A marca mais característica da modernidade é a negação total do ser.
Logo, a resistência contra a realidade, a negação do transcendente, do bem, do verdadeiro e do belo; Em suma... a negação de Deus.
Não há mais uma abertura da alma para o real.
O mundo parece ter sido...
concebido por um demiurgo, o mal parece ser ontológico, e não mais moral.
Eis aqui o fundamento da mentalidade revolucionária: Se o mundo é mal, nós devemos mudá-lo, não importando os meios que empreguemos para tal feito.
O homem ocidental virou as costas para Deus e o negou de todos os modos possíveis. Não tendo mais o próprio Deus como fundamento da realidade, os homens buscaram substitutos no mundo imanente.
A humanidade, portanto, passa a depositar sua fé em uma casta de intelectuais, no partido, ou seja lá o que vier na cabeça... passam a tomar o lugar de Deus.
O resultado? A Arrogância Fatal.
O sentimento de que o homem pode reconstruir a sociedade e o mundo à sua imagem e semelhança.
O sentimento de onipotência, onipresença e onisciência divina.
É em suma, a crença do paraíso na terra; a crença da imanentização do eschaton.
É antes de tudo a reprodução perfeita da revolta "revolucionária" de Adão e Eva no paraíso, ou ainda... do orgulho de Lúcifer.
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Numa das paredes da sala do capítulo, no convento dominicano de Santa Maria Novella, em Florença, há um afresco diante do qual a maioria dos visitantes passa apressadamente e que, no entanto, se presta a uma inesgotável reflexão.
lntitulam-no "os cães de Deus", por causa dos molossos malhados de branco e negro que, na parte inferior do quadro, combatem uma horda de lobos.
Na verdade, porém, esta batalha significa algo mais do que a luta dos domini canes, dos filhos de São Domingos, contra a terrível...
matilha de tentações, pecados e heresias que ronda ininterruptamente a pobre humanidade.
Seu autor, Andrea de Firenze, não é um mestre de primeira fila; a sua obra não poderia ser comparada aos Duccio, aos Ghirlandaio, aos Orcagna ou aos assombrosos Paolo Uccelo que, a dois...
Já que a sexualidade destoa, na maioria das vezes, da aparência física imediata. É aquele negócio do círculo de latência: As pessoas precisam aceitar que o gato late e que o cachorro mia. Acredite em mim e não no que os seus olhos estão vendo.
Alguns incorporam isso tão profundamente que tomam a sexualidade como único e mais importante elemento da própria personalidade.
Isso vira a coisa mais importante, o núcleo da vida do sujeito
A civilização é a metrópole. Cada vez cresce mais a separação entre os metropolitanos e os provincianos. Enquanto estes continuam a ser os guardiões das culturas, aqueles aniquilam-se na morte das ideias, que substituem por brilhos de moeda falsa.
Estamos numa época de decadência, porque se instaura definitivamente no mundo, mais uma vez, o predomínio inconteste das metrópoles.
São elas que falam em nome dos povos. Paris é a França; Berlim é a Alemanha; Londres, a Inglaterra, e Nova Iorque, os Estados Unidos.
Esses senhores socialistas, de envolta com grã-finos malandros e jovens débeis mentais transviados, socialistas dos cafés pseudamente parisienses, dos clubinhos de sub-literatura e de artistas medíocres, previamente..
superados, desmentidos pela sua impotência e improductividade, de cambulhada com semi delinqüentes e depravados maconheiros, é que lançam, constantemente, afrontas aos que amam o bem do seu semelhante. Eles apenas odeiam e nada mais sabem fazer que odiar.
Seu socialismo é producto de ressentimento e de um marginalismo social provocado por desajustamento psicológico. Quando o seu socialismo vencer, contribuirão, por sua vez, para glória do «paredón», que seus «amigos» criarão e, como em todas as revoluções dessa espécie, serão...
O exemplo do discurso geral sobre “progresso” é, de fato, extremo. Como enunciado nos dias de hoje, o “progresso” é simplesmente um comparativo do qual não determinamos o superlativo.
Opomos cada ideal de religião, patriotismo, beleza, prazer sensual ao ideal alternativo do progresso – isto é, contrapomos cada proposta de conseguir algo do que conhecemos, com a proposta alternativa de obter muito mais daquilo que ninguém conhece.
O progresso, devidamente compreendido, tem, de fato, um significado muito digno e legítimo. Mas, se usado em contraposição a ideais morais definidos, se torna absurdo.
Assim, mesmo não sendo verdade que o ideal de progresso deva ser confrontado com a finalidade ética ou...
Eric Voegelin foi um dos maiores filósofos do século XX. Sua obra “Order and History”, em cinco volumes, sintetiza e ordena numa reinterpretação global da história uma vastidão de conhecimentos quase inimaginável, das inscrições egípcias até as últimas novidades do direito, da...
economia e da lingüística.
Dá de dez a zero em Hegel, Spengler e Toynbee somados. De origem pobre, Voegelin passou fome para estudar. Continuou homem simples, deslocado em ambientes chiques.