A catarse com a prisão na #CPIdaCOVID esconde um elemento óbvio mas, não por isso, menos lamentável: o perfil do Exército aparece em destaque, resultado do envolvimento de oficiais das forças armadas nas inúmeras denúncias de corrupção no governo Bolsonaro. (+)
Ainda que apareça em "disputa" entre citações de antibolsonaristas e bolsonaristas, é lamentável ver o saldo do envolvimento das forças armadas com o governo federal. (+)
No mais, o bolsonarismo segue representando menos de 27% dos usuários. Entre os antibolsonaristas, destaque para o fotojornalismo de @gabrielabilo1 e sua fotografia icônica do depoente preso no dia de hoje na #CPIdaCOVID.
E tem mais exército.
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Analisei comentários feitos no Facebook sobre as Forças Armadas. 72,7% CRITICAM a nota e o envolvimento do exército com o governo Bolsonaro. Termos como MILITARES, INSTITUIÇÃO, VERGONHA, POVO, GENOCIDA e CORRUPÇÃO se destacam. Já a defesa das Forças Armadas aparece (...) (+)
(...) cada vez mais atrelada ao bolsonarismo, seja no volume ou no modus operandi de reagir: ataques a atores específicos com argumentos que mudem o foco do tema central, usando termos como: ESTADO, FAMÍLIA, SENADOR, OMAR AZIZ e AMAZONAS ao atacar o presidente da CPI. (+)
Os 30 links mais compartilhados no Facebook reforçam que o bolsonarismo [🟩🟦] não ignorou o tema, mas sim encontrou uma forte reação [🟪] do antibolsonarismo contra o posicionamento das Forças Armadas. Importante destacar o papel da imprensa nessa reação (+)
Facebook: 70,1% dos comentários sobre a matéria da @julianadalpiva acusam Bolsonaro, enquanto 26,6% tentam defender o presidente. Algo curioso: enquanto nas críticas se destacam termos como CORRUPTO, FAMÍLIA e LADRÃO, os bolsonaristas tentam focar apenas no termo RACHADINHA. (+)
Não é por acaso: na narrativa bolsonarista, o termo supostamente permitiria a-) fugir do termo corrupção e; b-) acusar outros partidos e políticos de fazerem o mesmo. Destaque ainda para um volume excessivo de menções ao ex-presidente Lula, sempre utilizado como contraponto. (+)
Então reforçando e tratando as coisas pelo nome que elas devem ter: rachadinha é ROUBO de dinheiro público. Rachadinha é CORRUPÇÃO da família Bolsonaro.
A revolta causada pela marca de 500 mil mortos enterrou a narrativa de que se tratam de manifestações "apenas partidárias". As manifestações contra Bolsonaro e seu governo foram ampla maioria, com mais de 80% dos usuários se manifestando contra o genocídio em curso no Brasil. (+)
É interessante observar como o antibolsonarismo hoje cumpre um papel muito próximo ao que um dia foi o antipetismo: ele fomenta a criação de alianças contranaturais e intensivas entre setores que antes eram marcados estritamente por alianças sociopolíticas. (+)
A ideia de “contranaturais” se aplica a união de atores não politicamente conectados ao redor de temáticas específicas que, por si só, não produzem filiação. (+)
Enquanto 64,5% dos usuários se manifestaram contra a proposta do PDT de defender o voto impresso, 21% dos usuários parabenizaram a sinalização. O interessante aqui é que esses elogios vieram, exclusivamente, de usuários bolsonaristas. (+)
No Twitter, o perfil do presidente do PDT também foi palco de intenso volume de replies: 84,6% dos usuários criticaram o pedetista, enquanto 15,4% manifestaram algum tipo de apoio. (+)
Não faço aqui nenhum juízo de valor sobre o tema - até porque não tenho capacidade para tal. Porém, não é novidade que a polarização nas redes fagocita, distorce e impede qualquer debate profundo sobre o tema, e os atores envolvidos sabem muito bem disso.
60 MILHÕES. As doses rejeitadas por Bolsonaro dominaram a #CPIdaCOVID. O bolsonarismo segue ignorando o óbvio: seja lá qual for o contorcionismo argumentativo, nada esconde o genocídio promovido por um governo que optou, ao invés de enfrentar o vírus, por enfrentar o Butantan. +
A posição do perfil do Butantan não é ao acaso: o perfil se apresenta em intensa disputa, recebendo ataques de bolsonaristas durante todo o depoimento, enquanto antibolsonaristas enalteciam o papel do Instituto. +
Ironicamente foi justamente de um senador bolsonarista que veio o pedido para "não politizar" o Butantan. Tudo isso enquanto seus apoiadores atacavam o instituto nas redes. +
Pazuello/Mayra tiveram, após seus depoimentos, 70%/64% de comentários negativos no Facebook. O caso de Pazuello é o + interessante, já que o destaque foi o fato de ele ter "passado mal" e "arregado". Por quê? Porque as pessoas não se informam sobre a CPI pela CPI! Explico: (+)
É preciso ressaltar: poucos são os que acompanham a CPI tempo real. Esse acompanhamento é feito por notícias, telejornais e links em grupos do Whatsapp. Por esses meios o "destaque final" dos depoimentos - aqui já com a ação do fact checking - foi péssimo para o bolsonarismo. (+)
Por sua vez, a base bolsonarista se mostra cada vez mais isolada. O volume de compartilhamentos a partir de portais bolsonaristas aumentou consideravelmente nos últimos meses, mas esbarra no isolamento desse campo, cada vez mais falando sobre eles e para eles, apenas. (+)