PRECISAMOS FALAR DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DE IGREJAS EVANGÉLICAS.
Para os fanáticos que pensam binariamente e vão problematizar, NÃO É SOBRE FÉ OU RELIGIÃO, é sobre economia.
É sobre como a imunidade banca o enriquecimento de poucos às custas de muitos e deixa o BRASIL +INJUSTO.
No Brasil, as igrejas e centros religiosos estão entre as instituições às quais a Constituição garante imunidade tributária.
Isso significa que nem União, nem estados e municípios podem cobrar deles qualquer tributo que tenha incidência sobre o patrimônio ou renda.
Sendo mais específico, Igrejas e centros religiosos de qualquer natureza NÃO pagam IPTU, IPVA e Imposto de Renda.
Qual a justificativa?
Uma delas é que a imunidade existe para proteger a liberdade religiosa e permitir que todos os grupos de pessoas possam exercer sua fé.
Uma vez vendo o Silas Malafaia falar o porquê da imunidade tributária, que com sua retórica, QUASE me convenceu. Disse que a Igreja tira muitas pessoas do vício, da depressão e do mau caminho.
Eu CONCORDO MUITO. De fato a igreja cumpre esse papel para muitos aos dar esperança.
Mas se a lógica for não tributar os bem intencionados, HOSPITAIS também teriam que ter isenção tributária, pois cuidam da nossa saúde. Psicólogos que cuidam da nossa saúde mental, IDEM!
Farmacêuticas também, pois fabricam nossos remédios. E os alcoólicos anônimos? Etc, etc...
"Ah, mas essas empresas tem fins lucrativos".
Sim, aliás, esse é UM DOS PROBLEMAS dessa imunidade tributária. O benefício faz vista grossa para o enriquecimento de empresas disfarçadas de igrejas.
Em 2013, a Forbes fez uma lista dos líderes evangélicos mais ricos do Brasil.
Basta ver a lista que claro foi questionada por eles.
1. Edir Macedo (Igreja Universal): R$ 2 bilhões 2. Valdemiro Santiago (Igreja Mundial): RS$ 420 MM 3. Silas Malafaia (Assembléia de Deus): RS$ 400 MM 4. R. R. Soares - R$ 125 MM 5. Estevam e Sônia Hernandes - R$ 120 MM
Mas não para por aí...
Em setembro de 2020, foi aprovada pelo congresso um projeto para ELIMINAR uma dívida de R$ 1,4 bilhão das igrejas.
O Autor do projeto? David Soares (DEM-SP), filho do Missionário R.R. Soares. Que coincidência, não?
Daí alguns podem dizer "pô, você gosta mesmo de imposto, hein? Deixa eles terem isenção."
Justamente por querer um sistema mais justo que falo isso. Se você libera alguns, outros precisam pagar mais. Em geral, os pobres.
Para cada isenção, alguém está pagando essa meia entrada.
Mas não para por aí.
Um paper do Rafael Corbi da USP e Fábio Miessi do Insper mostra que a imunidade tributária contribui para multiplicação de igrejas evangélicas.
- Se as pentecostais tivessem sido taxadas a partir de 1992 em 34%, alíquota média imposta a empresas, a quantidade de templos verificada no país em 2018 seria 74% menor.
- A redução de templos implicariam a queda de 13% a 27%.
E por que quase nenhum político toca nesse assunto? Porque muitos não querem se indispor.
Mas, para mim, não é sobre religião! Que me conhece sabe que frequento igrejas.
É sobre tonar o Brasil mais justo sem imunidade para alguns enriquecerem enquanto os pobres pagam isso.
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Eu gosto muito do Rappi. Tem gente que acha que é o mal do capitalismo. Que a empresa explora as pessoas etc.
Pra mim, ele dá oportunidade e renda pra uma classe que não teria outra alternativa se não fosse essa empresa. Pessoas que estariam desempregadas ou em empregos piores.
O Rappi conecta 2 tipos de agentes na sociedade.
1. Existe um grupo de pessoas que tem dinheiro, mas não tem tempo. Esse grupo estaria disposto a pagar alguém para fazer suas compras, ir na farmácia.
2. Existe um outro grupo que possui tempo sobrando, mas não tem dinheiro.
Eles estão dispostos a - em troca de alguma renda - fazer as compras de alguém, ir na farmácia ou comprar gelo pro seu churrasco.
Ou seja, um DEMANDA TEMPO E OFERTA DINHEIRO.
O outro DEMANDA DINHEIRO e, em troca, OFERTA TEMPO.
SUBIU O MORRO COMO ATENDENTE DA NET E DESCEU COMO NEM DA ROCINHA.
A história do Nem da Rocinha é uma das mais intrigantes que já li. E mostra como é complexo o problema das drogas e o porquê a guerra ao tráfico - que não enxerga o contexto - não tem tido sucesso...
Dezembro de 1999.
Eduarda, de 9 meses, estava com o pescoço inchado, chorando de dor. Sua mãe a levou a uma clínica. Os médicos disseram que era apenas mau jeito.
Dias depois, a situação do bebê piorou. A coluna cervical apresentava lesões. O problema não era nada simples.
Sem plano de saúde, após diversos tratamentos, a família se viu em um ciclo de peregrinação por hospitais. Mãe e pai abandonaram empregos para cuidar do bebê. As contas atrasaram e veio uma dívida de R$ 20 mil.
Quem emprestaria R$ 20 mil para um casal de desempregados da favela?
A estimativa de prejuízo do bloquei ao canal de Suez é de US$ 9,6 bilhões por dia. Mais de 200 navios estão na fila, segundo o jornal britânico Lloyd’s.
O BRASIL É UMA HISTÓRIA DE BLOQUEI AO CANAL DE SUEZ. Com uma pequena diferença: nosso canal nunca esteve aberto com o mundo.
Primeiro vamos ao diagnóstico.
DAS 20 MAIORES ECONOMIAS DO MUNDO, O BRASIL É O PAÍS MAIS FECHADO DE TODOS.
Das 75 maiores, só há 7 países mais protecionistas que nós. Ou seja, somos um país fechado e não é pouco não...
Ao longo do tempo, ESSA TAXA DE ABERTURA DA ECONOMIA (importação + exportação / PIB) APENAS PIOROU relação aos outros países.
Taxa de abertura da economia.
1960 - Brasil (15%) / Países Ricos (25%)
1980 - Brasil (20%) / Países Ricos (40%)
2015 - Brasil (25%) / Países Ricos (60%)
Por que algumas pessoas parecem ter muito sucesso em várias áreas, enquanto algumas parecem ter dificuldade em tudo?
A resposta é complicada e provavelmente multifatorial. Um aspecto é a mentalidade.
A a diferença entre amadores e profissionais. Muitos de nós somos amadores.
1. Amadores pensam de forma binária (um cenário ou outro). Profissionais pensam em probabilidades de eventos.
2. Amadores pensam de maneiras que não podem ser invalidadas. Profissionais tentam buscar o "blind spots".
3. Amadores têm um objetivo. Profissionais têm um processo.
4. Amadores valorizam sucesso de eventos isolados. Profissionais valorizam a consistência.
Pense em um jogador de basquete que acerta a bola uma vez em um lance difícil. Um amador valoriza isso. Um profissional se pergunta: "posso acertar a bola na mesma situação 9 de 10 vezes"?