EXCLUSIVO - Sob Pazuello, Ministério da Saúde e a OPAS contrataram um médico pró-cloroquina para elaborar um manual p/ aplicação do "tratamento precoce". O manual foi entregue em janeiro e indica combinações de drogas como cloroquina e ivermectina.🧶👇
1 - O contrato foi feito pela @OPASOMSBrasil a pedido do @minsaude. O pedido foi feito em novembro. Naquela época, porém, já havia diversas evidências de que drogas como cloroquina e ivermectina não tinham eficácia contra a Covid-19. Mesmo assim...
2 - ...o secretário de Ciência e Tecnologia do ministério, o olavista Helio Angotti Neto (foto), pediu à OPAS para contratar uma consultoria p/ elaborar o manual do tratamento precoce.
3 - Mas quem é Ricardo Ariel Zimerman? O médico é conhecido nas redes sociais por defender o tratamento da Covid-19 com drogas sem eficácia comprovada. Em 2018, ele chegou a pregar o fim do Ministério da Saúde. O ministério não fechou e ele ganhou R$ 30 mil para fazer o manual.
4 - O manual, ao qual @JornalOGlobo teve acesso, vai na contramão do que recomenda a comunidade científica e sugere tratamento à base de cloroquina, ivermectina e azitromicina, além de outros medicamentos.
5 - A revelação sobre o contrato mostra que, ao mesmo tempo em que o governo demorava para fechar acordos para a compra de vacinas como a da Pfizer, o Ministério da Saúde insistia na sua aposta pelo "tratamento precoce". Essa aposta é investigada pela #CPIdaCovid.
5 - O contrato gera constrangimento à OPAS, que é um braço da Organização Mundial de Saúde (OMS). Desde junho, a OMS já havia se manifestado contra testes e o tratamento da #COVID19 com cloroquina e hidroxicloroquina.
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GRAVE - O @minsaude esperou agravamento da crise no AM p/ só então iniciar plano de evacuação de pacientes. Doentes só foram evacuados após começarem mortes por asfixia. A constatação é do MPF. Conto essa história com a @_paulaferreira_ 🧶 oglobo.globo.com/brasil/mpf-min…
No dia 12/01, 2 dias antes do colapso, equipes do MS e do governo do Amazonas já sabiam que era preciso transferir os pacientes. A ata de uma reunião mostra que, naquele dia, havia uma fila de espera de pelo menos 56 pacientes para UTIs Covid. Pessoas estavam morrendo em casa.
A ata mostra que a possibilidade de transferir pacientes já era cogitada, mas ainda não havia um plano. Mesmo diante da iminência do colapso a decisão foi de que a transferência só seria feita "em situação extremamente crítica". Dois dias depois, faltou oxigênio hospitalar no AM
ATENÇÃO - O @googlebrasil determinou a desmonetização do canal no YouTube do blogueiro bolsonarista Bernardo Kuster. Na semana passada, havia dúvida se a medida havia sido determinada pela Justiça, mas apuramos que a decisão partiu mesmo do Google. blogs.oglobo.globo.com/sonar-a-escuta…
Kuster é investigado pelo STF no inquérito das Fake News. Em julho, ele foi um dos blogueiros que teve contas no Facebook e Twitter suspensas por decisão do ministro Alexandre de Moraes.
O @JornalOGlobo apurou que a decisão de desmonetizar o canal de Kuster partiu da própria empresa após avaliar o conteúdo de alguns dos vídeos do blogueiro. Agora, já há pelo menos dois investigados com canais desmonetizados: Kuster e Sara Giromini, conhecida como Sara Winter.
EXCLUSIVO - O governo federal pagou R$ 350,7 mil, entre 2019 e 2020, a uma empresa de São Paulo ligada ao canal no YouTube “Intervencionistas do Brasil”, que defende o presidente Jair Bolsonaro e a intervenção militar no país. Segue o fio 👇 blogs.oglobo.globo.com/sonar-a-escuta…
O valor é relativo à contratação de equipamentos por órgãos do Exército, da Aeronáutica e ligados ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Os títulos dos vídeos trazem mensagens como "fora STF" e "art142" e "intervençãomilitar".
A empresa ligada ao canal “Intervencionistas do Brasil” é a Geratek. Ela está em nome de Edineide de Fátima Vasques Brito, mas segundo ela, o verdadeiro responsável pela administração da empresa é o seu filho, Tiago Vasques Brito. Mas quem é Tiago Vasques Brito?
EXCLUSIVO: Um dia após CPMI das Fake News revelar que o governo federal pagou por mais de 2 milhões de anúncios em sites e apps que divulgam notícias falsas e pornografia, a @secomvc negou três pedidos de acesso a dados de publicidade do órgão. Segue o fio blogs.oglobo.globo.com/sonar-a-escuta…
1 - Os pedidos foram feitos à Secom em maio deste ano via LAI. Eles pediam que a Secom detalhasse melhor os dados que haviam sido fornecidos aos consultores que elaboraram e que deram origem ao relatório produzido a pedido da CPMI das Fake News.
2 - Para quem não lembra, em 3/06, revelamos que um relatório feito a pedido a CPMI identificou mais de 2 milhões de anúncios pagos pela @secomvc em canais inadequados. Havia sites que divulgavam notícias falsas, jogo do bicho e apps de pornografia 👇blogs.oglobo.globo.com/sonar-a-escuta…
ATENÇÃO: Relatório da CPMI das Fake News aponta que a Secom pagou por 2 milhões de anúncios em sites, canais do @YouTube e apps que divulgam notícias falsas, investimento ilegal e até conteúdo pornográfico em 2019. blogs.oglobo.globo.com/sonar-a-escuta…
O relatório foi feito por consultores legislativos e utilizou dados obtidos via LAI. O documento identifou 843 canais considerados "inadequados". Eles receberam 2.065.479 anúncios pagos pela Secom. Desse total, 47 foram apontados pelo relatório como sites que divulgam fake news.
Na reportagem de hoje, mostro como @petrobras e @Eletrobras pagaram por pelo menos 28 mil anúncios em canais do @YouTube que veiculam fake news, ataques ao STF e que defendem intervenção militar. Entre beneficiários, há blogueiros investigados pelo @STF 👇 blogs.oglobo.globo.com/sonar-a-escuta…
1- A reportagem foi feita com base em dados obtidos via LAI. Relatóriso das estatais mostram que canais como o Terça Livre, do blogueiro Allan dos Santos, e do blogueiro Bernardo P. Kuster, veicularam anúncios pagos pelas empresas. Os dois são investigados pelo STF.
2 - Allan dos Santos é um blogueiro que, na CPMI das Fake News, disse que não recebe verba pública. Os relatórios da Petrobras e Eletrobras, no entanto, mostram que o canal dele no Youtube veiculou 3.888 anúncios pagos com verba das estatais.