Cena inacreditável: Renan impede que Mandetta leia em público a carta pessoal que escreveu a Bolsonaro sobre a pandemia. O ex-ministro aceitou entregar uma cópia à comissão. Mas Renan evitou o impacto da leitura na frente de uma câmera.
internautas aqui dizendo que ler a carta seria "eleitoreiro". Mandetta narra divergências com Bolsonaro, que por fim o demitiu. A carta é - supostamente, pelo que foi sugerido - mais uma prova dos choques. É elemento da investigação e parte da narrativa da testemunha.
impedir que a testemunha apresente em público um elemento da sua narrativa prejudica a própria testemunha, que queria mostrar documento sobre sua versão dos fatos. Se queriam impedir que o depoimento de Mandetta não fosse "eleitoreiro" era simples. Era só não convidá-lo.
coube ao jornalismo (furo de @Ana_Flor ) fazer o serviço que a CPI não fez e há pouco trouxe a público a íntegra da carta >

g1.globo.com/economia/blog/…

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8 Sep 20
a quantidade de informações imprecisas que Mourão espalha nesse trecho da reportagem impressiona até pelos padrões atuais.
1-diz que o INPE não tem acesso a imagens-radar. O INPE já tem acesso, de graça, a imagens-radar do satélite Sentinel-1, de alta qualidade, disponibilizadas pela agência espacial europeia: noticias.uol.com.br/colunas/rubens…
2-diz que o Brasil usa sistemas "japoneses, europeus". Os dois sistemas de monitoramento da Amazônia, Deter e PRODES, são do brasileiro INPE. Utilizam imagens também de um satélite sino-brasileiro, o CBERS, e espera colocar no ar em breve o Amazônia-1, brasileiro.
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15 Jul 20
Mourão disse que retirar 3.500 garimpeiros da terra Yanomami é “complexo”. Há 23 anos, sem tecnologia, o Ibama e a PF retiraram 8.000 garimpeiros da terra nambikwara Sararé (por acaso eu estava lá e acompanhei). Nos anos 90, a PF retirou milhares de garimpeiros dos Yanomami.
chamava-se Operação Selva Livre, explodiu dezenas e dezenas de pistas de pouso clandestinas dentro da TI Yanomami. Essas ações ajudaram a melhorar a imagem e a credibilidade do Brasil. Vinte anos depois, com satélites, o Brasil perdeu o jeito, não sabe fazer. “É complexo.”
esses fatos foram amplamente cobertos pela imprensa. Na ocasião as Forças Armadas davam apoio aos órgãos civis. Na época a estimativa era de 10.000 garimpeiros, quase o triplo de hoje, segundo a conta de Mourão:
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23 Jan 20
(1/3) “A ideia é que o índio se integre cada vez mais e seja dono de sua terra indígena.” Bolsonaro, como aqui já comentado, se refere ao falecido projeto da "emancipação indígena" que a ditadura militar elaborou mas não conseguiu executar porque a sociedade civil reagiu em 1978.
(2/3) o projeto da ditadura permitiria a venda de terras indígenas. Era quase cópia da Lei Dawes, de 1887, dos EUA, que levou à destruição das reservas indígenas norte-americanas. Quando a lei caiu em desuso (1934), os indígenas já haviam perdido 90 dos seus 138 milhões de acres.
(3/3) líderes indígenas podem ser pressionados, enganados, ameaçados, subornados a se desfazer das suas terras. Nos EUA, gerações que vieram depois já não tinham mais acesso às terras de seus ancestrais. A venda das terras indígenas era feita em leilões e anunciada em cartazes:
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7 Apr 19
O país se torna "uma terrível ditadura tecnocrata-militar, com ditadores variáveis". Isso vai durar até que um civil "democrata e culto, vá ao poder", fará a tropa voltar aos quartéis. Quem escreveu isso em 1978, um "comunista"? Não, o próprio general golpista Mourão Filho:
"Militares supõem ser a repressão violenta e extralegal o único método contra a subversão. Não se dão conta de que eles próprios estão fazendo a subversão. Neste país não se prende, sequestra-se. Não há habeas corpus."
Os poderes do presidente general são exagerados e a Constituição por ele criada "anula quase por completo do Legislativo". Há um endeusamento histérico do homem, o que torna "um odioso autocrata". A suposta "eleição direta" é apenas um engodo.
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29 Mar 19
Bolsonaro e alguns generais dizem que não houve golpe militar em 1964 porque o Congresso depôs Jango no dia 2/4 e empossou Castello no dia 11/4. A narrativa esconde toda a extensa rebelião militar liderada pelos generais antes da decisão do Congresso:
Em 20/2/64, Castello, chefe do Estado Maior do Exército, escreveu ao tenente-coronel Hélio Ibiapina: “Cresce a convicção de que se deve reagir ativamente, com iniciativa, no caso do sempre desejado golpe estatal”.
A 20/3, Castello distribui aos oficiais uma circular reservada na qual diz que as Forças Armadas não servirão ao governo “para empreendimentos antidemocráticos” e não existem para “defender programas de Governo”. A carta foi considerada o atestado de óbito do governo Jango.
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1 Dec 18
Bolsonaro disse hoje que indígenas são como animais em zoológico. Helio Jaguaribe falou algo semelhante há 24 anos. Chamava as terras indígenas de "jardim antropológico" e defendeu "acabar com o índio" até o ano 2000. Generais do Exército aplaudiram: www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/8/30/…
As afirmações de Jaguaribe (morto em setembro) geraram uma intensa reação contrária. O antropólogo Gilberto Velho chamou de "barbaridade". O líder indígena Marcos Terena classificou de "limpeza étnica": www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/8/31/…
Darcy Ribeiro disse que Jaguaribe propunha simplesmente "o extermínio dos índios":
www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/9/01/…
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