deputados quando apresentou o momento e o que estava por vir.
Eliziane Gama (Cidadania-MA) questiona se o governo poderia ter evitado essas 400 mil mortes que acompanhamos no país, se houve intervenção de Carlos Bolsonaro nas decisões e sobre suposto diálogo de Mandetta com Moro referente ao possível fechamento de portos e aeroportos.
"Por que o presidente incentiva aglomeração? Por que ele não incentiva o uso de máscaras?" Questiona a senadora Eliziane, citando que não entende as motivações pois não teria custos ao governo federal e que tudo parece proposital.
Ex-ministro Mandetta transfere os elogios da senadora Eliziane a equipe do Ministério da Saúde, afirmando que era um grupo ímpar. Afirma que nunca foram intimidados e que ninguém teve coragem disso, mas que a equipe ficou incomodada em explicar e ver presidente fazendo diferente.
Mandetta agora fala sobre Ministro Paulo Guedes e o chama de desonesto intelectualmente.

Afirma que mundo virtual e a quantidade de likes tem muita responsabilidade na propagação de desinformação e que o vírus se vive no mundo real "no mano a mano".
Mandetta pede desculpas pelos idosos estarem incomodando o ministro da economia.
Ex-ministro reafirma que segue trabalhando pela ciência e que não houve interferência direta do ministro da economia na saúde.
Mas que questionavam muito sobre quando reabririam, quando retomariam economia e mantinham a fala sobre problema ser logística.
"Nosso mantra era a ciência" (Mandetta)
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) afirma que demorou muito tempo para colocar luz sobre a educação e hoje se verifica que cerca de 70% dos estudantes não tem acesso a internet e afirma que a CPI poderá colocar luz sobre a saúde também.
Senador Randolfe comunica, antes de passar a palavra a Mandetta, que há café e lanche.

Os senadores se direcionam massivamente ao fundo da sala.
Retomando a fala, Mandetta concorda que sistema de informática é fundamental mas que é muito difícil a informatização andar no Brasil.

Cita o programa Conecta SUS, cujo estado de Alagoas foi utilizado como base para referência dos problemas de comunicação e recursos humanos.
Segundo Mandetta, o Brasil queima 40 bilhões só para pagar a dependência tecnológica brasileira em saúde. E que é preciso criar uma cultura no país para se criar inovações e patentes.

E que país precisa acordar, pois se não permanecerá dependente da venda de produtos primários.
A fala agora é do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) que cita qualidades de Mandetta e que Bolsonaro teria dado a ele liberdade de escolha de sua equipe técnica. Vincula os possíveis equívocos de Mandetta ao não financiamento da vacina brasileira.
Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) ainda cita a possível frustração de Mandetta ao adquirir testes e os estados e municípios não terem aplicado testagem massiva.
Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) quer conhecer a opinião de Mandetta sobre a aposta feita com AstraZeneca, após sua saída do Ministério da Saúde.
Coelho ainda afirma que o governo brasileiro pode ter cometido falhas e equívocos, mas que vamos assistir no curso de 2021 iniciativas que se provam acertadas.
Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) critica o fato das instituições de ensino estarem fechadas e insiste que deve ter flexibilização para suprir interesses múltiplos.
Bezerra Coelho volta a afirmar que a CPI não deve ser usada para palanque político e que a comissão deve trazer as respostas que são necessárias para recuperar emprego e renda.
Luiz Henrique Mandetta reforça que não quis disputar a última eleição, pois não gostou da última legislatura. Disse que aceitou ministério pois foi chamado para um trabalho técnico, mas diz que quando foi preciso a liderança não quis mais uma equipe técnica.
Ex-ministro reforça que @butantanoficial e @fiocruz tem condições de fazer uma teia para as vacinas. Informa que achou acertada decisão do acordo com AstraZenica.
Mandetta informa que acha impensável um Ministério da Economia sem um economista, por isso achou tão duro um militar sem formação na área ter assumido o Ministério da Saúde.
Mandetta reforça que não é a figura do Pazuello, mas a equipe que o cercava. Conforme o ex-ministro, Serra foi um dos que mais impactou a Saúde e era economista, contudo tinha uma boa equipe técnica.
Senadora Leila Barros (PSB-DF) pergunta se Mandetta tentou trabalhar em conjunto com ministro Guedes e qual foi o grau de cooperação e coordenação entre os ministérios.
Senadora Leila também pergunta o que pode ter levado Bolsonaro em insistir no uso e propagação da cloroquina e se pode ter ocorrido alguma espécie de beneficiamento nas compras.
Ex-ministro responde que havia um distanciamento entre Guedes e ele. E que Paulo Guedes não compreendia o tamanho do problema que chegaria e tinha crença no efeito rebanho.
Mandetta diz que era necessário que notas técnicas fossem criadas em conjunto, mas que não havia esse diálogo entre ministérios.
Ex-ministro ainda afirma que todos os dados eram repassados ao ministério da economia, mas que não entende porque decidiram pautar de outra maneira.
Presidente Aziz reforça que Nelson Teich será ouvido amanhã às 10h e Randolfe afirma que está protocolando requerimento solicitando a presença do Ministro Paulo Guedes.
Senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirma que essa CPI não é sobre um fato, mas de fatos continuados, negligência e falta de planejamento. E que não há preocupação da bancada feminina sobre as eleições de 2022.
Simone Tabet faz uma retomada das questões já efetuadas e Mandetta confirma que alertou presidente da república, que ministério da saúde fez as recomendações necessárias e apresentou todos os dados.
Senadora Simone pergunta se comportamento de Jair Bolsonaro fosse diferente, incentivando uso de máscaras e distanciamento social, com maior planejamento se seria diferente.

Mandetta afirma que SIM. Que se tivéssemos realizado educação em saúde teríamos tido uma onda menor.
Ex-ministro segue afirmando que uma equipe técnica trabalhando na aquisição de vacinas teria impedido uma segunda onda mais grave.
Senadora Simone se foi apresentado ao Planalto uma campanha.

Mandetta afirma que conteúdo da campanha do Ministério da Saúde era informativa, mas a SECOM trouxe ideia mais ufanista de vitória e verde-amarelo.
Simone Tebet se questiona porque não foi aberta uma sindicância quando citada possibilidade de alterar a bula de um remédio, pois isso é crime e falsidade ideológica.
Tebet deixa no ar a pergunta sobre existência de lobby.

Mandetta afirma que nunca viu isso, mas que as pessoas ao entorno assessoravam o presidente, como se fossem as pessoas responsáveis pelo mundo virtual.
Reforça que ninguém sabia da transmissão em cadeia nacional da fala a nação em que ele citava covid-19 como "gripezinha".
Senador Jean Paul Prates (PT-RN) pede uma nota de 0 a 10 para testagem em massa, medidas de isolamento, tratamento precoce ou preventivo, protocolos como uso de máscara e álcool gel e busca da vacina.
Senador Prates pede a Mandetta um resumo, como ministro, sobre qual maior obstáculo que o fez sair do ministério, se questão financeira, de recursos humanos ou de superior hierárquico.
Mandetta diz que precisaria de dados, de estudos, para conseguir dar uma nota a testagem. Lamenta muito a perda de kits para teste RT-PCR que envelheceram e foram perdidos nas garagens.
Resume que a ideia era montar uma grande usina com as coletas em diferentes estados para que os resultados fossem entregues em 24 horas.
Sobre confinamento ou isolamento, Mandetta afirma que máximo que você não aglomerar e fica em casa evita o caos.

E o Brasil aplicou muito pouco, quase nada, aplicando somente quando o leite já estava derramado.
Mandetta deixa claro que não pediu demissão. Disse que Bolsonaro perguntou se queria ser exonerado a pedido e ele se recusou.
Senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) pergunta se havia tentativas de criar um plano de gestão interministerial e se havia algum plano pra desenvolvimento de vacinas.

Mandetta diz que havia um plano de gestão de pandemia que começaria nacional, depois se desdobraria para estadual +
e municipal. O ex-ministro diz que nos outros âmbitos não viu um plano de gestão, somente na Saúde. Diz se lembrar do ministro Marcos Pontes muito animado com o vermífugo Anitta.
Segundo Mandetta, não se lembra de vacina.

Algum senador destacou que pelo menos o nome do remédio é bom. Humor e piadas.
Senador Randolfe perguntou se houve algum pedido de aumento de fabricação do Anitta. Mandetta diz que não sabe.
Senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) fala à distância e diz que ele é um dos responsáveis por essa CPI e considera algo muito triste não fazer parte da comissão. Kajuru diz que tem respeito pela mesa e por isso manda mensagens para os 3.
Segue dizendo que está triste com Renan Calheiros, que ele deveria entrar no assunto e não entraram. Diz ele que todos os senadores foram omissos.
Ele diz que o principal assunto não foi discutido: a Pfizer. Ele destaca que a empresa foi ignorada diversas vezes pelo governo federal. “Nós não vamos discutir isso?”, pergunta.
Presidente Omar Aziz diz que esse assunto vai ser aprofundado, mas nada tem a ver com a gestão de Mandetta.

Mandetta diz que Kajuru telefonou há 15 dias e que deu dicas sobre as coisas que deveriam ser pontuadas após a gestão dele.
Fala que o Brasil deveria ter comprado mais variedades de vacina e que, assim, não teríamos tido a 2ª onda.
Randolfe pede a opinião de Mandetta como médico se era necessário uma lei pra aprovar vacinas.

Mandetta diz que não leu todos os termos da lei e fala que qualquer problema com remédios, o indivíduo pede explicações do Estado. Segundo ele, nada poderia ser maior que a vacina.
Omar Aziz pede documentos de compras de testes para que Nelson Teich seja interrogado sobre o andamento da testagem.
Convocação pra reunião amanhã, 10 horas, com Nelson Teich. Ata aprovada. Sessão encerrada. UFA!

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4 May
Êta, Mandetta, Randolfe e Renan estão fazendo uma coletiva agora.

Randolfe diz que a partir de amanhã o assunto deve ser vacinas. O vice-presidente da CPI quer o depoimento do ministro da Justiça e Paulo Guedes.
Renan diz que é uma perda, pois Pazuello só será ouvido no dia 19, mas é um ganho, pois Pazuello agora é contra aglomeração.
Mandetta diz que houve uma orientação conflitante e que cabe à CPI apurar.

O próprio ex-ministro encerra a comitiva, diz que tem saudade do jornalistas, mas está cansado.
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4 May
É hoje, CPI Lovers!

Às 10 horas vai começar o depoimento de @lhmandetta! Nós vamos acompanhar ao vivo com o nosso parceiro @AnarcoFino e vamos manter vocês atualizados por aqui.
Camarote, o que esperar?

Mandetta deve falar sobre a pressão sofrida por ele pra aprovar remédios ineficazes e sua demissão.
Apuração do Estadão:

As perguntas que vão ser feitas por senadores alinhados ao governo foram preparadas dentro do Palácio do Planalto, com a ajuda do ministro das Comunicações, Fábio Faria, e o chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.

politica.estadao.com.br/noticias/geral…
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4 May
CPI Lovers!

Estão acompanhando o #RodaViva com senador Omar Aziz, presidente da CPI da Covid?
Senador Omar Aziz está, nesse momento, criticando a ausência de barreira sanitária e de uma coordenação nacional para contenção da pandemia. #RodaViva
Omar Aziz afirma que quem está sobre investigação não é o Exército, mas a pessoa de Eduardo Pazuello. Assim como Mandetta não será chamado como médico, mas como cidadão. #RodaViva
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3 May
Bom dia, CPI Lovers! Começa a primeira semana de depoimentos.
Se você perdeu os últimos capítulos, na semana passada os senadores escolheram o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) e vice-presidente, Randolfe Rodrigues (REDE-AP), que escolheram o relator, Renan Calheiros (MDB-AL). Ficou decidido o calendário dessa semana 🍿
Terça-feira: Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich
Quarta-feira: General Pazuello
Quinta-feira: Marcelo Queiroga e presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres
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27 Apr
Os 11 requerimentos de Renan Calheiros (MDB-AL):
#Acessibilidade Antes de apresentar o plano dessa Relatoria, concederemos o prazo de 24 horas para encaminhamento de outras sugestões dos membros e suplentes desta CPI.
Com isso, verdadeiramente quero considerar o princípio colegiado das deliberações, desde já na própria construção do nosso plano de trabalho.

Passo, portanto, à exposição das solicitações e requisições de informações e documentos para exame desta CPI.
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27 Apr
Caiu a liminar! Renan Calheiros pode assumir a relatoria.
Íntegra da decisão que derrubou liminar que impedia Renan Calheiros de assumir a relatoria da CPI da COVID
"Vislumbra-se a possibilidade de risco de dano à ordem pública, na perspectiva da ordem administrativa, diante de uma interferência do Poder Judiciário no exercício de prerrogativa conferida pelas normas regimentais internas das Casas Legislativas e +
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