9h30 horário de Brasília. Representante da Pfizer, Carlos Murillo, já está no Senado. Sessão ainda não começou.

Separem a pipoca que começa já já 🍿
SESSÃO ABERTA!

Senadores vão votar requerimentos agora no início e apresentar questões de ordem
Omar diz que irá fazer uma reunião para determinar sigilo em documentos necessários.
Questão de ordem de Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Senador está criticando as votações de requerimento de documentos em bloco sem análise de justificativa.
Discussão agora sobre quem tem acesso aos documentos.
Votação de requerimentos agora, entre elas convocação de Mayra Pinheiro, Nilse Yamaguchi,

Eduardo Girão começou a falar pra pedir convocação de representante da PF e Renan cortou “pelo menos peça licença”
Renan diz que convocação é algo sério.
Girão pede pra mudar pra convite.
Senadores governistas dizem que o relator quer pautar quem deve ser convocado ou não.
Randolfe diz que governistas exigiram 48h pra apresentar requerimentos e agora querem aprovar um extra pauta.
Omar diz que Girão o procurou ontem e Aziz alertou que a PF tem sigilo e acha muito difícil responder a perguntas, mas como existe uma narrativa que a oposição comanda a CPI, ele iria colocar em votação.
Omar pauta o requerimento para terça-feira.
Izalci Lucas diz que os documentos foram pedidos pra PF e que, se esse depoimento acontecer, deve ser feito após chegar os documentos
Ciro Nogueira diz que o requerimento de convocação de Nilse foi adicionado ontem à noite.
Omar Aziz diz que há muitos requerimentos de convocação de Nilse.
Nogueira reclama que esse requerimento é de convocação, não de convite.
Marcos Rogério pede pra transformar convocação de especialistas em convite.
Omar diz que Nilse foi ao seu gabinete e se ofereceu.
Senadores da oposição diz que Nise deve ser chamada como testemunha por ter participado de aconselhamentos do presidente.
Omar Aziz pede pra que o convite seja requerido após conversar com os especialistas.
Heinze pede pra que sejam escutados médicos contra e a favor da cloroquina juntos.
Omar diz que não é debate.
Humberto Costa (PT-PE) pede suspensão da recomendação do Ministério da Saúde pelo uso da cloroquina, já que Queiroga disse em CPI que ainda há estudos sendo feitos.
Marcos Rogério diz que carece de evidência científica pela CPI decidir isso.
Omar diz que Queiroga ficou falando da Conitec e um representante deve ser chamado. “Há algo mais importante agora do que analisar a cloroquina?”
Omar diz que o presidente da Conitec deve ser convocado imediatamente e sua convocação deve ser votada terça-feira
Renan Calheiros diz que receberam uma recomendação da PGR que não pode chamar investigadores.
Senador Eduardo Girão diz que não fala isso na Constituição e que diante a suspeição de Renan precisamos olhar pros estados. Diz que a CPI caiu no descrédito do brasileiro.
Girão diz que a CPI não quer buscar a verdade por causa do filho de Renan.
Agora Rogério Carvalho (PT-SE) diz que não aceita pré-julgamento de qualquer colega e que isso não é postura de parlamentar. Pede respeito.
Carvalho diz que não há provas do que acusam o filho de Renan Calheiros.
Omar diz que não está na mídia que a CPI caiu em descrédito e essa é a visão de Girão. Fala que quem tem que comprar vacina não é governadores e prefeitos e reitera que assim que enviarem informações dos estados, a CPI irá investigar.
Carvalho segue lendo a nota do PGR, Augusto Aras.
Girão diz que essa é a opinião dele.
Omar coloca em votação todos os requerimentos. Convocação de Nise é mudada pra convite.
Todos os requerimentos aprovados
Girão segue falando que o país está observando a postura de cada um, diz que respeita todos os colegas e não ofendeu ninguém.
Girão diz que não há pré-julgamento e está na mídia que Renan já atribuiu culpados antes mesmo do início da CPI
Carlos Murillo, gerente-geral da Pfizer na América Latina senta a mesa.

Está agora sob juramento de dizer a verdade nada mais que a verdade
Murillo começa se apresentando. Boliviano, trabalha há 16 anos na Pfizer. Em 2017, se tornou presidente no Brasil até novembro de 2020. Liderou as negociações com o governo brasileiro até a assinatura do contrato.
Diz que entendeu que a colaboração era a única saída pra pandemia. Se solidariza com os mortos pela pandemia.

DETALHE: a placa com o nome de @renancalheiros está novamente coberta com o número de mortos pela covid-19 no Brasil
Murillo diz que, em março de 2020, foi lançado pela Pfizer um plano 5 medidas. Explicita a parceria com a BioNTech, que tornou possível a formulação das vacinas contra a covid-19
Segue dizendo que o Brasil é o mercado mais importante dentro da América Latina. Em julho de 2020, a Pfizer decidiu incluir o Brasil como um dos poucos países a fazer estudo clínico de fase 3.
Com o contrato assinado e o próximo em fechamento, Murillo espera vacinar quase metade da população brasileira.
Renan Calheiros (MDB-AL) começa a falar que ontem presenciou o maior desacato da história do Senado.
O relator diz que quer dizer “a todos os pregadores do ódio” que a resposta a todos os ataques é o n° de mortes pela covid-19
Calheiros diz que a resposta às ofensas será o aprofundamento das investigações.
Pergunta os diretrizes da Pfizer pra vacina contra a covid-19.
Murillo diz que o norte é o acesso igual a todos os cidadãos do mundo
Murillo diz que o foco da venda é os governadores.
Pergunta o % de aplicação da Pfizer no mundo
Murillo diz que não sabe e vai enviar a CPI
Pergunta quando começaram as negociações.
M: maio e junho de 2020
Pergunta se houve prioridade a algum país.
M: não
Pergunta preços e condições de entrega, se são os mesmos pra todos os países.
Murillo diz a empresa definiu estratégia de preço em 3 níveis: países de renda alta, renda média e renda baixa.
Pergunta sobre os atrasos da vacina
Murillo diz que não há atraso
Renan pergunta sobre os estudos da vacina e se a ideia era facilitar a autorização de vacina no Brasil
Murillo diz que a ideia era selecionar os países onde o estudo pudesse ser feito de forma eficiente e com grande incidência
Quando começaram as tratativas com o Brasil?
M: maio de 2020
Pergunta quem teve contato do governo
M diz que o Ministério da Saúde e outros agentes governamentais
Renan pede detalhes
Murillo diz que interagiu com Élcio Franco, do Ministério da Saúde e lista as pessoas com quem teve contato dentro do Ministério. Continua dizendo que teve contato com a Economia, Paulo Guedes e vice-ministro além de outras pessoas.
Também cita a Secom e Fabio Wajngarten e senadores como Rodrigo Pacheco e deputados.
Renan fala sobre o aconselhamento paralelo do presidente e pergunta se Murillo tratou com alguém de fora.
Murillo diz que apenas pessoas do governo.
Relator pergunta se Wajngarten facilitou o acesso da Pfizer ao governo federal e se participou das negociações.
Murillo diz que a negociação foi com o Ministério da Saúde e que as conversações com Wajngarten foi por uma possível coordenação dele, mas q não conhece o funcionamento
Renan pergunta sobre as 3 tentativas de comunicação pela Pfizer ignoradas.
Murillo segue com uma linha do tempo.
Maio e junho de 2020 começou-se as reuniões, que foram exploratórias. Como resultado, em 16/07 foi fornecida um contrato de interesse junto com outros países.
Em agosto, houveram reuniões pra debater detalhes. No mesmo mês, o Ministério manifestou interessante. Em 14/08 ofereceram as primeiras 2 ofertas: uma de 30 milhões de doses e outra de 70, início no final do ano.
Sendo 500 mil para 2020, 1.5 milhão pro 1° tri, 5 milhões no 2° tri, 14 milhões no 3° e 9 milhões no 4° tri.
Final de agosto, a oferta foi refeita com um adicional no 1° tri de 2021.
Foram 3 ofertas em agosto. Em novembro, houve uma atualização da oferta. Em 11/11 houve oferta de 70 milhões:
2 milhões no 1° tri
6.5 milhões 2° tri
32 milhões 3° tri
29.5 milhões 4° tri
Em 24/11 foi feita a mesma oferta com algumas considerações do contrato por causa das medidas legais que deveriam ser mudadas.
Depois, pula pra 15/02 onde a oferta foi feita de 100 milhões de doses:
8.7 milhões 2° tri
32 milhões 3° tri
59 milhões 4° tri
Em 8 de março, a oferta de 100 milhões ficou em;
14 milhões 2° tri
86 milhões 3° tri
O 2° contrato em abril com mais 100 milhões:
30 milhões 3° tri
Resto no 4° tri
O contrato que vai ser assinado considera 100 milhões de doses no 4° trimestre desse ano.
Renan pergunta se o Ministério ignorou 3 tentativas de contato.
Murillo diz a oferta de 26/08 teve validade de 15 dias e passado esse tempo o governo do Brasil não aceitou nem negou.
Murillo diz que não pode afirmar se isso dificultou a comunicação e diz que não houve resposta.
Renan pergunta se ele confirma a info de Wajngarten que a Pfizer teria escrito uma carta que daria prioridade ao Brasil.
Murillo confirma a carta de 12/09.
Renan pergunta pra quem essa carta foi enviada.
Murillo diz que em 12/09 assinada pelo CEO global e era direcionada pro presidente Bolsonaro e outras autoridades, cujos detalhes ele agora não tem, mas mandará à CPI.
Murillo diz que a carta foi dirigida ao presidente Bolsonaro, com cópia a Mourão, Braga Netto, Pazuello, Paulo Guedes e Nestor Foster
Renan pergunta se em algum momento houve encontros no Ministério da Economia.
Murillo diz que houve um encontro em 07/08/2020 com membros do Ministério. A reunião foi presencial em SP com algumas pessoas por videoconferência.
O relator pergunta quais foram os resultados dessas reuniões.
Murillo diz que o interesse era fornecer todas as informações ao governo.
Renan pergunta quantas doses foram oferecidas e a que preço.
Murillo diz não lembrar discutir o n° de doses nesse momento, pois a 1ª oferta
foi feito depois.
Renan pergunta o preço unitário na época.
Murillo responde que o preço ofertado ao Brasil foi de 10 dólares a dose desde a 1ª oferta
Renan pergunta se receberam respostas da carta de 12/09
Murillo diz que não
Pergunta se Pazuello ofereceu resistência em negociar no ano passado.
Murillo diz que teve 2 interações com ele, em novembro por ligação, onde se colocou a disposição. A 2ª interação foi
no Ministério em 22/12 com Élcio Franco e equipe técnica, onde eles foram apresentados e o Ministro pediu mais doses.
Renan pergunta se as reuniões foram registradas com atas ou gravações.
Murillo diz que pela Pfizer não, mas as conversações foram formalizadas em oferta.
Pergunta se as trocas de mensagens foram formalizadas.
Murillo diz que não há relatório.
Calheiros pergunta quais as dificuldades com as negociações com a gestão Pazuello.
Murillo diz que o Ministério se preocupava com as condições de armazenamento da vacina, mas em outubro apresentaram a caixa de embalagem desenvolvida pra armazenamento.
Segue dizendo que o Ministério entendeu que precisava de 2 condições: Anvisa e legislação.
Renan pergunta quando foi a necessidade detectada de autorização legislativa.
Murillo diz que isso foi conversado no final de novembro.
Renan fala que entre 7 e 9 de dezembro, representantes da Pfizer foram recebidos por Wajngarten e que tentou entrar em contato com o ministério, sem resposta. Então Wajngarten teria chamado Filipe Martins, que chamou Carlos Bolsonaro.
Murillo diz que no dia 17/11 esteve em reunião com Wajngarten e 2 representantes da Secom. Ele não sabe quem do governo estava em reunião nesses dias com 2 representantes da Pfizer.
Renan quer saber se ele não foi informado sobre o conteúdo e quem estava na reunião.
Murillo diz que não pode confirmar quem estava na reunião.
Renan quer chamar essas representantes. Agora quer saber se a Pfizer teve contato com alguém que não era do governo.
Murillo diz que somente autoridades oficiais.
Murillo confirma a reunião de dezembro, mas não quem estava presente.
Randolfe pede pra Murillo tentar conseguir essas informações até o final da sessão.
Renan segue dizendo que Pazuello informou que a Pfizer ofereceu 500 mil doses em janeiro, 500 mil em fevereiro, 1 milhão em março e 6 milhões no 1° tri.
Renan quer a confirmação dessa informação.
Murillo diz que essa não é a oferta oficial.
Renan pergunta se a Pfizer estava confiante com o fechamento de acordo quando o presidente declarou-se contra a vacina em dezembro.
Murillo diz que ficou confiante na assinatura do contrato em março desse ano.
Renan quer saber se os ataques públicos atrapalharam as tratativas.
Murillo diz que o objetivo é vacina e continuaram mesmo assim.
Renan quer saber se essas palavras atrapalhavam as negociações.
Murillo diz que essas declarações não foram feitas por quem estavam negociando.
Renan pergunta sobre as cláusulas do contrato que o governo classificou como “leoninas” e quer saber como a Pfizer recebeu esse posicionamento.
Murillo diz que não concordam.
Renan pergunta se essas cláusulas são incomuns.
Murillo diz que são as mesmas cláusulas para todos os países.
Renan quer saber se o modelo de contrato era o mesmo pra todos os países.
Murillo diz que linhas gerais e temas-chave sim, mas que cada país tem condições especiais.
Relator pergunta se o modelo contratual era adotado por outras empresas produtoras de vacina.
Murillo diz que não tem conhecimento.
Renan quer saber se algum outro país questionou ou recusou.
Murillo diz que alguns países ainda estão em negociação
Renan quer saber cronograma de entrega da Pfizer em 2020.
Murillo diz que são 3 cronogramas: 1ª proposta de 500 mil, segunda e terceira de 1.5 milhão
Renan quer saber quantas doses teriam sido entregues até o dia de hoje caso a 1ª oferta tivesse sido aceitada.
Murillo diz 1.5 milhão até 2020, 3 milhões no 1° tri e 14 milhões no 2° tri, 18.5 milhões no total, com base na oferta de 26/08.
Renan quer saber se há diferenças entre o contrato de 2020 e o assinado em 2021.
Murillo diz que não.
Renan quer a confirmação da contratação das 100 milhões de doses.
Murillo diz que sim
Renan pede o cronograma.
Murillo responde:
13.5 milhões pro 2° tri
86.4 milhões pro 3° tri
Omar quer saber quantas vacinas já teriam sido entregues se tivéssemos fechado o contrato em 26/08.
M: 18 milhões de doses no 2° tri
Omar quer saber quantas vacinas teremos até o 2° tri desse ano com o novo contrato
Murillo: 14 milhões
Renan continua. Explana sobre uma fala do Bolsonaro em que ele diz que as empresas que devem ir atrás do governo. Ele pergunta se essa postura foi replicada em outros governos.
Murillo diz que desconhece e não pode comparar.
Relator pergunta se ficou a cargo da Pfizer procurar governo de outros países.
Murillo diz que todos os governos foram contactados por iniciativa da Pfizer.
Pergunta quando a Pfizer firmou contrato com o Chile.
Murillo diz que não sabe de cabeça.
Renan pergunta quando foram feitas as tratativas com o Reino Unido.
Murillo diz que o mesmo plano de negociação foi seguido com todos os países do mundo e que não pode comentar com dados sobre a Inglaterra.
Renan pede que Murillo passe informações sobre tratativas com esses países.
Murillo diz que vai verificar.
Relator quer avaliação do tempo de análise da Anvisa e se houve dificuldade.
Murillo diz que o registro foi concedido em 28/02/2021 e que não houve dificuldade.
Pergunta o posicionamento da Pfizer em relação a venda de vacinas por entidades privadas.
Murillo diz o posicionamento é continuar vendendo pra governos e desconhece quando poderão vender a entes privados.
Renan fala sobre uma suposta intervenção de Bolsonaro pra que trate com a Pfizer da América Latina e a inclusão de outros 2 escritórios de advocacia.
Murillo diz que a Pfizer usa escritórios de fora e que não tem muitos conhecimentos. Cita 2 escritórios apenas.
Murillo diz que esses escritórios fazem assessoramento apenas.
Renan fala que 3 escritórios foram envolvidos.
Murillo diz que vai confirmar com a assessoria jurídica.
Renan pede a confirmação da intervenção do presidente ao sugerir mais escritórios.
Murillo diz que desconhece.
Pergunta se Wajngarten participou de reuniões de negociações.
Murillo diz que as negociações só foram feitas com o Ministério.
Renan quer saber qual o sentido de tratar com a América Latina e não com a Pfizer Brasil.
Murillo diz que seguiu negociando mesmo quando mudou de cargo pra Pfizer América Latina.
Renan quer saber se ele participou como representante da Pfizer América Latina e se houve exigência
Murillo diz que a negociação foi feita pelo escritório do Brasil através dele.
Renan quer saber se houve tratativa de acréscimo de dinheiro pra Wajngarten.
M: não
Renan Calheiros se diz satisfeito e agradece Carlos Murillo.
Fala agora o senador Humberto Costa (PT-PE). Quer saber se a OMS adquiriu as vacinas.
Murillo diz que está trabalhando através da Covax Facility.
Humberto pergunta se as exigências são as mesmas para a OMS.
Murillo diz que as isenções de responsabilidade são as mesmas.
Pergunta se o Brasil foi o 6° país procurado pela Pfizer.
Murillo diz todos os governos foram contactados no mesmo momento.
Humberto diz que é um estudo da Universidade Duke, nos EUA, e pergunta se ele tem infos.
M: não.
Humberto pergunta se as compras de outros países foram feitas em agosto.
Murillo diz não saber
Humberto quer saber se ele concorda que as cláusulas são leoninas.
Murillo diz que não concorda com esse posicionamento
Humberto pergunta se em 07/12 o ministério comunicou interesse.
M: sim.
Humberto diz que 10 dias depois o Presidente falou sobre jacarés e vacina e mostra uma nota governo em que acusa a Pfizer de querer atenção da mídia. Ele quer saber se a empresa concorda.
M: não concordo
Humberto fala sobre a participação de uma diretora jurídica com a Wajngarten, provando que ele mentiu novamente tanto à Veja quanto à CPI. Sobre a reunião que Filipe Martins estaria presente, quer saber o porquê essa reunião aconteceu.
Murillo diz que confirma apenas a reunião com Wajngarten, mas não sabe quem mais do governo participou. Ele diz que foi proatividade da empresa de informar o governo e avançar nas negociações e que várias reuniões foram feitas com outros membros do governo.
Murillo diz que foi iniciativa da própria empresa.
Omar diz que Wajngarten em depoimento explanou que o dono da RedeTV que avisou da carta. Perguntou se o dia do telefonema de Wajngarten a Pfizer foi feito por Murillo.
Murillo responde que sim.
Murillo diz que ligou pra Wajngarten e comentou as ofertas. Fabio pediu pra aguardar na linha e depois pediu pra repetir quando estava junto de Bolsonaro e Paulo Guedes. Murillo teria repetido. Paulo Guedes perguntou quantas doses foram ofertadas e pediu mais doses.
Murillo teria respondido que mais doses poderiam ser conseguidas.
Omar quer saber se foi conversado sobre as ofertas não respondidas.
M: não
Humberto pergunta se Frederick Wasseff entrou em contato com a Pfizer.
Murillo diz que ninguém teve contato com ele.
Humberto Costa diz que o depoimento deixou claro a falta de interesse do governo federal na busca por vacinas.
Fala agora Tasso Jereissati (PSDB-CE) de forma remota. Fala que o presidente está em Alagoas fazendo aglomeração sem máscara.
Jereissati quer saber qual a relação do dono da RedeTV com a Pfizer, porquê houve a necessidade do Wajngarten intervir.
Murillo diz que não tem conhecido sobre o dono da RedeTV, não houve negociação paralela com Wajngarten, mas apenas informaram diferentes autoridades do governo
Tasso pergunta se havia expectativa de coordenação de Wajngarten.
Murillo diz que Waingarten escreveu para o CEO global. Como Wajngarten tinha contatos, ele poderia ajudar. Diz que não havia expectativa formal sobre essa função de Wajngarten.
Fala agora Marcos Rogério (DEM-RO). Quer saber quando a Pfizer verificou que havia segurança jurídica pra assinatura do contrato.
Murillo diz que a segurança se deu após aprovação da lei.
Pergunta se Murillo pode afirmar em que momento se deu o início das tratativas com o Ministério da Saúde.
Murillo: maio de 2020
Marcos Rogério faz uma linha do tempo e a adm se perdeu lá por abril de 2020.
Murillo diz que conseguiu acompanhar a maioria.
Marcos Rogério diz que então a carta de 12/09 não significa que não havia negociações.
Murillo diz que a carta indica uma oferta enviada em agosto e que queria continuar as tratativas.
Marcos quer saber quando foi possível negociar+
depois que as condições externas foram solucionadas.
Murillo diz que assim que as condições jurídicas foram estabelecidas.
Marcos quer saber se quem diz que o governo poderia ter assinado antes mente ao país.
Marcos quer saber qual das duas propostas, de 08/2020 ou 03/2021 oferecia mais doses.
Murillo diz que a de 26/08
Marcos quer saber se a proposta de agosto oferecia vacinas em 2020.
Murillo diz que sim.
Marcos pergunta em que momento a vacina foi aprovada na FDA.
Murillo diz que dezembro de 2020.
Marcos diz que a Pfizer anunciou vacinas em 2020 e pergunta quando a empresa entrou com os +
papeis após a aprovação da FDA.
Marcos quer saber como iria entregar as doses da vacina sem aprovação.
Murillo diz que iriam ser entregues após aprovação na FDA.
Marcos quer saber a data da entrada na Anvisa.
Renan diz que outros países compraram vacina antes da aprovação.
Marcos diz que não havia pedido de aprovação na Anvisa e pergunta quando a Pfizer entregou e vacinou americanos.
Murillo diz que em dezembro de 2020.
Marcos quer saber se é verdadeira.
M: sim
Marcos diz que a informação que ele tem é que não foi em dezembro, fala que há uma narrativa sendo construída que o governo boicotou acesso às vacinas e pede confirmação do momento exato.
Ele começa a explicar o que é uma cláusula leonina. Vamos destrinchar mais tarde 😁
Randolfe confirma que a vacinação começou em 14/12/2020.
Marcos pede que essa informação seja confirmada.
Randolfe diz que a informação é pública e que uma simples pesquisa resolveria a questão.
Renan dá informação que Bolsonaro viajou com avião presidencial a Alagoas pra inaugurar obra já inaugurada.
Governistas perguntam qual a pertinência
Oposição responde que é a aglomeração.
Renan diz que é apenas uma comunicação.
Ciro Nogueira diz que isso prova que a CPI é política.
Renan diz que foi atacado por Bolsonaro e a CPI também.
Renan diz que a resposta é o número de mortes.
Sessão suspensa por 5 minutos.
Perguntados se foram os primeiros países que receberam as vacinas da Pfizer Carlos Murilo afirma que em dezembro foram entregues para Chile e México.
Confirma que ainda há países que não assinaram contrato para venda.

Diz que desconhece as clausulas contratuais dos fornecedores.
O senador Ciro Nogueira segue os questionamentos, agora falando sobre a reunião com Ministro Pazuello.
Carlos Murilo diz que Pazuello solicitou entrega de maior quantitativo de vacinas do que era.
Ciro pergunta se foi um pedido político, Murilo diz que conversaram sobre as vacinas e não entraram em clausulas contratuais.

Nogueira pergunta se Pfizer já recebeu pedido de propina.
Carlos Murilo diz que a Pfizer jamais recebeu pedido de propina do Brasil.
Carlos Murilo pediu esclarecimentos e fala sobre a reunião com Wajngarten.
E faz a leitura de registro no secretário Wajngarten pediu esclarecimentos sobre o contrato, reuniram-se por cerca de uma hora.
Wajngarten após uma hora de reunião, saiu para atender ao telefone, minutos após retornar para a sala entram Filipe G. Martins e Carlos Bolsonaro.
Senadora Eliziane pergunta se a reunião foi no Ministério da Saúde, Carlos Murilo diz que não foi no Ministério. A reunião ocorreu nas dependências da SECOM.
Senadora Eliziane pergunta se ele acha que governo brasileiro foi negligente na compra de vacinas da Pfizer.
Carlos Murilo diz não poder fazer essa afirmação, pois não conhece o funcionamento interno do Brasil para negociações.
Sobre países que receberam as vacinas em dezembro, afirma que foram nações com comprar antecipadas que firmaram acordos e contratos antes do Brasil.
A pergunta da senadora Eliziane pergunta sobre as conversar com ministros da saúde e da economia

Carlos Murilo afirma que Pfizer estava com oferta com Ministério da Saúde, respondeu sobre quantitativo ao Ministro Paulo Guedes.
Questionado sobre se dialogou com os ministros. Diz que conversou em um duas ocasiões com ministro da economia, nas demais os diálogos se deram com a equipe técnica.
Senadora Eliziane pergunta se de maio até dezembro não ocorreu contato com qualquer ministro.
Ele afirma que nesse período não conversou com nenhum ministro brasileiro.
Perguntado se as reuniões foram chamadas pelo ministério ou se partiram da Pfizer.
Ele diz não lembrar desse detalhamento.
Eliziane pergunta sobre a política de preços das vacinas.
Carlos Murilo fala que a política de preços é fazer vacinas que sejam acessíveis para todos, os preços são organizados em valores para países de renda alta, renda média e renda baixa.
A política de preços para o Brasil está no países de renda média.

Eliziane pergunta sobre as reuniões.
Ele afirma que primeira falaram da logística, em outra reunião com questões contratuais e que nunca ouviu comentários do presidente Bolsonaro.
Sobre contato da SECOM em detrimento de outros ministérios.
Carlos Murilo disse que não estranhou, pois o Brasil possui uma estrutura complexa e um contrato como esse poderia envolver mais setores.
Senadora Eliziane pergunta se foi mais difícil o contrato com Brasil que em outros países.
Ele disse que não pode fazer essa afirmação.
Carlos Murilo recebeu algumas outras informações e fez a leitura de que o pedido de registro da Pfizer no Brasil ocorreu dia 05 de fevereiro de 2021, sendo aprovada em 23 de fevereiro de 2021.
O primeiro país a ter as vacinas da Pfizer aprovadas foi a Inglaterra, em 02 de dezembro 2020, sendo primeiro vacinado no país em 08 de dezembro de 2020.

Nos EUA a aprovação ocorreu em 11 de dezembro de 2020, com primeiro vacinado em 14 de dezembro de 2020.
Otto Alencar agora faz as perguntas. Questiona se a vacina da Pfizer poderia ser utilizada no Brasil em dezembro de 2020. Murilo diz não poder afirmar isso, mas que havia um quantitativo a ser entregue em dezembro de 2020.
Senador Otto Alencar (PSD-BA) pergunta sobre a oferta feita ao Brasil. Carlos Murilo diz que o primeiro contrato a oferta era de 10 dólares por dose.

Otto pergunta se essa oferta foi enviada ao Pazuello. Carlos confirma.
Otto Alencar pergunta se foi a Pfizer que procurou Fábio Wajngarten. Carlos Murilo diz que recebeu e-mail da matriz informando que Fábio Wajngarten havia contatado o Brasil.
Carlos Murilo disse que ligou para Fábio Wajngarten, após contato da matriz, e confirmou que ele era funcionário do governo brasileiro. A partir disso reuniram-se.
Otto Alencar agora fala que, considerando que se contratos poderiam ter sido assinados antes, a vacinação no Brasil poderia estar mais acelerada e muitas vidas teriam sido salvas.
Otto Alencar, agora, pergunta sobre saída de Pazuello em que ele citou os termos propina e pichuléco.

Otto pergunta se em algum momento Fábio Wajngarten tentou tirar proveito pessoal das negociações com a Pfizer. Carlos Murilo afirmou que não, em nenhum momento.
Otto Alencar - Não há boneco que possa ser encaminhado para qualquer gabinete que se compare ao boneco que depôs aqui ontem o senhor Fábio Wajngarten.
Senador Eduardo Girão (Podemos-CE) inicia as perguntas.
Questiona se há comissão aos funcionários pela venda.
Carlos Murilo afirma que não trabalham com sistema de comissões ao atingir a venda de vacinas aos países.
Girão pergunta se houve solicitação do Brasil para isso.
Carlos Murilo afirma que não.
Girão pergunta se há países que recebem as vacinas antes, Murilo diz que não há países beneficiados em detrimentos de outros.
Girão pergunta dos cronogramas. Carlos Murilo diz que Pfizer está cumprindo os cronogramas.
Girão pergunta se Brasil está cumprindo as cláusulas contratuais, Murilo diz que sim.
Girão pergunta quais são os gargalos para entrega das doses.

Carlos Murilo diz que o gargalo é a produção, aquisição de insumos. Diz que a Pfizer está aumentando suas indústrias, para ampliar a produção e que a a cada mês vai aumentando a produção pelos avanços no processo.
Girão pergunta se em dezembro o Brasil estava preparado logisticamente para distribuição da vacina.

Carlos Murilo diz que receberam a nova embalagem da vacina em outubro de 2020, quando informaram para o governo brasileiro das condições para distribuição.
Agora quem pergunta é o senador Randolfe Rodrigues (Rede).
Pergunta para quais países foram distribuídas as vacinas além dos EUA em dezembro.
Murilo diz que Inglaterra, e na América Latina ele tem informação de Chile, México e Costa Rica.
Randolfe Rodrigues agora reafirma que países com economias inferiores a nossa, como México, iniciaram a vacinação em dezembro de 2020. Países, inclusive, que não possuíam PNI como o nosso.
Randolfe quer saber quantos países firmaram contratos antes do Brasil, Murilo diz não ter esse dado agora mas confirmará.
Randolfe pergunta se seriam mais de 60 países, Murilo diz que o número lhe é familiar mas que prefere aguardar para confirmar.
Sobre a reunião do dia 06 de agosto de 2020 com representantes do governo, Carlos Murilo diz que a data que ele possui é 07 de agosto e que confirma que ocorreu essa reunião.
Randolfe pergunta se nesta reunião se tratou da aquisição de vacinas pelo governo brasileiro. Carlos Murilo diz que apresentaram alguns dados sobre a vacina e, mas que não entraram em detalhes sobre tratativas pois não havia acordo de confiabilidade com ministério da economia.
Randolfe pergunta se secretário de política econômica demonstrou interesse.
Carlos Murilo diz que foram citados esquemas de contratos com outras empresas produtoras de vacinas com o modelo de transferência de modelo de transferência de tecnologia.
Senador Randolfe fala sobre os escritórios de advocacia que estariam tratando das negociações. E se escritórios ligados a Frederick Wassef teriam contatado a Pfizer. Carlos Murilo reafirma que não houve contato dele ou da equipe da Pfizer com Wassef ou pessoas ligadas a ele.
Randolfe pergunta se, em alguma das tratativas,s e falou em apresentar uma iniciativa legislativa para sanar a insegurança juridica. Carlos Murilo diz que não recorda de uma fala do governo brasileiro.
Randolfe pergunta se desde setembro de 2020 começou a ser cogitada alguma apresentação de iniciativa legislativa para sanar as questões jurídicas. Carlos Murilo diz que isso foi cogitado a partir de novembro de 2020.
Randolfe diz que desde novembro de 2020 o governo cogitou, mas poderia ter editado medida provisória.

Randolfe apresenta, agora, minuta da medida provisória de dezembro de 2020 que sanaria as questões de insegurança jurídica.
Randolfe retoma que os trechos, que constam na minuta, que davam segurança jurídica para aquisição de vacinas não foram incluídas na versão final.

Randolfe cita a emenda de sua autoria que foi rejeitada no Congresso por orientação do governo.
Senador Randolfe agora apresenta telegrama da Embaixada do Brasil que comunicava ao governo brasileiro em oito de dezembro de 2020, citando que governo Trump havia aprovado uso de vacinas da Pfizer.
Randolfe reforça que, ao menos para isso, o Bolsonaro poderia ter sido fiel ao governo de Trump.
O senador Jorginho Mello (PL-SC) questiona sobre as clausulas jurídicas em que país seja responsável por efeitos colaterais. Carlos Murilo diz que é de praxe da empresa essas clausulas.
Jorginho pergunta porque nesse tempo todo das tratativas não solicitaram registro ao governo brasileiro (antes de fevereiro de 2021).

Carlos Murilo diz que Pfizer solicitou processo de registro e submissão continua no Brasil em 25 de novembro de 2020.
Senador Jorginho pergunta como iniciaria a vacinação em dezembro de 2020 se aprovação só ocorreu em fevereiro de 2021. Murilo diz que para vender a vacina é preciso de autorização definitiva como ocorreu em fevereiro de 2021, ou autorização de uso emergencial.
Perguntado se tem conhecimento sobre processos contra Pfizer, Murilo diz não ter conhecimento de atrasos na entrega de vacinas. O senador da base governista afirma que Itália está processando a Pfizer por atraso.
Eduardo Girão quer que Carlos Murilo traga os dados sobre atrasos na entrega de vacinas em outros países do mundo.
[Discussão entre os Senadores devido aos questionamentos sobre atrasos em outros países]
Senador Rogério Carvalho (PT-SE) cita Benjamin Netanyahu e sua corrida por vacinas para população de Israel. Afirma que, o que se vê, é que o governo brasileiro não tinha um programa de imunização e que agia como se para vacinar fosse necessária tecnologia espacial.
Senador Rogério Carvalho (PT-SE) pergunta se Pfizer teria solicitado uso emergencial caso houvesse contrato para aquisição. Carlos Murilo afirma que sim.

Senador Rogério Carvalho (PT-SE) fala que, o que se observa, é que governo federal apostou na contaminação da população.
Senador Rogério Carvalho (PT-SE) reforça que governo editou uma MP para liberações de bilhões de reais, mas não ocorreu um avanço para sanar as questões jurídicas na aquisição do imunizante. Cita emenda de Randolfe que foi rejeitada por orientação do governo federal
Senador Marcos Rogério diz que uma Medida Provisória deixaria o presidente agindo unilateralmente. Que por essa razão foi necessária uma conjugação de vontades entre legislativo e executivo.
Senador Randolfe pede que se atentem com relação ao tratamento entre os senadores. Que se cumpra o regimento interno. 💅🏻
Senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) fala da aquisição de vacinas pelo governo federal, cita imunizantes que se quer estavam na fase 3 de testes.
Senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) confere os dados para entrega dos imunizantes para primeiro, segundo e terceiro trimestre de 2021.

Carlos Murilo confirma 1,4 milhões para segundo trimestre.
Senador Alessandro pergunta se tem conhecimento sobre aquisições de vacinas, mesmo com questões nos termos jurídicos, de outras empresas.

Carlos Murilo diz não ter conhecimento.
Lá vem senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) 🙄
Luis Carlos Heinze (PP-RS) fala... da cloroquina.

Pergunta se Pfizer possui algum produto (medicamento) ou avaliação sendo feita no Brasil de produto que substituiria a cloroquina

Carlos Murilo diz não ter conhecimento.
Luis Carlos Heinze (PP-RS) fala das datas das ofertas realizadas pela Pfizer para outros países como EUA, Canadá, Comunidade Europeia, Suíça, Austrália e Japão. Afirma que no Brasil não ocorreu prevaricação, mas que foi uma questão dos estudos do Ministério da Saúde.
Luis Carlos Heinze (PP-RS) diz que senadores citaram práticas de propina, mas que isso não existe no governo Bolsonaro. Pede para Carlos Murilo confirmar que nunca houve pedido de propina.

Carlos Murilo confirma.
Heinze (PP-RS) pergunta se ele sabe que Brasil é o quarto país em vacinação, ultrapassando Reino Unido.

Carlos Murilo diz não saber sobre esse dado.
Heinze (PP-RS) diz que o médico tem autonomia para receitar medicamentos e que há interesses ideológicos na Comissão sobre uso da cloroquina.
Heinze segue alegando que médicos tem autonomia, reforça que há questões ideológicas e políticas por trás da negativa sobre a cloroquina.

Diz que existem interesses no mercado brasileiro e segue defendendo uso de tratamento precoce.
Agora as perguntas são do Senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Carlos Murilo confirma os quantitativos que possuíam na oferta para o Brasil, por trimestre.
Senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) pergunta se Pfizer provia vacinas pelo consórcio COVAX Facility, desde 2020.
Carlos Murilo afirma que sim.
Senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) pergunta se Brasil receberia doses pela COVAX Facility, mesmo sem acordo bilateral.
Murilo diz que sim, pois o consórcio é separado de acordos bilaterais.
Fernando Bezerra pergunta sobre os atrasos de entrega em outros países. Carlos Murilo reforça não ter esses dados.

Senador Bezerra pergunta se seria normal atrasos, considerando a pandemia. Carlos Murilo diz que seria natural.
Senador Bezerra cita processo do governo italiano contra Pfizer pelo atraso da entrega de vacinas. Pergunta se considera razoável processo pela demora de entregas,.

Carlos Murilo diz que não possuía conhecimento dessa situação relatada pelos senadores.
Carlos Murilo diz que honestamente desconhece as condições contratuais com outros países, por isso não tem como responder sobre o tema.
Bezerra pergunta se Pfizer poderia ter eventuais atrasos.
Carlos Murilo diz que é um desafio para mundo no contexto da pandemia manter a produção necessária.
Bezerra pergunta sobre presença de Filipe G. Martins e Carlos Bolsonaro na reunião, pede que reafirme que Carlos Bolsonaro não permaneceu.

Carlos Murilo diz que não estava presente nessa reunião e que vai ler o que a representante presente o enviou por mensagem.
Na mensagem enviada pela representante presente na reunião, para Carlos Murilo se reforça que Fábio Wajngarten recebeu uma ligação. Pouco após seu retorno para a sala chegaram Filipe G. Martins e Carlos Bolsonaro.
Reforça a mensagem que Fábio Wajngarten teria explicado a Filipe Martins do que se tratava a reunião, Carlos Bolsonaro teria permanecido brevemente na sala.
Senador Roberto Rocha (PSDB-MA), embora não seja membro da Comissão, diz estar acompanhando a CPI e parabeniza condução de Omar Aziz na presidência.
Diz compreender os anseios da representação feminina no senado e pede requerimento para que senadores com comorbidades possam frequentar o plenário presencialmente com representação, assim como as mulheres.
Senador Roberto pergunta se, considerando a aceleração do processo de produção das vacinas, se Pfizer ofereceu ao governo brasileiro alguma opção de seguro para eventuais efeitos colaterais. E de quem seria a responsabilidade por efeitos colaterais.
Carlos Murilo diz que devido ao processo acelerado, dado a urgência, há riscos potenciais para a companhia e para vacinados. Diz que os efeitos adversos são os que foram demonstrados nos estudos clínicos. Reforça que os contratos possuem isenção de responsabilidade.
Carlos Murilo reforça que a empresa está focada na ampliação da produção de vacinas.
Senador Roberto pergunta se eram justas as exigências da Pfizer.

Carlos Murilo diz que as condições da pandemia fizeram com que se conseguisse uma vacina em tempo recorde, eficaz e segura. Pfizer procurou isenção de responsabilidade em todos os países que adquiriram vacinas.
Senador Roberto pergunta se há algum país que tenha recusado contrato por conta de clausulas impostas pela Pfizer.

Carlos Murilo diz que todos os países tem as mesmas condições mencionadas e que ainda há países que estão negociando contratos.
Agora a palavra está com a senadora Simone Tebet (MDB-MS). Diz que pede compreensão ao senador Roberto Rocha, mas que as mulheres não possuem assento na CPI.
Simone Tebet (MDB-MS) reforça a importância da presença de Carlos Murilo, pois demonstra que a falta de vacinas poderia ter sanado a dificuldade dos senadores com comorbidades que poderiam, agora, estar todos com vacinas em seus braços participando presencialmente da Comissão.
Senador Roberto Rocha se dirige a Simone Tebet.
Diz não discutir a presença da mulher na CPI, mas que os partidos que indicam nomes para Comissão e que não indicaram mulheres.

Omar Aziz reforça que as senadoras não tem direito a voto, mas a voz. Como todos os senadores possuem.
Senador Jean Paul Prates (PT-RN) pergunta se algum país contestou as clausulas da Pfizer.

Carlos Murilo diz que todos os países discutiram os contratos e que os 110 países com as quais Pfizer possui contratos tem as mesmas clausulas.
Senador Jean Paul Prates pergunta se outro país contestou as clausulas, se algum outro país foi aos jornais dizer que as causas eram leoninas.

Carlos Murilo reforçou que todos os países possuem as mesmas clausulas.
Senador Jean Paul Prates fala das clausulas de arbitragem, que Brasil tem inclusive para as refinarias brasileiras. Reafirma que para vender nosso patrimônio serve, mas para compra de vacinas em estado emergencial isso se torna uma barreira.
Senador Jean Paul recorda que governo brasileiro não queria se responsabilizar com as vacinas, citando a frase sobre "virar jacaré". Reforça que será verificado se em outros contratos as empresas se responsabilizam pelos eventuais efeitos colaterais.
Senador Jean Paul pergunta se ocorreu mais dificuldade com Brasil que em outros.
Carlos Murilo diz que não pode afirmar isso, pois há negociações com cada país. Mas que as clausulas seguem as mesmas. #CPIdaCovid
Senador Jean Paul pergunta do cronograma.

Carlos Murilo diz que em outros países foram realizadas as compras antecipadas, quando a autorização de uso emergencial aconteceu a Pfizer enviou as doses.
Senador Jean Paul afirma que não houve, então, negligência da Pfizer pois as solicitações seriam realizadas no tempo certo conforme os cronogramas.
Senadora Soraya Vieira Thronicke (PSL-MS) pede confirmação do número de doses já contratadas pelo Brasil e os instrumentos contratuais.

Carlos Murilo diz que primeiro contrato é de março para 100 milhões de doses. 15,5 milhões foram estimados para segundo trimestre 2021.
Primeiro milhão chegou ao Brasil no final de Abril e semana passada chegaram 600 mil. Essa semana chagaram mais 600 mil. E a previsão é de que semanalmente chegará vacinas até completar os 15,5 milhões.

O total são de 100 milhões, já chegaram ao Brasil cerca de 1 milhão de doses
Essa semana Brasil firma segundo contrato para aquisição de mais 100 milhões de doses, a serem entregues a partir do quarto semestre, ao valor de 12 dólares a dose.
Senadora Soraya pergunta se haverá entrega. Carlos Murilo diz que haverá esforços para atingir os quantitativos, diz que não pode garantir pois há variáveis. Diz que, no entanto, tem confiança que será atingido o quantitativo.
Soraya pergunta quantas doses são necessárias para a tingir a vacinação. Murilo diz que a vacina da Pfizer necessidade de duas doses, com intervalo de 21 dias.
Soraya pergunta quantas doses foram aplicadas no mundo, Murilo diz que cerca de 400 mil vacinas, mas não sabe dizer quantas foram apenas primeira dose ou se enquadram já a segunda dose.
Soraya pergunta se há relatos de mortes por quem tomou as duas doses. Carlos Murilo diz não ter essa informação. Perguntado se há monitoramento, diz que os escritórios em todos os países fazem esse monitoramento constantemente.
Randolfe Rodrigues pergunta sobre intervalo das vacinas, que no Brasil o PNI prevê intervalo de 3 meses.
Carlos Murilo afirma que os estudos clínicos foram realizados com intervalo de 21 dias, mas que Pfizer respeita as decisões sanitárias de cada país.
Randolfe também apresenta matéria da Reuters, que informa que Pfizer continuará enviando doses para Itália, mesmo que Roma decida EVENTUALMENTE processas a empresa.
Carlos Murilo diz a Pfizer continuará trabalhando pela saúde dos brasileiros, agradece aos senadores pelo trabalho.

Randolfe pergunta se a vacina poderia ser utilizada para adolescentes, como nos EUA, e Carlos Murilo afirma que sim por se tratar do mesmo imunizante.
Omar Aziz encerra a reunião e solicita presença dos senadores para próxima terça-feira as 9h30min.

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