Camarote!

Aguardamos o senador Omar Aziz dar início a reunião.
Vamos iniciar nossa cobertura por aqui. #CamaroteDaCPI #CPIdaCOVID #CPIdaPandemia
Senador Omar Aziz (PSD-AM) dá início aos trabalhos e aguarda a chegada de mais senadores a sala.
Omar Aziz informa que a CPI da Covid já recebeu mais de 300 giga de informações, sendo ao menos 100 giga de documentos sigilosos.
A depoente Mayra Pinheiro já está na sala da CPI.
Omar Aziz informa que houve medida cautelar para médica Mayra Pinheiro.
Ela possui direito de permanecer em silencio quanto aos fatos ocorridos nos meses de dezembro de 2020 e janeiro de 2021.
Mayra Pinheiro está sob compromisso de dizer a verdade.
Mayra inicia sua fala pedindo permissão para fazer um relato de sua profissão. Registra que se sente honrada ao estar em frente aos senadores, sendo a primeira médica a atuar no trabalho com pacientes com covid-19 utilizando as medicações disponíveis.
Mayra faz a leitura do seu currículo, em que aponta que é médica, com especialização em pediatria. Reforça que possui 3 décadas de experiência como médica.
Recorda que somente quem está na linha de frente, sabe o que ocorre em um posto de saúde ou em uma UTI. Diz que continua trabalhando em plantões noturnos em um hospital de Brasília, mesmo tendo seu cargo no Ministério da Saúde.
Mayra afirma que foi convidada em 2018 por Mandetta, por quem possui imenso apreço, para atuar em frente a Secretaria de Gestão do Trabalho. Fala sobre a sua atuação, a declaração de emergência em 2020 e o treinamento de médicos para atuar com protocolos da Covid.
A médica também fala sobre cursos que foram oferecidos aos servidores da saúde com temas como saúde mental do idoso, saúde mental de adolescentes e saúde mental do trabalhador.
Mayra Pinheiro afirma que Manaus foi exemplo de pessoas que deixaram para trás famílias para salvar a vida de outras pessoas. Afirma que a cidade mostrou que eram precisos medidas mais eficazes, vacinas melhores e medicações para os que adoecem.
Senador Renan Calheiros (MDB-AL) inicia sua fala.

Afirma que principal dever e missão da CPI é fazer um julgamento justo, equilibrado e técnico. Reforça que a política deve ser resultante e não motivação do trabalho da comissão.
Renan lembra o Tribunal de Nuremberg, os comentários realizados até hoje se as penas de morte não deveriam ser penas de prisão.
Reforça que a CPI não é um tribunal de exceção, um tribunal de guerra.
Renan lê o trecho da Biblioteca Mundial sobre comportamento de Goering durante o julgamento.

[Sua fala é interrompida pelo senador Fernando Bezerra, pelo senador Marocs Rogério e pelo senador Heinze]
Após os atritos, Renan Calheiros segue sua avaliação.

Renan Calheiros diz que não se pode comparar uma barbárie como holocausto com a pandemia no Brasil que já matou 450 mil pessoas.
Reforça que não podemos dizer ainda que há no Brasil um genocídio, mas que há semelhança perturbadora no comportamento de alguns depoentes com o do marechal de Hitler.
Renan Calheiros pergunta sobre o que se trata o Tratamento Precoce.

Mayra diz que é tudo o que é disponibilizado de recursos farmacológicos e não farmacológicos para enfrentamento de uma doença.
Renan pergunta como foi instituído no Ministério da Saúde.

Mayra diz que não é só no Brasil. Todos os países e doenças possuem tratamento precoce.
Renan pergunta então sobre introdução do tratamento precoce sobre Covid-19 e uso de medicações como cloroquina, ivermectina e hidroxicloroquina.
Mayra inicia sua resposta, mas é interrompida pelo senador Flavio Bolsonaro.
Renan pergunta em quais pesquisas e trabalhos foram baseados os dados para tratamento precoce.

Mayra fala da nota orientativa número 9, afirma que as medicações foram usadas com autonomia médica e vontade do paciente.
Renan pergunta se Mayra fez pesquisas na área da infectologia, ela diz que não.

Renan pergunta se ela ainda integra o Conitec, ela afirma que sim.
Questionada qual origem do protagonismo de Mayra na definição do uso de cloroquina. Mayra diz que é médica, dentro do MS tem parte nas discussões. Afirma que trabalhos realizados em Manaus foram orientadores, para que MS pudesse recomendar em notas orientativas doses seguras.
Renan pergunta se recebeu ordens para isso, Mayra diz que nunca recebeu ordens e que a iniciativa dela não foi pessoal.

Perguntada se foi solicitado pelo presidente da república que ela protagonizasse o uso da cloroquina, Mayra afirma que não.
Renan pergunta porque material saiu do site do MS, Mayra diz que porque Queiroga decidiu acertadamente levar todo material para Conitec para proposta de protocolo clinico.
Sobre orientação da OMS retirada, Mayra afirma que a organização se baseou em estudos questionáveis, com uso em fases tardias da doença. Que o Brasil com técnicos, médicos e o CFM aderiram ao uso.
Renan pergunta novamente sobre insistência em não seguir OMS. Mayra diz que OMS falhou muitas vezes.
Omar complementa perguntando quais falhas. Mayra diz que OMS não decretou emergência em janeiro de 2020, mesmo cientes da situação na China. Responsabiliza OMS por essa decisão.
Fala sobre OMS não recomendar uso de máscaras, diz que isso foi responsável por milhares de contaminações.
Faz também levantamento do que ela afirma serem falhas como medicações para tuberculose.
Renan pergunta se Brasil não está obrigado a seguir a OMS.
Mayra diz que nenhum país é obrigado a seguir as orientações da OMS.
Renan pergunta, estando ela no Ministério, saberia dizer quem ordenou a produção da cloroquina pelo laboratório do Exército em 2020.

Mayra afirma não saber, que quem poderia dizer era Mandetta por ser ministro.
Renan solicita que transmitam áudio de um vídeo de maio de 2020.

Esse aqui:
Renan pergunta se Mayra concorda com a tese.
Mayra pergunta qual tese.
Renan reforça que a tese da imunidade de rebanho.
Mayra diz que essa fala apresentada era sobre pediatria, que erramos ao deixar as crianças fora da escola. Afirma que crianças tem menos chance de contrair a doença e transmitir.
Mayra afirma que falou sobre crianças, Renan reforça a fala da imunidade de rebanho.

Omar pede que Mayra seja objetiva, reforça que o vídeo ela não fala apenas sobre crianças mas também sobre comércio.
Renan pergunta se ela falou em outras ocasiões da tese de imunidade de rebanho, ela diz que não pode falar sobre isso fora do contexto.

Renan reforça se ela se manifestou em outros momentos sobre a tese de imunidade de rebanho, Mayra diz não lembrar.
Renan pergunta se ela teve contato com estudos. Mayra diz não lembrar.

Renan pergunta se Ministério da Saúde defendeu essa tese, Mayra diz que não.

Renan pergunta se essa tese foi discutida com ela pelo ministro ou pelo presidente da república, ela afirma que nunca.
Renan pergunta quais principais mudanças percebidas por Mayra com as mudanças na gestão da pasta, Mayra diz que deram sempre continuidade ao trabalho.

Renan pergunta em qual dos ministérios a posição dela foi mais marcante, ela disse que todas tiveram suas contribuições.
Renan pergunta se Presidente da República interferiu em sua permanência, ela diz que não.

Renan pergunta o que mudou de um ministro para outro, Mayra diz que as necessidades mudaram.
Renan pergunta da relação dos ex-ministros com presidente da república, ela diz que não pode responder sobre isso pois é subordinada apenas ao ministro.
Renan recorda o trabalho da secretaria gerida por Mayra, reforça que apenas 34% dos profissionais receberam treinamento. Pergunta o que ela fez em relação a esses números.
Mayra diz que decretação de situação de emergência foi decretada em 2020, que foram criadas três frentes, que banco de dados da Secretaria dá possibilidade do treinamento de acordo com a área de atuação, nas 14 categorias de atuação dos profissionais.
Renan pergunta se ela concorda ou discorda com os números. Mayra diz que essa é uma informação, que trabalho dela é ofertar mas que nãos e pode obrigar profissionais a realizarem.
Renan pergunta se ocorreu treinamento para testes rápidos, Mayra diz que essa não é área da secretaria dela, mas que existem esses cursos inclusive em parceria com ANVISA.
Renan pergunta se há trabalhos sobre saúde mental dos profissionais, Mayra diz que sim. Que se criaram ambulatórios especificamente em Manaus pra profissionais exauridos com psicólogos e psiquiatras. Diz que criaram programas para prevenção de suicídio e automutilação.
Renan pergunta qual motivação para que ela fosse enviada a Manaus. Ela afirma que por ser mais antiga e médica, que o papel dela era organizar recursos humanos em saúde. Que um dos motivos foi a necessidade de capacitar recursos humanos.
Ainda sobre Manaus, Mayra diz que foi solicitado em reunião que um dos secretários médicos fossem designados. Ela diz que entre o dia 28 e o dia do embarque foi organizada logística, mas foi difícil contato porque secretaria de saúde do Manaus estava em recesso.
Mayra diz que foram muitas demandas atendidas logo no primeiro dia em Manaus.

Perguntada sobre oxigênio. Mayra diz que não recebeu nenhuma informação enquanto esteve lá, inclusive foi um grande choque para ela.
Renan pergunta se q quantidade de oxigênio necessária pode ser calculada no prognóstico das internações, Mayra diz que quando estamos em estado de normalidade é possível, em situação como encontrada em Manaus, de caos, é impossível fazer previsão.
Renan pergunta sobre quando ocorreu chegada de oxigênio em Manaus, ela diz que não participou da compra, aquisição e logística do oxigênio. Diz que soube o que estava acontecendo, mas não participou diretamente.

Sobre quem fez a logística, diz que foram muitos ministérios.
Omar perguntou se ela atendeu algum paciente em Manaus.
Mayra diz que não atendeu.
Omar pergunta como faz parte da história da vida dela.
[Mayra não sou explicar como]

Omar pergunta do lançamento do tratamento precoce.
Mayra disse que não se lança tratamento.
Omar pergunta se a médica que deu nebulização de cloroquina para uma gestante teve treinamento, pois constava no banco de dados da secretaria.
Afirma que não está criminalizando ninguém, mas que isso aconteceu.

Mayra fica em silêncio.
Renan fala sobre estimativa de aumento de casos ligados as festividades de Natal e Reveillon.

Mayra diz que não tem como prever. Que não é da competência do Ministério da Saúde adquirir oxigênio.
Renan questiona quem negociou a chegada do oxigênio vindo da Venezuela.
Mayra diz não saber e não ter participado.

Renan pergunta quantos óbitos ocorreram. Ela não sabe.

Renan pergunta da importância da atuação dela. Ela diz que a atuação de todos foram importantes.
Renan pergunta se foram visitadas unidades de saúde para recomendar uso de tratamento precoce.
Mayra diz que não.
Renan pergunta se ocorreu orientação direta sobre uso de tratamento precoce. Mayra fala sobre nota número 9, transformada em nota número 17. Diz que MS orienta com base na orientação do CFM;.
Mayra diz que para enfrentar a doença que é grave, inimigo comum é o vírus e, por isso, todos os recursos devem ser utilizados.

Renan pergunta se ocorreu orientação direta em Manaus, Mayra diz que nota orientativa é para médicos de todo território brasileiro.
Renan pergunta se ela acha justo tratamento sem eficácia. Mayra diz que precisa saber diferença entre evidência e eficácia. Diz que em situação como essa se abre mão de evidências se tiver medicação segura. Afirma que há evidências sobre uso do tratamento precoce.
Renan pergunta sobre transferência de pacientes de Manaus para outros estados.

Mayra disse que participou da tentativa de transporte das crianças da UTI neonatal, não participou de transportes de adultos.
Renan pergunta se as ações foram tempestivas, Mayra diz que sim.
Renan fala sobre depoimento de Mayra a PF, responsabilizando autoridades locais.

Mayra confirma seu depoimento a PF.
Omar perguntou se ela recomendou ou não cloroquina. Mayra diz que não recomendou, mas que orientou.

Omar pede que ela explique a diferença entre recomendar e orientar.
Mayra diz que sua fala sobre ser inadmissível a não adoção do tratamento precoce era pelo que estava ocorrendo.
[Senador Marcos Rogério, mais uma vez, interrompe a fala de Renan Calheiros]
Renan pergunta se problema foi local.
Mayra diz que assistiu em Manaus desassistência e caos, que muitas unidades estavam fechadas e sem médicos. Diz que pode entregar o relatório a CPI.

Renan pergunta se MS teve alguma responsabilidade sobre os casos. Mayra diz que não.
Mayra diz que não havia separação dos pacientes, testagem e que causou estranheza a ela que os agentes de saúde foram dispensados de suas atividades. Que MS deu treinamento, termômetros e oximetros para que eles retornassem com triagem domiciliar.
Mayra diz que esteve em Manaus até dia 05 de janeiro de 2021, que Ministro da saúde soube em 08 de janeiro. Diz que não teve informação alguma enquanto esteve lá, afirma que perguntou ao secretário de saúde de Manaus e que ele disse que nem eles sabiam.
Renan entra no tema TrateCov, onde Pazuello afirmou que era de Mayra responsabilidade pela plataforma. Recorda do uso do mesmo em Manaus, pergunta se Mayra confirma o desenvolvimento.

Mayra diz que não pode falar sim ou não, pois precisa explicar para o Brasil o que é o TrateCov
Omar pede objetividade.

[Marcos Rogério interrompe Omar, Omar Aziz pede que senador o deixe falar e se pronuncie apenas na vez dele]
Omar pergunta, novamente, se ela foi responsável pelo TrateCov. Mayra volta dizer que precisa explicar.

[Marcos Rogério e Flávio Bolsonaro seguem tentando obstruir e interromper a sequência de questionamentos]
Repetida pergunta.

Mayra diz que a secretaria dela foi responsável pela criação do aplicativo.

Renan pede que ela explique o uso.
Mayra diz que chegaram em Manaus vendo caos, com muitos óbitos, que nesse contexto tinha superfaturamento dos leitos. Afirma que OMS fez declaração de que testes poderiam ter baixa sensibilidade de novas variantes.
Diz que cenário ideal para Manaus era criação de uma ferramenta médica similar a centenas de ferramentas que já existem no mundo e no Brasil. Cita aplicativo de São Paulo para Dengue.
Renan pergunta se esse aplicativo para dengue também receita cloroquina. Mayra diz que dengue não se trata com cloroquina.
Mayra diz que a finalização da plataforma começou a ser realizada no dia 11 de janeiro. Afirma que solicitou cadastros dos médicos de Manaus para aplicativo ser usado somente mediante cadastro.
Renan pergunta se foi Mayra que determinou parâmetros de entrada e indicações do software.

Mayra diz que os parâmetros são definidos pelas publicações do AndroCov. Que foram técnicos.
Renan pergunta se aplicativo foi apresentado antes ao Ministro. Mayra diz que foi apresentado em Manaus no dia 11 de janeiro.

Renan pergunta de Luciano Azevedo. Ela diz que ele fazia parte da secretaria.
Sobre o TrateCov, ainda. Mayra diz que foi realizada uma extração indevida por um jornalista e que foram feitas simulações fora de contexto epidemiológico.
Sobre a retirada do TrateCov do ar, ela diz que o aplicativo não foi colocado no ar, que foi indevido. Apresenta Boletim de Ocorrência e afirma ter relatório em mãos de peritos que confirmam invasão.
Renan pergunta se foi apresentado um aplicativo ou um protótipo. Mayra diz que foi apresentado um protótipo.
Renan pergunta porque foi apresentado protótipo não validado. Mayra diz que está validado pelos dados do AndroCov e que a secretaria orientou uso da ferramenta por ser útil no combate a covid.
Sobre profissionais que foram com ela para Manaus, ela diz não recordar mas que pode obter a lista para encaminhar a Comissão.

Renan pede que ela encaminhe os nomes.
Renan questiona sobre suposto hackeamento do TrateCov e o nome do responsável.

Mayra diz que responsável foi Rodrigo Menegat.
Omar pergunta se servidor que foi afastado tem envolvimento no hackeamento. Mayra diz que o servidor já retornou ao trabalho, pois não ocorreu dolo.
Renan pergunta se ocorreu alguma mudança no sistema.

Mayra diz que não foi hackeado, pois aplicativo era seguro. Que foi feita uma extração indevida de dados.

Renan pergunta se não houve alteração. Mayra diz que não, mas foi feito uso fora do contexto epidemiológico.
Renan pergunta se é possível ser fornecido código fonte do aplicativo que foi retirado do ar, em versão não hackeada.

Mayra afirma que sim.
Renan pergunta se foi orientado ao ministro envio ao Conitec antes das notas orientativas.

Mayra diz que estavam tratando de doença grave.

Renan pede objetividade.
Mayra diz que não orientou.
Renan questiona se alguém sugeriu que não fossem solicitadas, ela diz que não.

Renan pergunta da decisão da Conitec de não usar cloroquina, Mayra diz achar correto pois não há indicação de uso hospitalar.
Mayra diz que uso de cloroquina deve ser no início da doença.
Sobre declarações de Barra Torres de que não há recomendação da ANVISA para uso de cloroquina para covid-19.

Mayra diz que ANVISA é agência reguladora, que papel dela é esse. Que quem pede modificação de bula é a farmacêutica.
Mayra diz que as medicações são baratas e sem patentes, por isso não haveria interesse em contatar as agências reguladoras para mudança da bula.
Afirma que uso off-label pode ser realizado fora da bula.
Omar pergunta se tem estudo de utilização de cloroquina para crianças. Mayra diz que tem, mas que uso é para determinados casos e que há na nota orientativa.
Omar pergunta se não foi hackeado ou alterado porque foi retirado do ar.
Mayra diz que foi retirado para investigação.
Omar questiona porque ele não voltou pro ar, Mayra diz que está em fase para voltar a ser utilizado.
Omar volta perguntar se não ocorreu mudança alguma no protocolo, no aplicativo, porque segue fora do ar se é para salvar vidas. Reforça que, se aplicativo salva vidas, porque não devolveu para salvar as centenas de vidas amazonenses.
[Marcos Rogério diz que até ontem Omar era contra aplicativo, Omar pergunta se ele não entende ironia]
Senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) pergunta onde está a fundamentação para uso de cloroquina por crianças e gestantes.

Mayra diz que chamaram muitos profissionais para organizar a nota normativa, diz que na nota tem a lista das autoridades técnicas que deram seu parecer.
Eliziane pergunta porque não foi usado a nota da Sociedade de Pediatria. Mayra diz que Ministério não precisa ouvir as sociedades, que ouvem técnicos escolhidos pelo MS e o CFM que prevê autonomia médica.
Eliziane pergunta, então, se ouve técnicos que favoreçam opinião política do ministério. Mayra diz que as Sociedades dão opinião, mas não orientam.
Eliziane pergunta porque, então, ela fez referência a sociedade brasileira de pediatria se ela era contra uso de hidroxicloroquina por crianças.
Eliziane pergunta se as entidades citadas por ela não são ouvidas pelo MS. (Eliziane cita Rede de Mulheres Cientistas, Conselho de Profissionais de Saúde, entre outros).
Pergunta se Mayra não as considera Sociedades idôneas.
Mayra diz que não discutirá idoneidade, mas que MS não precisa se nortear por elas.
Eliziane pergunta mais uma vez se é considerada posição política dos técnicos. Mayra diz que ouve técnicos de carreira.
Eliziane volta questionar porque MS não ouve as Sociedades.

Mayra diz que MS não precisa
Eliziane pergunta sobre Conitec. Mayra diz que acredita que Conitec deve ser considerado.
Perguntada porque ela não esteve frente as decisões do MS e se comissão é considerada séria porque nãos e segue orientação da Conitec. Mayra diz que Conitec tem importante papel nas tecnologias e que não houve nenhuma manifestação da Conitec sobre uso off-label da cloroquina.
Eliziane pergunta sobre parecer da Conitec que coloca claramente não recomendação da hidroxicloroquina. Mayra diz que é consenso que medicação não deve ser usado em ambiente hospitalar. Ela volta reforçar uso precoce.
Eliziane pergunta se nunca sentou para despachar com presidente. Mayra diz que quem faz é o ministro, secretários não.

[Mayra diz que trouxe todos os trabalhos publicados sobre eficácia de medicamentos]
Omar suspende a reunião por 5 minutos a pedido de Mayra.
Voltamos!

Eliziane Gama pergunta se o apelido “capitã cloroquina” a incomoda.
Mayra diz que é errado, pois ela não é militar.
Omar diz que foi informado pela assessoria que o presidente Jair Bolsonaro postou um projeto que ele deu entrada e que mandou retirar pra analisar melhor. Afirma ter retirado a pedido de médicos.
Pede pro presidente não perder seu tempo com isso, mas ligando pros líderes internacionais pra conseguir mais vacina e salvar vidas.
Omar “compre vacina, não compre cloroquina, presidente”
Quem pergunta agora é Tasso Jereissati (PSDB-CE), de forma remota. Pergunta se ela e os médicos que trabalham com ela não acreditam nas orientações da Anvisa, da OMS e várias entidades de saúde, em quais eles acreditam?
Mayra diz acreditar em salvar vidas das pessoas diante de uma doença grave e incerta e buscar o que se pode ser usado causando menor malefício. Ela diz que poderia citar outras dezenas de países e entidades que usam protocolos clínicos com bons resultados.
Afirma que a letalidade das cidades que usam esses medicamentos é menor e que não se fala apenas de cloroquina ou ivermectina.
Tasso diz que são entidades oficiais e que espera só tomar medicamentos autorizados pela Anvisa. Segue citando o relato do senador Otto Alencar mostrando o que é a cloroquina, quer saber se essas medicações têm ações antivirais.
Mayra diz que sim, desde 2006 e diz que passará +
os estudos.
Tasso cede seu tempo todo para Otto Alencar.
Otto afirma que cloroquina é um antiparasitário. Quer saber se há medicação pra evitar sarampo, e outras doenças sem ser vacina. Diz que não existe e Mayra concorda.
Otto pergunta se há como aplicar remédio em paciente sem estudo in vitro e depois os estudos clínicos. Ele quer saber se ela sabe sobre as etapas, Mayra diz que sim. Otto lembra que isso não foi feito com a cloroquina.
Otto diz que hidrocloroquina não é antiviral em nenhum estudo sério. Lembra que a SARS e a MERS não foram tratadas com cloroquina. Afirma que sabe da boa intenção de Mayra e de seu currículo e que sua discordância é apenas científica.
*hidroxicloroquina

Lembra que não existe droga de escolha para a covid-19. Diz não ser crítico ao médico receitar, mas às ações do presidente. A insistência de permanecer no erro seria defeito de personalidade.
Cita também que o TrateCov e as recomendações de cloroquina no site do MS como desonesto. Diz que parece briga de religião ou futebol, mas que até mesmo o Ministro afirmou que a droga não funciona.
Otto diz que só há vacina, aquela negada várias vezes pelo presidente.
Mayra diz que há estudos que mostram o efeito da cloroquina como antiviral desde 2005.
Otto pergunta o primeiro caso. 1960. E diz que o vírus passou por mutação e são 7 cepas.
Mayra diz ser a favor das vacinas e usa a tuberculose como modelo. Quando crianças, tomamos a BTG, mas tem outra forma que pode infectar mesmo com vacina, então é necessário ter remédio.
Diz ter muita evidência, mas não se tem evidência 1A, que só acontecerá mais pra frente. Fala que estamos em guerra. Que esses medicamentos não curam e que os médicos deixam claro, mas que diminui os casos graves evitando o colapso.
Otto diz que não se pode usar cloroquina sem fazer eletrocardiograma.
Mayra diz que essas medicações são usadas há anos e que o Brasil é o maior celeiro de estudos dessas drogas na Amazônia. Diz ter usado o medicamento por anos por uma doença autoimune e que já se sabe+
a segurança dessas drogas. Trouxe um protocolo de uso de cloroquina pra chicungunha por 5 anos sem acompanhamento de eletro. Para o coronavírus seria atividade in vitro.
Marcos Rogério diz ter uma lista de medicamentos usados por governadores e prefeitos com mais +
efeitos colaterais que a cloroquina. Diz que ali estão todos como senadores, não médicos.
Mayra pede pra esclarecer a sociedade.
Omar diz que ela faz muitas palestras.
Fala agora senador Humberto Costa (PT-PE) diz que Mayra veio discutir o trabalho dela, não cloroquina. Sobre a secretaria que ela comanda, Costa diz ter criado quando foi Ministro. Diz que quem deve definir protocolos é a secretaria de vigilância em saúde, não sendo de sua +
competência. Quer saber quantos profissionais da saúde morreram.
Mayra diz que mais de 300 profissionais.
Humberto afirma que até 03/21, 1.292 morreram, sendo 622 médicos, enfermeiros 200, 470 auxiliares técnicos de enfermagens.
Quer saber se comparou os números do Brasil com outros países.
Mayra diz que é atribuição da vigilância.
Humberto diz que é dela e que no Brasil morre mais. Quer saber o que foi feito pra proteger profissionais da saúde.
Mayra diz que foram feitos cursos, incluindo de +
medidas de proteção individual.
Humberto quer saber quantos cursos foram feitos na atenção primária pra reabilitação.
Mayra diz que 25 cursos, parceria com universidades.
Sobre um espaço de negociação coletiva entre profissionais da saúde e o MS, isso teria sido desfeito durante a gestão de Mayra. Fala sobre uma pesquisa de 2020 com profissionais de saúde do SUS onde 63% afirmaram não haver EPIs, 73,3% afirmaram trabalhar + de 12 horas
69,3% disseram não ter tido treinamento. Há uma ação movida por abandonado dos profissionais de saúde.
Mayra cita alguns cursos, diz estar acompanhando profissionais de saúde em relação à saúde mental.
Humberto diz que os cursos não fazem nem cócegas. Sobre a atenção básica, outros países teriam controlado a pandemia assim, inclusive Cuba e Nova Zelândia. No Brasil, a atenção básica ficou apenas no fique em casa, sem nenhum suporte.
Sobre as funções dela, Humberto diz que ela não fez nada. Mas o que não era, Mayra estudou. Pergunta se houve remanejamento de profissionais para Manaus.
Mayra diz que sim e que foram feitos os cursos. Além da ampliação do Mais Médicos.
Humberto diz que ela é responsável pelo Revalida.
Mayra diz que é atribuição do MEC.
Humberto afirma que não. A criação do Mais Médicos foi junto ao MEC. Para concluir, sobre a imunidade de rebanho pra crianças. Em um vídeo, no entanto, ela fala sobre pessoas poderem ir trabalhar
Humberto diz que ela é uma das pessoas responsáveis pela situação do Brasil. Diz que a narrativa é que o remédio protege, as pessoas vão pra rua e transmitem pra outras.
Lembra que seu papel era de cuidar dos profissionais da saúde, mas ela assumiu a posição de defensora de um medicamento comprovadamente ineficaz.
Omar esclarece que na 1ª onda, Manaus recebeu médicos, na 2ª não. Agradece aos estados que receberam pacientes do AM.

Fala agora Marcos Rogério (DEM-RO). Diz que a cloroquina tem sido muito debatida na CPI apenas pelo lado do governo federal.
Acusa a CPI de demonizar os medicamentos. Afirma ter feito um levantamento de protocolos pelo Brasil e quer ouvir a opinião de Mayra sobre cloroquina e tratamento precoce. Começa por Alagoas, diz que no dia 20/05/21, o governo confirmou o protocolo de uso da cloroquina.
Na página 2, há uma lista de potenciais drogas, incluindo cloroquina e hidroxicloroquina. Pediu pra colocar no telão e elogia o Alagoas.
Sobre a Bahia, também há um protocolo de atendimento precoce. Em SP, também. Até 25/08, o governo teria distribuído cloroquina, mas não +
pode afirmar se foi pra tratamento desses pacientes. O protocolo do Amapá fala sobre atendimento precoce e cloroquina, Anitta, hidroxicloroquina, amoxilina e ivermectina.
Ele pergunta se o MS acompanhou as medidas dos governadores.
Mayra diz que o trabalho se resumiu em disponibilizar uma orientação segura segundo a nota do CFM. A nota n° 17 surgiu no contexto do estudo com doses altas de cloroquina em Manaus.
Ela diz que esse trabalho é o motivo da criminalização dessas drogas, além do trabalho da Lancet que teria sido fraudado. Ela afirma que pessoas poderiam ter sido salvas, mas o que acontece é perseguição.
Marcos Rogério diz que há um patrulhamento em Porto Seguro-BA. Ele pergunta se deixar de receitar poderia ter um efeito diferente. Fala que muitas pessoas chegam no hospital já quase morrendo por causa da política do fique em casa.
Omar pergunta a Mayra se estava errado, na época de Mandetta.
Mayra diz que hoje essa é a ideia errada e que a ciência evolui.
Marcos diz que essa não é a situação de hoje, que a narrativa até dentro da CPI é a mesma política do fique em casa.
Marcos Rogério diz que é negacionismo, narrativa criminosa e homicida que não deixa tomar tratamento precoce, que critica socorro médico. Fala que tem ouvido muitas histórias de pessoas que já chegam sem ar aos hospitais.
Senador segue afirmando que pessoas morreram na espera de atendimento, sem leitos de UTI, outros morreram no meio do caminho, outros foram entubados.
Mayra diz que por causa da perseguição aos médicos, escondem os protocolos.
Ela afirma que não consegue correlacionar os efeitos da cloroquina no combate à pandemia por causa disso.
Marcos quer saber o que mata mais: o remédio off-label ou negar tratamento? Diz que há estudos da PUC do Paraná que falam sobre as complicações da covid.
Omar diz ter dado 4 minutos a mais pra Marcos Rogério.
Marcos pede mais tempo.
Eliziane diz que o tempo tem que ser justo.
Marcos diz que na semana passada teve mais de 10 minutos de tolerância para a oposição.
Omar deixa Marcos terminar. Ele segue perguntando se com a remessa enviada aos estados e abertura de leito e que faltava médicos intensivistas. Marcos segue afirmando que médicos sem experiência trabalharam como intensivistas.
Fala que a letalidade em UTI subiu muito. Diz que estamos em guerra, mas alguns não pensam assim. Quer saber se os estados e municípios poderiam ter se organizado melhor para atender de forma correta os pacientes.
Mayra diz que há uma secretaria que analisa todos esses dados. Afirma ter estudos randomizados em mãos. Sobre os intensivistas, ela diz que será lançado um edital pra novas vagas de residência.
A dra. diz que o MS custeou 19 mil leitos de UTI. Para evitar o colapso, é preciso previnir.
Questão de ordem de Eliziane. Diz que se Marcos Rogério pode ter 15 minutos de pergunta e 15min de resposta, todos deveriam ter.
Omar diz que será mais rigoroso. Vai pedir pra secretária analisar quanto tempo Marcos Rogério falou.
Marcos diz que pode comparar com a semana passada.
Omar afirma que quem se inscreveu na lista fica chateado. Suspende a sessão por 30 minutos.
Voltamos!

Com a palavra, Jorginho Mello (PL-SC). Diz esperar que hoje seja o dia que a CPI vai vencer a cloroquina e vai investigar os desvios de dinheiro em estados e municípios. Ele quer saber em que estudos ela se baseou.
Mayra diz que primeiramente há uma experiência in vitro. Quer esclarecer que evidência é toda demonstração de ação de uma droga e eficácia tem a ver com a evidência clínica. Ela diz que a evidência clínica é uma evidência. Segue afirmando que há evidências.
Afirma que há um bom nível de evidência. Esclarece que as medicações são seguras e que podem ser reposicionados. Em contexto de pandemia, não se deve esperar o mais alto nível de evidência.
Senador quer saber se pessoas da família dela foi tratada com o remédio.
Mayra diz que sua família e ela mesma usaram.
Jorginho quer saber se o MS distribui ou se os estados e municípios pedem.
Mayra diz que fora do tratamento da malária, só com requisição formal dos estados e municípios.
Senador pergunta se Mayra conhece o parecer do CFM.
Mayra diz que sim e que foi baseada nela a nota n° 17.
Jorginho fala sobre o uso compassivo e pergunta se pode usar o remédio.
Mayra diz que essas drogas têm efeito benéfico na fase viral.
Sobre a nota informativa n° 17, quer saber qual a intenção do MS.
Mayra diz que foi produzida dentro de um contexto específico. O MS já sabia que médicos brasileiros e de outras partes do mundo usavam a cloroquina. Sobre um estudo feito em Manaus, ela afirma que a dose foi 4x +
maior do que o recomendado. Portanto, o MS, baseado no parecer do CFM, orientou doses seguras dessas medicações. Lá também tem referências que embasaram o documento.
Jorginho quer saber o porquê ela é a favor do tratamento precoce.
Mayra diz que a eficácia é dada a partir da comprovação por ensaios clínicos. Hoje, há vários estudos de metanálise que mostram que ela pode reduzir em até 24% as internações.
A dra. diz que essas medicações não curam a covid-19, mas que há possibilidade de redução de internamentos e óbitos.
Jorginho pergunta se Queiroga já fez um protocolo pro Conitec sobre cloroquina.
Mayra diz que esse protocolo inicial é para uso hospitalizar, não ambulatorial. Uma vez que a Conitec se manifeste, essas medicações vão poder ser usadas oficialmente ou descartadas.
Dra. diz que há 99 protocolos e que 73 contém a prática off label e que retirar essa prática seria fechar o SUS.
Senador pergunta se ela não tomou vacina e se é contra.
Mayra diz que no dia que ia tomar vacina, amanheceu com sintomas de covid, e está esperando os 30 doas+
entre a doença e a 1ª dose.
Jorginho pergunta o que a levou a defender o medicamento. Quer saber se ela tem os estudos e se pode deixar pra CPI.
Mayra diz que sim.
Dra. diz que prescrição é autonomia médica e que isso precisa ficar claro.
Omar lembra Jorginho que ultrapassou o tempo.
Senador pede mais um tempo e presidente concede. Jorginho pergunta se ela conhece o caso da Prevent Senior, que prescreve cloroquina.
Mayra diz que tem conhecimento de êxito e que recebeu contribuições.
Omar quer o percentual de óbitos da Prevent Senior.
Mayra diz não saber.
Aziz pergunta como ela sabe que foi um sucesso. Ele pede as informações da Prevent Senior.
Sobre a Conitec, até hoje não tem posição e já teve tempo o suficiente. Pede cuidado com receita de remédio.
Jorginho mostra uma nota técnica da Prevent Senior em que mostra a taxa de mortalidade acima de 70 anos seria 50% menor em SP.
Jorginho pergunta sobre lockdown. Lembra a citação de Mayra que afirma não ter comprovação científica, a não ser pra quebradeira.
Mayra diz que pode ser encontrada em várias publicações científicas e a OMS
[Humberto corta e diz que a OMS já desmentiu]
Jorginho pede pra Mayra +
seguir.
Mayra diz que desemprego e fome também é importante pro MS.
Fala agora Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Pergunta qual a opinião sobre imunização de rebanho e isolamento vertical.
Mayra diz que política de imunidade de rebanho é perigosa, pois pode induzir a uma quantidade grande de óbitos.
Randolfe fala sobre a declaração “eu tenho o melhor tipo de vacina, o vírus”
Mayra diz que existe os 2 tipos de imunidade. No contexto anual, a vacina está em fase 3 e com menor efetividade.
Randolfe pergunta se ela incentiva esse comportamento.
Mayra diz que sempre incentivou+
vacinação mesmo quem já pegou a doença.
Randolfe revela que a declaração é do presidente Jair Bolsonaro. Esclarece que essa é a imunidade de rebanho. Sobre os erros da OMS, ele cita as orientações sobre máscaras.
Mayra diz considerar isso um erro da OMS.
Randolfe pergunta das aglomerações do presidente sem máscara.
Mayra diz que não vai comentar sobre o presidente.
Randolfe diz que se ela considera isso um erro, aglomerações com milhares de pessoas, sem máscara, ela acha que isso influe.
Mayra diz que foi lá pra relatar fatos, não dar opinião.
Randolfe diz que opinião é torcer pra time de futebol.
Mayra diz que orienta todos a usar máscara e segue esses preceitos.
Randolfe diz que por esse raciocínio, o presidente cometeu um crime. Segue explanando as finalidades da Secretaria de Gestão de Trabalho e Educação e pergunta de elas foram desenvolvidas ao longo da pandemia.
Mayra diz que 3 ações do Brasil Conta Comigo.
Secretária segue falando sobre treinamentos.
Randolfe diz que levantamento da FGV mostra que a maioria dos profissionais não recebeu treinamento.
Mayra diz que cabe aos profissionais fazerem ou não esses treinamentos, que o MS disponibiliza.
Randolfe pergunta se 73% dos profissionais de saúde não quiseram fazer treinamento.
Mayra diz que não sabe se eles tiveram conhecimento e fala que a maioria não tinha tempo pra voltar pras suas casas.
Randolfe quer a opinião da Mayra sobre a Fiocruz.
Mayra diz que é respeitada e ajuda muito o MS.
Randolfe toca um áudio em que Mayra diz que há um pênis na porta da Fiocruz
No áudio, Mayra ainda fala que tem tapetes com Che Guevara. Ele quer saber se ela ainda pensa isso.
Mayra diz que foi um áudio vazado e que foi baseado em fatos.
Randolfe pergunta se já houve um pênis na porta da Fiocruz.
Mayra diz que houve um inflável.
Randolfe lembra que a Fiocruz é responsável pelas vacinas da AstraZeneca. Segue mostrando um doc de 07/01/2021 encaminhado para a Secretaria de saúde de Manaus em que a Mayra afirma ser inadmissível o não uso do tratamento precoce.
Mayra confirma.
Randolfe diz que essa confirmação contradiz o depoimento de Eduardo Pazuello ao dizer que o MS nunca recomendou cloroquina.
Mayra diz que recomendação e orientação é diferente.
Randolfe diz que há um problema com figuras de linguagem nessa CPI.
Senador quer saber sobre alteração de bula de remédios sem a Anvisa.
Mayra diz que é preciso passar pela Anvisa.
Randolfe pergunta sobre o dr. Luciano Dias Azevedo e dra. Nise Yamaguchi. Mayra diz conhecer somente Nise. Randolfe pergunta se ela soube da reunião para +
mudar a bula da cloroquina.
Mayra diz desconhecer.
Randolfe pergunta que países usam cloroquina.
Mayra diz que Cuba lançou recentemente um protocolo.
Randolfe quer saber porquê ela usou HC pra não responder sobre Manaus se teria sido uma honra essa missão.
Mayra diz estar respondendo a tudo e que o HC foi pra pedir respeito, já que viu os depoentes sendo destratados.
Randolfe pergunta se Mayra se recorda de alguma fala do presidente defendendo isolamento social.
Resposta: não.
Randolfe pergunta se o presidente se reuniu no MS
Mayra diz que foi apenas 1 visita no MS em que foram apresentados todos os planejamentos.
Randolfe conclui: em mais de 1 ano, o presidente fez apenas 1 visita.
Mayra diz que foi 1 visita que ela tava presente.
Randolfe quer saber se o presidente já defendeu isolamento.
Resposta: não.
Senador lembra que houve um consenso no início da pandemia: fazer de tudo pra que o vírus não chegasse ao seu país. No dia 24/03/20, o presidente foi à TV e ao rádio chamar a covid-19 de gripezinha.
Mayra quer deixar claro que ela só participou de 1 reunião com o presidente.
Fala agora senador Eduardo Girão (Podemos-CE). Diz que Mayra passou a semana passada sendo destratada por membros da CPI, afirma que ela respondeu todas as perguntas de forma sincera e acredita que a narrativa da cloroquina caiu.
Diz discordar das aglomerações do presidente e quando ele mostra o remédio pra população, mas que foi ai que a guerra política começou. Afirma que a história vai mostrar quantas vidas foram perdidas por essa politização.
Girão diz ter feito mais de 10 lives com médicos e que seu pai, com 77 anos, com muitas comorbidades, foi receitado por uma médica a triplicar a dose de ivermectina e que ficou assintomático.
Senador fala que a saúde do Brasil é tripartite e, portanto, todos os entes devem ser investigados. Diz que o que mais ouviu na rua foi pressão pra investigação do desvio de dinheiro. Quer saber se o FDA americano e outras agências só podem aprovar vacinas se não houver +
medicamento. Senador segue falando de lobby das big pharmas.
Mayra diz que pra se ter bula dos medicamentos reposicionados, é preciso que a indústria farmacêutica faça estudos, que são caros. Medicamentos sem patentes e baratos, dificilmente serão testados, afirma.
Diz que é bem mais interessante usar remédios mais caros.
Girão pergunta se é verdade que há centenas de estudos incluindo estudos clínicos randomizados demostrando que cloroquina e ivermectina diminuem índices de agravamento. Cita um estudo na Cidade do México.
Mayra diz que sim e é público.
Pergunta qual a opinião sobre os 14 mil médicos e outros no exterior que afirmam ter obtido resultado positivo.
Mayra diz crer que estão corretos e que no cenário de guerra é preciso usar tudo.
Girão fala agora sobre o Amazonas. A nebulização de hidroxicloroquina em Manaus teria matado uma paciente. Ele quer saber qual a verdade.
Mayra diz que não tem conhecimento e que há raríssimos +
estudos com a hidroxicloroquina inalada.
Senador quer saber sobre o caso de mortes por altas doses em estudo em Manaus. Agora segue falando sobre um estudo que a OMS teria se baseado pra não recomendar mais a droga.
Mayra explica que os autores foram bolsistas da Pfizer e da AstraZeneca. Diz que há conflito de interesse.
Girão pergunta o porquê a OMS concluiu que não há evidências científicas sobre a ivermectina, apesar do estudo mostrar que reduziu a mortalidade em 82%
Mayra diz que 2 posturas da OMS chamam a atenção. Quando a organização conduziu estudos e quando eles apontavam pra negativa, a OMS orientou o fim do estudo, não adaptação. Segue afirmando que isso é um desserviço.
Eduardo Girão diz que vários senadores infectados usaram esses medicamentos e inclusive senador médico indicando para senador.
Questão de ordem de Marcos Rogério. Diz que a Comissão Israelita do Brasil emitiu nota contra a comparação de Renan Calheiros às ações do governo nazista.
Renan diz que fez uma nota para responder e que o holocausto é incomparável, mas o negacionismo do governo federal e do governo nazista é o mesmo.
Com a palavra agora, Eduardo Braga (MDB-AM). Diz que não se trata em ser a favor ou contra determinado tratamento, mas de evitar mortes de forma científica. Braga fala que mais de 150 mil brasileiros morreram desde o início da CPI e que seu estado foi o mais afetado.
Braga diz que o currículo de Mayra o impressionou. Pergunta se ela tem algum trabalho científico publicado.
Mayra diz que sim e em várias áreas.
Braga pergunta se na área de medicamento.
Mayra diz que não.
Braga pergunta como ela pode ter autoridade pra falar sobre medicamentos.
Mayra diz que como médica, ela conhece muitos medicamentos e que esses são prescritos por ela desde que se formou.
Dra. diz que não precisa de grandes estudos pra provar segurança desses medicamentos. E medicina baseada em evidência é usada nas teses e dissertações.
Braga enfatiza que ela não tem nenhum trabalho publicado sobre esses medicamentos. Diz que usou cloroquina no tratamento +
de malária e sabe os efeitos colaterais. Se diz assustado que um médico sem nenhum trabalho publicado fique receitando esses medicamentos.
Lembra que há vários trabalhos publicados por cientistas sérios. Sobre a área de gestão, senador Braga fala sobre o programa Brasil Conte Comigo. Quer saber quantos médicos treinados.
Mayra diz que treinamento é voluntário e não foram médicos.
Braga questiona o porquê as Universidades Federais não fizeram curso intensivo.
Mayra diz que houve um curso.
Braga pergunta se houve algum curso no Amazonas na área de intubação.
Mayra diz que sim.
Braga diz que no site não especifica quantos médicos foram treinados pra intubação, mas que 7 mil foram treinados. Ele pede essa informação, porque faz diferença se a equipe é bem treinada pra intubação e tratamento de covid.
Senador lembra declaração de Mayra de ter se assustado com o que encontrou em Manaus e quais as providências que ela tomou.
Omar pede as datas, pois houve troca de prefeito.
Mayra diz que a prospecção foi feita por técnicos do MS, não pessoalmente por ela.
O cenário seria de caos, com unidades fechadas com cadeado e correntes. Diz que o relatório tem fotografias provando. As unidades não tinham medicamento, nem triagem organizada pra suspeitos de covid. Diz ter tido oportunidade de visitar hospitais em Manaus e encontrou pacientes+
e familiares pedindo socorro, os profissionais super saturados, pacientes com 25 anos (e aí ela percebeu a cepa) com quadros atípicos, graves.
Braga quer saber que providências foram tomadas.
Mayra diz que todas as secretarias tiveram núcleos em Manaus.
Teriam ampliado o n° de médicos do Mais Médico, liberados recursos, envio de medicamentos, programa de treinamento de profissionais que não estavam trabalhando pra auxiliar no isolamento de pacientes.
Braga diz que ela não falou que as unidades de saúde funcionaram +
de segunda à sexta. E quer saber como uma técnica com esse nível de formação não percebeu que ia faltar oxigênio com esse quadro que ela mesma relatou.
Mayra diz que falou que não há como prever quantos metros cúbicos vão ser necessários e não é atribuição do MS.
Braga repete a pergunta. As pessoas pediam socorro à Mayra por falta de atendimento. Diz que foi pra CPI pra entender como todo o MS, numa gestão tripartite, está presente em Manaus e ninguém percebeu que ia faltar oxigênio.
Senador diz que ninguém irá convence-lo que não tinham conhecimento, pois todo mundo via o colapso no estado. Cumprimenta a Mayra por defender vacinação, distanciamento, máscara e atendimento adequado.
Braga diz que Eduardo Pazuello pediu desculpas por ter entrado no shopping em Manaus sem máscara, mas dias depois estava sem máscara em um palanque aglomerando. Deseja que ela tenha mais firmeza que Pazuello.
Omar pergunta sobre os voluntários que foram a Manaus com ela.
Mayra diz que foram em 2 momentos: do dia 03 ao dia 05, a partir do dia 11 foram feitas as prospecções em unidades de saúde.
Com a palavra agora senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Pergunta porque as notas contrárias ao tratamento precoce foram ignoradas.
Mayra diz que o MS não precisa fazer orientações com base em outras instituições.
2871 estudos, segundo o senador, foram feitos. Fala sobre a pirâmide de evidência.
Mayra diz que não há ainda nenhum estudo no topo e que leva muito tempo. Afirma que o problema dos estudos randomizados que ela tem é o pequeno número de pessoas.
Senador segue: foram encontrados 14 estudos com as características de excelência. Nenhum indica benefício da cloroquina. Diz que o estudo de Manaus teve o caso no CFM e no MP arquivado. Ele pergunta se ela sabia.
Mayra diz que sim.
Alessandro diz que é uma pena que ela não +
tenha lembrado disso em outros momentos que citou o estudo e chama de desonestidade intelectual.
Mayra diz que o estudo chama atenção, pois só recebeu parecer depois do estudo pronto.
Senador diz que isso deve ser debatido com o CFM e o MP.
Mayra diz que as 22 vidas perdidas importam.
Alessandro diz que todas as mais de 450 mil vidas importam e que o isolamento social poderia ajudar a diminuir esse número. Senador pergunta se as notas sobre a cloroquina foram feitas durante a gestão Pazuello.
Mayra diz que coincidiu, pois o estudo foi feito em abril de 20.
Alessandro quer saber quem auxiliou na confecção da política de combate a pandemia.
Mayra diz que cada secretaria tem técnicos.
Na área de infectologia, Mayra cita 1 médico.
Alessandro pergunta se ela relatou o caos em Manaus a Pazuello.
Mayra diz que diariamente.
Senador fala que no dia 15/01 na reunião sobre a intervenção federal em saúde em Manaus, o presidente e Pazuello sabiam do caos.
Mayra diz que sim. Que falava todos os dias.
Alessandro pede esclarecimento sobre a diferença entre autonomia do médico e política pública.
Mayra pede pro senador ser mais claro.
Alessandro pergunta se ela acha que são coisas diferentes.
Mayra diz que sim.
Senador pergunta sobre o TrateCov, que Mayra apresentou no dia 11/01 falando que todos podem baixar. Sobre o estudo que baseava o app, Alessandro diz que foi avaliado como baixíssima credibilidade.
O dono do trabalho não teria sido consultado.
Mayra diz que não precisava, pois é público.
Alessandro repete que o dono do trabalho afirmou que o app não foi feito pra indicar remédios e que qualquer um era diagnosticado com covid-19 e com indicação
automática de medicamentos.
Mayra diz que há mais de 300 ferramentas.
Alessandro pergunta se todas receitam remédios.
Mayra diz que há uma ferramenta pra tratar dengue.
No contexto de caos em Manaus, resolveram criar essa plataforma pra adiantar o diagnóstico. Afirma que ninguém vai usar pra simular situações com cachorro, gato, gestantes e crianças e que na plataforma há esse aviso. Diz que uma pessoa usou de forma indevida e fez simulações +
indevidas e tiradas do contexto. Por causa das denúncias, foi criado uma conotação que o governo queria usar pessoas de cobaia.
Alessandro diz que chama atenção que as maiores entidades médicas dão suas opiniões e todos eles estão equivocados. Alerta que as pessoas se deixam seduzir pelas teorias conspiratórias e que essa tese vai na linha de que existe um complô mundial pra negar remédios +
por interesse das big pharmas. Vieira diz que ela menciona estudos, mas até agora não detalhou. Lamenta que a política pública brasileira seja conduzida dessa forma.
Pergunta se ela sabe que a venda do remédio dá a impressão que as pessoas podem relaxar as outras medidas. Reforça que tem certeza da boa intenção, mas faz um chamamento à razão, pois não faz sentido que o mundo inteiro queira matar sua população.
Palavra agora do senador Rogério Carvalho (PT-SE) de forma remota. Afirma que o MS é o responsável pela coordenação do SUS. Sobre as visitas às unidades de saúde, Rogério mostra um vídeo em que o governador do AM fala que a dra. Mayra estava percorrendo unidades de saúde.
Mayra também pede pra que médicos prescrevam o tratamento precoce. Sobre a imunidade de rebanho, há um 2° vídeo onde Mayra fala que o isolamento social atrapalha a evolução natural da doença. Em um 3° vídeo, sobre o Mais Médicos, Maya criticou o programa.
Diz que o pênis na porta da Fiocruz na verdade é o símbolo da instituição.l, em forma de castelo. Sobre a indicação de cloroquina para crianças, o senador diz ter um vídeo que mostra a Sociedade Brasileira de Pediatria não recomendando o uso de cloroquina.
No 4° vídeo, Mayra diz que criaram pânico contra a cloroquina e a ivermectina e que precisa acabar com a politização. O remdesivir, segundo ela, é muito caro. Senador lembra que a dra. afirmou que o CFM liberou médicos a usarem off-label. No artigo 32, do Código de Ética Médica +
deixa explícito que drogas podem ser receitadas diante comprovação científica. Cita um estudo do Lancet que mostra aumento de mortalidade de pacientes que usaram cloroquina.
Senador diz que em 2016, o CFM lançou um alerta para o uso de uma droga contra o câncer sem comprovação científica - chama a atenção pra mudança de postura.
Para que uma droga tenha fé pública, ela precisa passar por vários estudos, diz senador, e depois passar por agência reguladora. Lembra que os fabricantes não recomendam o uso da cloroquina pro tratamento contra a covid-19.
Rogério pergunta diante dos fatos apresentados: defende o isolamento social?
Resposta: sim
Uso de máscara?
Sim
Vacinação em massa?
Sim
Imunidade de rebanho?
Não pra grandes grupos populacionais.
Ele quer saber o porquê ela não pediu demissão ainda já que o governo aglomera, é contra isolamento social, proíbe uso de máscara e não investiu nas vacinas. Conclui dizendo que o governo não tem efetividade na área de prevenção com métodos não medicamentosos.
Segue dizendo que o governo não tem campanha de orientação sobre a pandemia. Diz não ver preocupação com as pessoas que saíram da covid com sequelas, não pensando na reabilitação.
Rogério finaliza dizendo que nós brasileiros estamos largados a própria sorte e que todos do governo que depõe na CPI estão ali pra blindar Jair Bolsonaro.
Mayra diz ter entendido que Rogério fez perguntas.
Senador diz que foram feitas 4 e que ela respondeu.
[Girão gritou algo pro Rogério, que pediu respeito]
Rogério diz não é Girão que vai dizer como ele deve se portar, foram feitas 4 perguntas.
Mayra pede respeito, diz que está sendo acusada de mentirosa.
Omar diz que isso não aconteceu.
Mayra grita fora do microfone que todo mundo aqui é chamado de mentiroso.
Fala agora Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Mostra um relatório em que a campanha de vacinação no Brasil é citado como bom e que nesse ritmo, a possibilidade de 3ª onda diminui.
Diz que vários bancos já mostram que o crescimento do PIB será maior que 4%. Registra ainda que a OMS classificou a distribuição global de vacinas como escândalo de desigualdade.
Senador diz que a dificuldade da vacina é pela demanda global. O MS distribuiu mais de 90 milhões de doses de vacina e em maio ultrapassaremos a marca de 100 milhões de doses. Em junho, devemos ter mais de 52 milhões de novas doses.
O líder do governo diz que no 3° tri são mais de 100 milhões de novas doses, pra vacinar os maiores de 30 até o final de setembro.
Sobre a oitiva, senador salienta que a finalidade é elaborar e propor políticas de desenvolvimento profissional da área da saúde, além de educação.
Senador segue falando sobre o Brasil Conta Comigo, lançado pela secretaria de Mayra. Foram quase 80 mil residentes contemplados, segundo ele. O Brasil Conta Comigo Acadêmicos tratou com alunos do último ano das áreas da saúde.
Foram cadastrados mais de 1 milhão de profissionais no Brasil Conta Comigo Profissionais. Em cursos de capacitação, foram mais de 345 mil profissionais certificados.
Bezerra Coelho diz que a participação de Mayra foi importante. Fala que a questão do tratamento precoce foi respondida com calma, ao fazer a defesa da liberdade do médico.
Diz que outros países usam o tratamento precoce. Que a CPI se apoia em 3 argumentos: isolamento social que não foram feitos adequadamente (diz ter estudos que mostram que o isolamento foi maior na América Latina), tratamento precoce (se tivesse sido usado com maior intensidade+
poderíamos ter menos mortes, segundo ele) e atraso da vacina (que pode ter havido atraso, mas não houve dolo, diz). Fala que o governo contratou mais de 600 milhões de doses da vacina e que o que a gente enfrenta aqui no Brasil, o mundo todo enfrenta.
Omar avisa que ele ultrapassou o tempo.
Bezerra Coelho diz que vai ser reconhecido depois dos trabalhos da CPI a aposta na AstraZeneca através da transferência de tecnologia.
“Anote, senador Renan Calheiros, o Brasil vai exportar a vacina até o final do ano” diz Fernando Bezerra Coelho
Fala que os comentários de Mayra sobre a Fiocruz foi respeitosa, ela apenas teria criticado a falta de impessoalidade no ambiente de trabalho.
Omar pergunta se ela defende tratamento precoce.
Mayra diz que defende que o médico use tudo o que tiver disponível
Omar repete a pergunta
Mayra diz que no início da doença.
Omar mostra que ela defende tratamento inicial, não tratamento precoce.
Fernando Bezerra Coelho pede pra não distorcer as palavras.
Omar diz que ela nunca defendeu o tratamento precoce e sim inicial.
Fala agora Luiz Carlos Heinze (Progressistas - RS). Destaca a presença de deputados bolsonaristas.
*deputadas bolsonaristas

Diz querer cumprimentar os mais de 14 milhões de recuperados, que chama de “número impressionante”. Sobre o estudo da Lancet, Heinze diz que não é crível.
Diz que a gerente de vendas era atriz pornô e que nenhuma autoridade médica pediu o estudo. 150 cientistas fizeram uma denúncia contra o estudo e a retratação da revista.
Omar pergunta a data da publicação.
Heinze diz que maio de 2020.
Omar pergunta se há algo depois.
Heinze diz que vai continuar. Sobre a pesquisa de Manaus em que 22 pessoas morreram, ele afirma que é criminosa.
Senador pergunta sobre os 2 pesquisadores que foram financiados pela Pfizer e pela AstraZeneca.
Mayra diz que é da revista Nature.
Heinze pede desculpas. Além da pesquisa de Manaus, uma outra pesquisa foi feita na mesma cidade e um dos autores foi Luiz Henrique Mandetta.
Diz que vai pedir informações se houve dinheiro público. Afirma que esses estudos criminalizaram a cloroquina e chama as duas pesquisas de fraudulentas.
Afirma estar buscando informação se foi arquivado pelo CFM. Diz ter designado um especialista pra falar sobre esses estudos à CNN. Diz que Reino Unido nem EUA adotam tratamento precoce e a taxa de letalidade é maior que da China, que vacinou pouco mas usa o tratamento.
Heinze segue dizendo que a letalidade do estado do Amapá é 1.5, no Amazonas, 3.4, no RJ, 5.9. Pede pra que especialistas, principalmente o prefeito de Porto Feliz pra explicar o que foi feito.
Senador diz que há indicação contra chiqungunia e zika vírus, portanto com ação antiviral. Diz que são 30 países que usam a cloroquina e pede o fim da criminalização dos médicos.
Segue dizendo que há 16 vacinas brasileiras em andamento e que há laboratórios que querem produzir vacina.
Questão de ordem de Marcos Rogério: a Ordem do Dia já começou. Pede pra encerrar a sessão.
Omar diz que ainda tem 9 senadores inscritos. Afirma ter recebido uma mensagem da mesa diretora pedindo pra encerrar. Pede desculpas.
Comunica que amanhã terá votação de 402 requerimentos. Recebeu um comunicado assinado pelo ls governadores do DF e do PI solicitando esclarecimento de abrangência do requerimento aprovado.
Omar diz que a CPI é muito clara: repasses de verba federal pros estados combaterem a covid. Pedem informações aonde essas verbas foram aplicadas. Pra amanhã, pautado a convocação de 9 governadores já investigados pela PF e 12 prefeituras, a maioria ex-prefeitos.
Presidente afirma que todos querem evitar mais mortes e que esse é o papel da CPI, não crucificar ninguém.

Todos convocados pra amanhã 9h30.
Sessão encerrada.

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More from @camarotedacpi

26 May
🚨 | O cronograma dos próximos depoimentos da CPI da Covid já está disponível!

Dia 1/06
- Nise Yamaguchi - médica oncologista e imunologista;  

Dia 2/06  
- Clóvis Arns da Cunha - Professor de Infectologia UFPR e Presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia
-  Zeliete Zambom, Médica de Família e Comunidade, Professora da Faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic e Presidente Sociedade Brasileira Medicina de Família e Comunidade

- Átila Iamarino - Biólogo e pesquisador, formado em microbiologia (@oatila)
Dia 8/06
- Élcio Franco -Ex-secretário executivo do Ministério da Saúde

Dia 9/06
- Nísia Trindade -Presidente da Fiocuz

Dia 10/06
- Fernando de Castro -Presidente da União Química

Dia 11/06
- Cláudio Maierovich, médico sanitarista e ex-presidente Anvisa e da Fiocruz
Read 6 tweets
26 May
👥 O que dizem os governadores que serão convocados a depor na CPI da Covid?

A BBC Brasil apurou o posicionamento de alguns deles sobre as investigações pela Polícia Federal e convocação pela Comissão, e você acompanha neste fio.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, é investigado por causa da compra de 28 respiradores, sem licitação, de uma empresa de vinhos, em meio ao colapso de saúde no Estado.
Em uma nota divulgada à imprensa, o governo amazonense afirmou que "aguarda o desenrolar e informações mais detalhadas da operação que a Polícia Federal realiza em Manaus para, posteriormente, se pronunciar sobre a ação". Lima ainda não se pronunciou sobre a convocação à CPI.
Read 8 tweets
26 May
Boa tarde, CPI Lovers

Ontem foi o depoimento de Mayra "Capitã Cloroquina" Pinheiro.

E uma coisa chamou a atenção de todos aqui no Camarote: o laudo pericial sobre a 'invasão' do TrateCov
Em suas respostas sobre o aplicativo (de diagnóstico de Covid-19, baseado em trabalho pouco relevante publicado a toque de caixa, e que ao inserir quaisquer 2 sintomas, receitava hidroxicloroquina e ivermectina, sabidamente ineficazes), algo interessante aconteceu.
Ela primeiramente alegou que houve 'hackeamento' e 'crime cibernético'.

Confirmou ainda que foi registrado um boletim de ocorrência, ratificando informação já fornecida pelo ex Ministro Eduardo Pazuello na semana passada. Image
Read 18 tweets
26 May
CPI Lovers, o live tweet de hoje não vai acontecer, mas a gente vai selecionar essas discussões acaloradas pra vocês 👀🍿
O senador @randolfeap apresentou seu requerimento para convocação de Jair Bolsonaro e Marcos Rogério não gostou muito
“Isso que a gente fez uma reunião para tentar entrar num acordo” @OmarAzizSenador
Read 10 tweets
26 May
Quem são os governadores e prefeitos cujos requerimentos de convocação serão pautados na sessão deliberativa da CPI da Covid de amanhã?
O critério de escolha dos gestores foi definido pelos locais onde houve operações da Polícia Federal para investigar mau uso do dinheiro destinado ao combate à pandemia. São 10 governadores e 07 prefeitos/ex-prefeitos.
Os Estados alvos são: Waldez Góes (PDT), do Amapá; Wilson Lima (PSC), do Amazonas; Helder Barbalho (MDB), do Pará; Cláudio Castro (PSC), do Rio de Janeiro; Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul; Marcos Rocha (PSL), de Rondônia; Antonio Denarium (sem partido), de Roraima; +
Read 6 tweets
25 May
Verdade ou mentira?
O @JornalOGlobo realizou verificação das alegações apresentadas por Mayra Pinheiro na CPI da Covid, e você confere agora quais são as mentiras ou verdades no depoimento da "Capitã Cloroquina".
"O Ministério da Saúde nunca indicou tratamentos (com medicamentos como a cloroquina) para a Covid"

É mentira! Image
"Ao longo da sua existência, a OMS já fez recomendações que são condenáveis, como, por exemplo, que mulheres portadoras de HIV amamentem seus filhos, sabendo do risco de transmissão"

Não é bem assim! Image
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