Oq vcs têm q entender é q se vc conversa com pessoas q viveram o caso td mundo tem uma história. Eu sempre brincava com os ouvintes: "quem reclama q o podcast é longo não imagina oq eu deixo de fora"
Tinha mta coisa sem nexo, puro boato. (2/10)
Por isso, pra história não ficar interminável, eu tinha q ter critérios. E o meu critério foi: entra no podcast oq está nos autos.
Nos autos do processo não há nada aprofundado sobre isso. Não tem relatório de investigação do Luis Carlos de Oliveira, por exemplo. (3/10)
Assim como tb não tem ordem judicial dele pedindo quebra de sigilo telefônico. Ele sempre se justificou dizendo q na época não precisava. Como delegado, bastou pedir à cia telefônica e ele conseguia os registros. (4/10)
Oq tinha nos autos então era o Luis Carlos de Oliveira falando isso: vi ligações estranhas de Aruba, fui lá investigar, não encontrei nada.
Não tem ordem judicial, não tem os registros, não tem relatório, não tem nada.
Inclusive há uma contradição de relatos: (5/10)
O José Maria de Paula Correia, delegado geral da época, confirma q isso ocorreu. E ele dizia q a Polícia Civil teria pagado os custos de viagem do Oliveira.
Mas o Oliveira diz que pagou tudo do próprio bolso.
Quem está certo? Sei lá. Não tem nada nos autos sobre isso (6/10)
Daí se você vai no livro do Diógenes, ele comenta brevemente sobre isso. Não dá explicações mais profundas. É isso aqui só que tá no print. (7/10)
Quem ouviu o podcast sabe minha opinião sobre o caso: o corpo é do Evandro. Eu não dúvida nenhuma sobre isso e falei extensamente sobre isso entre os episódios 26 a 32. E fui o mais técnico possível, falando com especialistas e lendo documentos.
Então, tendo em vista que creio que o corpo é do Evandro, eu acho que essa história de Aruba era uma linha que o Oliveira acredita até hoje, mas q não tem fundamento algum na realidade.
Fazia sentido em 1992, antes do DNA? Fazia.
Mas pra mim, hj em dia não tem sentido. (9/10)
Em outras palavras, neste caso específico, se eu tiver q escolher a versão do Diógenes ou do Oliveira, me parece mais plausível a versão do Diógenes.
A falta de documentos sobre isso nos autos do Evandro e no inquérito do Leandro não nos permitem aprofundar mais do q isso. (FIM)
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Vamos lá, de novo, dessa bem explicadinho pra não ter dúvidas:
1. Davina e Diógenes (tia e "tio" de Evandro) dizem em depoimentos q Osvaldo Marcineiro e "Chêro" (Davi) teriam feito uma busca na madrugada com eles e apontado o local onde o corpo foi encontrado depois (+)
2. Eles diziam que essa busca teria ocorrido na madrugada entre o dia 7 e 8 de Abril de 1992 (madrugada de terça pra quarta).
Evandro desapareceu na segunda-feira, 6 de Abril. (+)
3. Diógenes diz isso com base no relato da Davina. A Davina estava no carro com seu marido (Paulo) e dizia que estava com Osvaldo e Davi fazendo a busca na madrugada
O corpo foi encontrado no dia 11 de Abril de 92 (sábado).
No dia 12 (domingo) foi feita a necropsia em Curitiba. Foi nesse dia q foi coletado o material do corpo e colocado no cofre. O exame de DNA foi feito nesse material q estava guardado no cofre. (+)
Logo, ñ tinha como ter advogado e promotor presente no momento da coleta, pois ñ havia ninguém sendo acusado ainda.
Poderia ter advogado e promotor presente na hora da coleta pra transporte em Agosto. Daí q entra o lance de q ñ tinha protocolo pra isso. DNA ainda era novidade.
Acho bizarro qdo falam isso.
Ninguém tem q provar inocência. Ônus da prova é de quem acusa.
Para além disso, os homens tavam em JULHO tentando lembrar de algo q fizeram num dia específico de ABRIL. Isso em 1992.
Indo + além, uma porrada de testemunha confirma os álibis das Abagge
Mas daí vem aquela, né?
"Ah fulano era próximo da família, não é confiável"
Caralho, Guaratuba tinha 20 mil habitantes. Todo mundo era próximo de alguém, ainda mais dos Abagge.
Daí montam essa maluquice q a cidade inteira tava protegendo assassino de criança.
Não viajem.
"Ah mas o padre não quis falar".
O padre disse em entrevista que não falou pq não lembrava.
Agora, vamos imaginar que ele falasse que estava com elas naquela noite. Sabe oq iam dizer? "Ah, mas ele ia direto pra casa da família Abagge, não é confiável".
Consegui o PDF.
O autor (ou autores) nem assinou. Isso é coisa de covarde, então eu já caguei aí.
Passam pano pra tortura dizendo q "torturado não é inocente", mas ignoram a análise de discurso q fiz das fitas.
Regurgitam trechos do processo sem contexto. Enfim, é uma piada.
• A busca não aconteceu na madrugada entre dia 7 e 8 de Abril, mas sim entre 6 e 7 de Abril (tem muita testemunha q confirma isso);
• Eles passaram por Guaratuba toda. Guaratuba é uma cidade pequena e eles rodaram a madrugada toda;
(+)
• Nada nesse relato é confiável. Ainda assim, foi a partir dele que o grupo ÁGUIA prendeu o Osvaldo por primeiro e decidiu q ia "fazer ele falar por bem ou por mal". Deu no q deu.
Isso aqui é uma coisa legal de falar. Muita gente tem pedido pra liberar a entrevista inteira com a Beatriz e Celina Abagge. Então, vamos a alguns pontos (1/14):
Eu devo ter umas 5 horas de material bruto de entrevistas com a Beatriz e Celina. A maior parte das conversas era muito mais pesquisa exploratória e foram gravadas entre 2016 e 2018. Isso fora uma cacetada de mensagens e ligações telefônicas (q nem foram gravadas).
2/14
Um ponto a se ter em mente é o seguinte: eu parto do princípio que a memória das pessoas (seja delas ou de qualquer pessoa) com o passar dos tempos piora. Sem querer, a gente esquece detalhes, reinventa outros, é complicado.