O Pão de Açúcar (#PCAR3) pode subir 100% até o final de 2021?
A thread 👇
Como você deve ter visto, faz uns 2 meses que eu e um analista que cobre varejo aqui no @edufinancebr estamos mergulhados em PCAR3.
A essa altura do campeonato, já zeramos a empresa inteira.
É grande, história conturbadíssima, mas nada muito bizarro. A não ser por 1 coisa.
Quem manda em PCAR3 hoje é um "gênio" matemático (e banqueiro) francês chamado Jean-Charles Naouri.
Com 14 anos ele já era fluente em Latim e Grego, aos 15 passou no bacharelado e logo depois entrou em primeiro lugar em matemática na École normale supérie (Mathematics).
Em seguida, foi pra Harvard. Mais tarde, completou o doutorado em matemática em apenas 1 ano.
De quebra "derrotou" o lendário Abílio Diniz, ganhando o controle do GPA em 2011
Com toda essa genialidade, ele não poderia controlar PCAR3 de um jeito comum: tinha que ser excêntrico.
Naouri controla o GPA (PCAR3) por uma artimanha chamada "Breton Pulleys".
Essa artimanha foi criada pelo lendário banqueiro Lazard Fères e transformou nomes como Vicent Bolloré, François Pinault e Bernard Arnault em bilionários.
O último, chegou a ser o 2º mais rico do mundo.
O Breton Pulleys funciona assim:
Um empresário cria várias holdings, uma em cima da outra. Cada uma tem apenas o necessário para controlar a debaixo (51%).
O resto, é vendido no mercado.
Através dessa artimanha, o empresário pode ter apenas uma minúscula fatia, mas mesmo assim ser dono do bolo.
Naouri fez isso com 4 holdings, até chegar no Casino, que por sua vez controla o Pão de Açúcar.
Com apenas € 100 mi, ele controla um império de €3.6 bilhões.
Pra construir esse castelo de cartas, ele abusou da alavancagem.
Chegou o momento que ela era tão grande que a Rallye (imediatamente acima do Casino) teve de declarar "procédure de sauvegarde", uma espécie de recuperação judicial.
Isso congelou toda cobrança de dívidas por um breve período. Em seguida, concordaram que ela pagasse em 10 anos.
Quando isso aconteceu, tudo do Casino pra cima passou a ser irrelevante. O problema estava "contido".
É aí que algo chamou a nossa atenção.
Existem vários gatilhos em PCAR3.
Nenhum deles chega perto do que é considerado o maior de todos (que poderia fazer PCAR3 duplicar ou até triplicar de preço): a venda da rede pelo Casino.
A pergunta é: quando isso vai acontecer?
Caso aconteça em, digamos, 1 ano, você ganha uma bolada.
Caso aconteça em 3, você corre o risco de ver a ação andando de lado, porque é um setor meio "paradão".
O que a acredita ter encontrado é uma forma de prever isso.
O Casino é também cheio de dívidas.
E é comum que dívidas (especialmente em empresas muito endividadas) tenham um negócio chamado "covenant".
Em bom português, é uma exigência. Caso essa exigência não seja cumprida, a empresa tem que pagar a dívida imediatamente.
O problema é que ela não somente tem que pagar essa dívida, como quase todas as outras.
Isso porque existe algo chamado "cross-default".
Lembra daqueles jogos em que tinha uma mina, e quando você encostava nela explodia todas as outras?
É tipo isso. "Triga tudo".
O Casino tem uma covenant curiosa: ela diz que a Dívida Bruta / EBITDA tem que seguir certos padrões até o final do ano.
Caso não siga, boom: tem que pagar a dívida adiantado.
Reparem que ao final desse ano, esse indicador DESPENCA.
Em outras palavras, ela tem que dar um jeito de reduzir bruscamente o endividamento dela até 31/12/2021.
É aqui, meus amigos, que mora o mistério de 1 bilhão de euros: será que o Casino vai conseguir cumprir esse covenant?
Caso ele não consiga "naturalmente", uma das saídas seria vender o Pão de Açúcar.
É justamente isso que a gente quer responder.
Nos dias 5, 6 e 7 de julho vai rolar o Bootcamp Análise de Ações.
Nesse evento, vamos abrir turmas para o curso e contratar 2 analistas pra trabalhar aqui com a gente.
JCP é uma jabuticaba brasileira, deveria ter sido extinto há anos.
Vocês sabem a razão por trás da criação dele?
Dá pra explicar em 1 tweet. Se isso chegar em 150 likes e ninguém acertar, eu explico.
Well, let's bora.
A década é 1980, inflação estalando. A moda é pegar o salário e correr pro supermercado porque se virar o dia teu dinheiro não vale mais nada. A inflação em 1 mês era maior do que é hoje em 1 ano.
Agora, como isso afeta o lucro da empresa?
Afinal, a empresa tem um imóvel de Cr$ 1 milhão (chutando). Com a inflação, o imóvel também "sobe" de preço.
O que a empresa deve fazer? Deixar ele lá paradão no balanço, com o mesmo valor de Cr$ 1 milhão, mesmo sabendo que a inflação já mudou completamente esse número?
"O imposto de renda grava mais o dividendo que o juro. Durante vários anos, as empresas preferiram reter mais lucros para reinvesti-lo que distribuir dividendos para induzir à compra de ações."
Engraçado que nessa época já se criticava as compromissadas como uma jabuticaba, que destrói a balança de retorno vs liquidez.
Acho que a coisa mais trivial de teoria monetária é que o dinheiro (a forma mais líquida) não deveria render juros.
Pra render juros, a balança da liquidez deveria pesar pro lado oposto. A compromissada quebrou isso, o que é parte do motivo pelo qual você tem conta remunerada.
Só que será que isso chega perto do quanto ela pode ganhar com os +25 milhões de seguidores?
Melhor de tudo: se alguém topasse comprar o Instagram dela, quanto poderiam pagar? 👇
[O quão grande a coisa é]
Tudo no Instagram dela é fora de série:
- Bateu recorde da Billie Eilish, chegando a 1 milhão de curtidas em menos de 6 minutos
- Stories chegam a 5 milhões de views
- Posts alcançam 10 milhões de pessoas
- 2º perfil mais curtido no mundo até abril
[Como e quanto dinheiro ela pode ganhar]
Tem 2 coisas que com certeza ela pode fazer:
- Lançar um curso de maquiagem
- Fazer "publis" pra marcas grandes