Para ver o que acontece quando a ideologia radical domina a justiça criminal, basta olhar para a cidade de San Francisco, na Califórnia.
Uma reportagem do New York Times de maio de 2021 [1] diz que os roubos em lojas de San Francisco - uma das cidades mais ricas dos EUA - saíram totalmente de controle.
Por exemplo, os roubos nas lojas Walgreens da cidade são quatro vezes mais altos do que a média nacional, o que já forçou a empresa a fechar 17 lojas.
Frequentemente, os produtos roubados são vendidos nas calçadas em frente às próprias lojas de onde foram tirados.
Seguranças e funcionários receberam instruções para não confrontar e nem perseguir mais pessoas que tenham sido vistas furtando mercadorias, porque o risco se tornou muito alto.
Eu vivi nos EUA entre 1989 e 1994, e uma das primeiras coisas que percebi é que os americanos levavam qualquer tipo de crime a sério, incluindo os roubos em lojas - o termo é “shoplifting”.
O que mudou em San Francisco?
A reportagem do NY Times menciona como causa uma lei do estado da Califórnia aprovada por um plebiscito em 2014.
Segundo a lei, conhecida como Proposition 47, roubo de mercadorias com valor inferior a 950 dólares deixou de ser crime e passou a ser contravenção.
Isso, naturalmente, estimulou os ladrões.
É vasta a literatura que explica a motivação econômica do crime.
O economista Gary Becker ganhou o Prêmio Nobel em 1992 explicando que a atividade criminosa é movida por uma análise de custos e benefícios pelo criminoso. Se os custos do crime para o bandido são baixos, e os benefícios são altos, mais crime será cometido.
O comandante Raj Vaswani, chefe de investigações do Departamento de Polícia de San Francisco, diz que está ocorrendo uma escalada de crimes violentos e cada vez mais ousados, “cometidos repetidamente pelos mesmos criminosos”.
Isso também não é novidade. Um estudo de 2017 [2] já mostrou que 66% dos crimes são cometidos por 10% dos criminosos.
É exatamente isso que está acontecendo em San Francisco.
Mas - pergunta a reportagem do NY Times - por que a mesma coisa não está acontecendo em outras cidades da Califórnia, já que a lei que foi modificada é estadual?
Quem explica a razão é Ahsha Safai, um vereador de San Francisco: tolerância com o crime. “Virou rotina”, ele declarou ao NY Times. “As pessoas se conformaram com a situação”.
Segundo Safai, “os criminosos estão escolhendo os alvos baseados nas consequências. Se os crimes cometidos não geram consequências para o criminoso, então você está estimulando novos crimes”.
Nunca esqueçam do legado de destruição intelectual e moral deixado pelos governos de esquerda no Brasil.
Foi durante esses governos que se decidiu tratar criminosos presos - inclusive aqueles mais perversos e perigosos - pelo fofo termo "pessoas privadas de liberdade".
Antigamente, eram "presos" mesmo.
Depois viraram "detentos".
Em um certo momento, passaram a ser chamados de "apenados".
Depois viraram "reeducandos".
E, finalmente, "pessoas privadas de liberdade".
Acreditem: esse ainda é o termo oficial usado hoje.
Não acreditam? Basta dar um pulo no site do Departamento Penitenciário Nacional, o Depen.
Na maioria das democracias ocidentais um criminoso como o de Goiás seria condenado à morte ou passaria o resto de sua vida na cadeia.
Mas não no Brasil.
Aqui o Sistema de Justiça Criminal incorporou a idéia do criminoso como uma vítima da sociedade que luta contra a opressão.
Psicopatas sádicos são tratados como anjos caídos, que sempre podem ser "ressocializados" (um termo sem signficado algum) e "reintegrados" à sociedade, NÃO IMPORTA A MONSTRUOSIDADE DO CRIME QUE COMETERAM.
O mesmo sistema mantêm os policiais sob suspeita permanente, e cada vez mais cerceia suas ações, interfere em seu trabalho e os coloca em desvantagem - física e moral - diante dos criminosos.
Em 2019 organizei uma reunião com a presença de vários deputados para entregar ao então Ministro da Justiça Sergio Moro um projeto de mudança da lei penal.
Escrevi o projeto com a ajuda do Procurador de Justiça Marcelo Rocha Monteiro @Marcelorochamon e do advogado Leo Fiad.
Entre outras coisas, o projeto:
-Acabava com o regime “semiaberto”
-Transformava o regime aberto em prisão domiciliar com monitoramento
-Tornava obrigatório o cumprimento de, no mínimo, 2/3 da pena (hoje o mínimo é um 1/6)
-Determinava pena mínima de 40 anos ao réu condenado pela 3a vez por crime doloso com violência
-Aumentava o tempo máximo de cumprimento de pena para 50 anos
-Aumentava a pena mínima para homicídio
Eu estive na carreata do Rio, do início ao fim.
Fui em um jipe. As motos passavam ao lado devagar.
Olhei nos olhos das pessoas.
Vi jovens, idosos, gente vestida de todo jeito.
Vi motos caríssimas.
Vi pessoas humildes em motos de trabalho.
Vi gente de bicicleta.
Vi MUITOS casais.
A maioria levava a bandeira nacional.
Não vi NENHUMA bandeira vermelha.
As motos se aproximavam do jipe, as pessoas sorriam, acenavam, faziam o sinal de vitória com os dedos.
Eram pessoas comuns.
Era muita, muita gente.
Não deixe que a grande mídia te engane.
Eu estava lá.
Eu vi.
O erro gigantesco da esquerda e de vários liberais é achar que o fenômeno Bolsonaro tem a ver com “culto à personalidade”.
Na verdade, Bolsonaro é o símbolo de um eleitor que rejeita a esquerda e não quer nunca mais o país nas mãos de calhordas, extremistas e cachaceiros.
Eleito aos 23 anos para servir como prefeito da cidade de Fall River, em Massachusetts, nos EUA, Jasiel Correia parecia um prodígio.
Empreendedor de tecnologia que fundou sua própria startup, Correia foi o mais jovem prefeito de sua cidade, o menino de ouro que prometia usar tecnologia e sua energia para trazer a velha cidade para o século 21
Então tudo desabou.
Em 2018, Correia foi acusado de vários delitos, incluindo fraude fiscal, relacionados à sua empresa. Correia alegou inocência e rejeitou os pedidos de renúncia. Em seguida, ele foi alvo de novas acusações, desta vez por corrupção.