O que música e resposta imunológica tem a ver? 🤔
O @wasimvacinas trouxe um lindo fio, explicando para todos nós entendermos como a resposta imunológica acontece!
Liga o som, e acompanha conosco! 🧶
Hoje, o @daniel_bargieri me contou sobre um imunologista incrível graduado em música, que fez pós em Imunologia no ICB (surpresa pro futuro).
Decidi fazer uma alusão a orquestras e para explicar os anticorpos gerados pelas vacinas. Espero que gostem!
Imagine um conservatório de musica que está recebendo vários alunos para se apresentar em um evento chique.
Todos os alunos que se interessam por música foram selecionados e matriculados para ter aulas, mas nem todos sabem qual instrumento devem tocar.
Os alunos, então, são apresentados a todos os instrumentos: de corda e de sopro, e de percussão, excluindo os eletrônicos.
Alguns tocam bem, outros tocam mal, alguns quebram os instrumentos de raiva, outros tocam mal, mas querem aprender.
Os que quebram os instrumentos, obviamente, são expulsos do conservatório. Isso tudo acontece em uma sala para instrumentos de sopro e corda, e na outra, de percussão.
Então, o professor ensina todos a tocarem uma mesma música: a abertura do 2001, uma odisseia no espaço.
Chega o dia de todos os alunos se apresentarem juntos no salão principal para um evento, mas agora com um maestro-professor.
Todos tocam bem a música, mas alguns erram algumas notas, o que é tudo bem, porque tocaram a musica completa!
Mas, pô, a orquestra tem de tocar lá em Nova Iorque, com uma platéia bem rígida e nervosa com alguns erros. Os alunos devem praticar pra se aperfeiçoar, mas os que mais erraram são excluídos da banda :/. Por incrível que pareça, os percussionistas não erraram e, assim, continuam.
Chega o dia da apresentação em NY. Todo mundo chique e preparadíssimo. A plateia gosta, mas umas pessoas não. Dentre elas, estão críticos renomados internacionalmente, vindo de vários lugares do mundo.
Esses críticos detonam a orquestra, mas falam exatamente no que erraram.
Assim, detonam na verdade o pessoal do instrumento de sopro e de corda.
É gosto individual, e a maioria deles ama a percussão, porque nunca erra.
Agora, vamos pra explicação imunológica!
O conservatório é o seu sistema imune. Os alunos são linfócitos não diferenciados.
Quando escolhem tocar instr. de cordas e sopro, se diferenciam em linfócitos B.
Os que escolhem percussão, linfócitos TCD8+.
O primeiro professor é o linfócito TCD4+. A partitura da música +
é o antígeno da vacina, que só foi levada ao professor pelo secretário, a chamada célula dendritica!
A primeira exposição a todos os instrumentos dos 2 grupos (antes mesmo dos alunos chegarem ao professor +
e aprenderem a música) são os órgãos linfoides primários - para os Linf. B, é a medula óssea, e pros Linfocitos T, o Timo.
Quando eles já sabem tocar os instrumentos, eles vão pra outra sala aprender a música (doença). A sala são os órgãos linfoides 2arios - baço e linfonodos.
Essa eliminação de Linfocitos malucos, que destroem tudo, é chamada de tolerância imunológica, e ela é importante pra saber quais linfócitos não vão atacar o próprio corpo.
Se isso falhar, causa uma doença autoimune, como a Diabetes Mellitus Tipo 1.
O primeiro ensaio é o resultado da vacinação. Ou seja, demos o antígeno, ensinamos todo mundo a tocar a música, mas a banda precisa melhorar. O segundo evento é a 2a dose.
O maestro-professor do primeiro evento é a célula T Folicular (TFh), que vai aperfeiçoar os Linfocitos B,
pra tocarem melhor (maturação de anticorpos).
Os instrumentos de sopro e cordas são dois tipos de anticorpos.
Aqui, como to falando de uma doença viral, como a COVID-19, temos a ação de anticorpos IgG e IgA.
Mas, para outras doenças, podemos ter só um tipo de anticorpo.
A apresentação lá em NY é a exposição ao SARS-CoV-2, o vírus causador da COVID-19.
A plateia feliz são os vírus que foram eliminados do corpo. Os críticos, as variantes de preocupação do vírus.
Lembram que os percussionistas foram todos bem?
Essa é a resposta celular +
mediada pelos Linfócitos TCD8+. Os musicistas que tocaram muito bem são os anticorpos neutralizantes.
Os que tocaram muito mal, sao os não-neutralizantes, que são super criticados. Anticorpos compõem a imunidade humoral.
Viram como a resposta celular foi bem com as variantes?
Então, é o que esperamos e vemos na COVID-19, pós-infecção natural ou pós-vacinação. O problema é que a infecção natural é nada controlada.
É como se o professor, e os alunos que tocam os instrumentos, fossem mal preparados. Já fossem lá do primeiro ensaio direto pra NY.
Eles vão acabar se encrencando e deixar a plateia frustrada por ter pago 300 dólares pra ver esse concerto que não vai estar 100%.
Dá pra ir mais longe e falar sobre pacientes com sintomas leves, graves e morte tambem, e isso depende dessa orquestra.
Tem orquestra que, mesmo mal preparada, até que vai bem! Mas, não dá muito pra botar fé nisso, né?
E viram que nem todos os anticorpos se saíram bem? Então, temos anticorpos neutralizantes que funcionam para diversas variantes, porque conseguem tocar o coração do crítico kkk
Quer que sua orquestra continue sendo incrível e vá para Paris, Hong Kong, etc etc? Então, tome vacina sempre!
Cada vacina, cada partitura da música, é diferente. Seu corpo precisa aprender a tocar e a treinar muito bem isso, para não passar por uma encrenca grande!
E aí? Gostou desse fio? Vamos todos deixar nossa orquestra tinindo com a vacinação, combinado? #TodosPelasVacinas
Nosso painel que trata das variantes do SARS-CoV-2 acaba de ser atualizado, agora com dados até a semana de 16/01/2023 a 22/01/2023:
Mesmo com dados bem atualizados, é importante lembrar que a quantidade de amostras sequenciadas nos últimos dias é bastante pequena.
Vejam aqui o gráfico do Brasil, onde fica fácil de perceber que a quantidade das amostras referentes a janeiro de 2023 é muito baixa:
Também temos uma página específica para acompanhamento da XBB.1.5 (nesta imagem, filtrado novamente para o Brasil).
Nesta mesma página do painel podemos acompanhar todos os sequenciamentos cujo resultado foi a Omicron (qualquer sub variante), para ver como temos várias:
Esperamos que este ano seja mais tranquilo para todos nós!
Vamos iniciar com um fio rápido para vermos a situação da #mpox no Brasil? 🧵 //1
Até o dia 03/01/2023 temos 10.544 casos totais notificados, lembrando sempre que a primeira notificação se deu em 27/06/2022, onde 20 casos foram inseridos no boletim nacional. //2
Conseguimos ver algumas coisas ao olhar o gráfico do país todo:
- Vemos uma queda bem lenta na notificação dos casos, é praticamente uma estabilidade, mas com tendência de queda;
- Tivemos uma redução estranha de casos totais no final de 2022, (provável erro de notificação); //3
Com os dados de mpox atualizados até 28/11/2022, vemos que os casos continuam surgindo em uma quantidade considerável na região Nordeste do país, sendo 42% dos casos do Nordeste no estado do CE: +
Além disso, a região Norte também teve um aumento recente, no começo de novembro/2022.
68% dos casos estão no AM: +
Quando olhamos o Brasil como um todo, vemos que a região Sudeste é a região com mais casos(41% de todos os casos do país foram notificados no estado de SP).
Percebemos também que há uma tendência de estabilidade, muito provavelmente trazida por esse espalhamento em mais regiões.+
Olá, pessoal! Aqui é o @schrarstzhaupt, trazendo pra vocês mais uma atualização dos dados de #Monkeypox, agora com os números atualizados até o dia 07/11/2022.
Sigam o fio para vermos juntos: 🧵 //1
O Brasil tem 9.475 casos notificados até o momento (07/11/2022), e a gente consegue ver um aumento meio brusco nos últimos dias quando olhamos os dados do país como um todo (marquei no gráfico): //2
Ao analisar estado por estado, vemos que alguns locais se destacam, com um lançamento de casos abrupto. Vejam o DF, que lançou 18 casos no dia 07/11/2022, mas vinha lançando 3 a 5 casos por dia.
Lembrando: isso é por data de notificação, então pode muito bem ser represamento!//3
Chegamos a 9.026 casos confirmados de Monkeypox no Brasil até 24/10/2022.
Hoje (25/10/2022) tivemos mais um óbito, nos fazendo chegar a oito óbitos e ao posto de país com mais óbitos no mundo (nesta epidemia de 2022).
Sigam o fio: 🧶 //1
Quando olhamos a média móvel da taxa de crescimento de casos acumulados, notamos uma estabilidade na última quinzena de outubro, o que mostra que as notificações de casos vem entrando em uma certa consistência.
Como essa doença não é endêmica aqui, isso não é um bom sinal. //2
A maior concentração de casos continua sendo na região Sudeste, principalmente no estado de SP (44,47%), seguido pelo Centro-Oeste (GO e DF): //3