Pazuello/Mayra tiveram, após seus depoimentos, 70%/64% de comentários negativos no Facebook. O caso de Pazuello é o + interessante, já que o destaque foi o fato de ele ter "passado mal" e "arregado". Por quê? Porque as pessoas não se informam sobre a CPI pela CPI! Explico: (+)
É preciso ressaltar: poucos são os que acompanham a CPI tempo real. Esse acompanhamento é feito por notícias, telejornais e links em grupos do Whatsapp. Por esses meios o "destaque final" dos depoimentos - aqui já com a ação do fact checking - foi péssimo para o bolsonarismo. (+)
Por sua vez, a base bolsonarista se mostra cada vez mais isolada. O volume de compartilhamentos a partir de portais bolsonaristas aumentou consideravelmente nos últimos meses, mas esbarra no isolamento desse campo, cada vez mais falando sobre eles e para eles, apenas. (+)
A pesquisa poder 360 ressalta isso, ao registrar o tempo investido na pauta pelo JN e destacar que o telejornal "teve impacto sobre o crescimento da desaprovação", agora recorde.
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Sobre a #CPIdaCOVID: a compreensão da ideia de "fluxo" como elemento central para a ascensão de novas mídias nos ajuda a compreender as dificuldades que o bolsonarismo tem enfrentado ao lidar com a CPI. Hoje não foi diferente. Explico: (+)
De modo geral, o que orientaria as redes sociais não são momentos de catarse, mas sim um flow, um fluxo de informações constante. O mesmo aconteceria hoje com a #CPIdaCOVID. (+)
O bolsonarismo soube se aproveitar dessa noção de flow para disputar as redes. A ausência de uma catarse sempre fomentou o engajamento desse cluster. A narrativa bolsonarista, adaptada, pauta o debate, sem desfechos e sem catarses, em uma incessante sobreposição de temas. (+)
O destaque de hoje na #CPIdaCovid é algo recorrente nos últimos depoimentos: a eficiência com a qual as mentiras de depoentes são apontadas por usuários aqui no Twitter. Não é o fact-checking padrão, mas sim um processo caótico e horizontal que produz resultados rápidos... (+)
... com vídeos curtos de falas mostrando as contradições, recortes de jornais que exponham as mentiras contadas na CPI ou até mesmo arquivos prontos para serem explorados por senadores que estejam na CPI. (+)
Esse movimento acaba por aglutinar jornalistas e atores de oposição que se mostram muito incomodados com as mentiras contadas por depoentes, bem como com a morosidade de alguns senadores para confrontá-las. A jornalista @NatuzaNery chegou a propor um "fact checking" da CPI. (+)
Debate sobre a ditadura aqui no Twitter. O bolsonarismo até tenta pautar a narrativa, mas cada vez mais não tem o menor controle sobre ela. Mais curioso ainda se analisarmos as últimas semanas, quando esse movimento tem se tornado cada vez mais recorrente. (+)
Chama atenção a quantidade e o quão nojentos são os ataques contra @miriamleitao. São fotos exaltando torturadores, menções "a cobra" e criminosos destilando o machismo contra a jornalista. (+)
Essa incapacidade de controlar a narrativa das próprias pautas já aconteceu com a vacina, com o lockdown, com a interferência nas forças armadas e agora também com o golpe de 64. (+)
O tema "PM em surto" foi 100% inflado pelo bolsonarismo. Toda e qualquer análise que tente compreender o episódio precisa levar em conta essa "ofensiva artificial" bolsonarista contra a pauta. Abaixo, as páginas e grupos que mais geraram engajamento explorando o episódio. (+)
Dentre os links + compartilhados sobre o tema, o 10 primeiros são de sites caça-clique e/ou bolsonaristas: i7 News, Por Dentro da Política, Portal BR7, Feed Club, Pleno News, Opinião Crítica e Imprensa Brasil. O bolsonarismo contaminou todo e qualquer debate. (+)
Se analisamos apenas comentários feitos em páginas de imprensa temos um cenário mais nítido: apesar de 51,1% responderem a narrativa bolsonarista, outros 48,9% dos usuários repudiam a ação do PM/politização do caso e/ou lamentam as condições de trabalho da PM.
É urgente que entendamos a realidade por trás da resistência ao "lockdown" em diversas pequenas/médias cidades do Brasil. Não, não são bolsonaristas em sua maioria, muito menos negacionistas. Então por que se opor? Algumas observações: (+)
1-) a cobrança contra a própria população existe sim. Cobram mais respeito ao distanciamento, aos decretos e pedem que aglomerações desnecessárias sejam evitadas. Mas também pedem que o poder público faça o seu papel e fiscalize quando denunciado; (+)
2-) usuários estão PERDIDOS em uma guerra de decretos e liminares dos poderes municipais e estaduais. Pelo genocídio fomentado pelo governo federal, muitas vezes ignoramos as bizarrices de outros políticos. Observem o que Covas/Doria fizeram com SP/baixada santista. Surreal. (+)
São mais de 900 mil conexões em menos de quatro horas. São mais de 70% de usuários que não citam Lula regularmente. Se o dólar subiu e a bolsa subiu eu não sei, mas a mobilização espontânea por Lula nas últimas horas é algo histórico. (+)
Por si só a mobilização do agrupamento de esquerda/partidária 🟪 já superava e muito o bolsonarismo, mas contou ainda com um apoio interessante: políticos e partidos de esquerda da Argentina, Espanha e outros movimentos progressistas comemoram a decisão. (+)
O bolsonarismo 🍊 não representou sequer 14% dos atores e mesmo estes se apresentam perdidos, batendo cabeça. Arthur Lira, com discurso dissonante do olavismo, integra esse agrupamento ainda que com discurso totalmente antagônico. (+)