EDITORIAL: À Nação é devida a responsabilidade de todos os que transformaram o que seria uma grave crise sanitária no maior morticínio já visto por muitas gerações bit.ly/2T79SO8
"A CPI da Pandemia convidou um grupo de juristas para estudar quais crimes podem ser imputados ao presidente Jair Bolsonaro por suas ações e omissões na condução do País durante a emergência sanitária."
"A rigor, o principal trabalho deste grupo de notáveis será dar um enquadramento jurídico-penal ao sobejamente conhecido comportamento de Bolsonaro como chefe de Estado e de governo no curso da maior tragédia que se abateu sobre a Nação em mais de um século."
"É evidente que o Brasil não seria o único país do mundo a ser poupado dos efeitos devastadores de uma pandemia como a que ora aflige todos, mas tampouco mais de meio milhão de mortos representam o que seria o 'curso natural' da peste entre nós."
"Houve esforços para que se chegasse a este funesto resultado. 'Precisamos de avaliação jurídica mais aprofundada sobre o enquadramento típico da conduta do presidente da República', afirmou o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), autor do requerimento de formação do grupo"
"Há que esperar a conclusão do trabalho do grupo, mas Miguel Reale Júnior vê como inescapável considerar no relatório final o 'conjunto da obra negacionista' de Bolsonaro, o que poderá lhe valer tanto a imputação de crimes comuns como os de responsabilidade."
"Os juristas já começaram a analisar documentos, declarações, leis, atos normativos e administrativos emitidos pelo governo federal durante a pandemia. Ao final do trabalho, o grupo entregará o parecer que subsidiará o relatório final do senador Renan Calheiros (MDB-AL)."
"À Nação é devida a responsabilização de todos os que transformaram o que seria uma grave crise sanitária no maior morticínio já visto por muitas gerações. O trabalho da CPI é apenas uma etapa neste processo, a investigação."
"Mas fundamentais também são os papéis do Ministério Público e do Poder Judiciário para denunciar, processar e julgar quem quer que tenha agido contra a saúde e a vida dos brasileiros. Não há lugar para omissões."
Leia o editorial completo 'Muito mais do que apenas desgoverno' aqui bit.ly/2T79SO8
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EDITORIAL: Impeachment é para tirar quem vem desestabilizando não apenas a política, mas as próprias eleições de 2022 bit.ly/2Vr9kDp
"Desde que assumiu a Presidência da República, Jair Bolsonaro tem feito afirmações contundentes a respeito da inexistência de corrupção no governo federal."
"Diz não apenas que extinguiu os malfeitos, mas que a alegada probidade deu folga para os órgãos de controle. 'Eu acabei com a Lava Jato, porque não tem mais corrupção no governo', disse Bolsonaro em outubro do ano passado."
EDITORIAL: A Nação não suporta mais chantagem. Basta de ameaças às instituições da República e ao regime democrático. É hora de coragem e firmeza na defesa da liberdade bit.ly/3e68pyC
"O presidente Jair Bolsonaro não reúne mais as condições para permanecer no cargo. Acossado por sucessivos reveses morais, políticos, penais e administrativos, Bolsonaro parece ter mandado às favas os freios internos que o faziam ao menos fingir ser um democrata."
"Sua natureza liberticida falou mais alto. Como alguém que não tem mais nada a perder, o presidente se insurgiu contra a Constituição ao ameaçar de forma explícita a realização das eleições no ano que vem, como a Lei Maior determina que haverá."
EDITORIAL: É muitíssimo grave que o presidente da República diga com um ano e quatro meses de antecedência que a eleição de 2022 só será limpa se ele sair vitorioso bit.ly/3e6u4XB
"Considerado um 'mau militar', Bolsonaro saiu do Exército em desonra para entrar na política de forma explosiva. Sua longa e desenxabida carreira no Legislativo ficou notabilizada pela politicagem miúda, pela vulgaridade e pelo desrespeito aos princípios da democracia."
"Ora, se entrou na política estimulando a baderna, construiu sua bem-sucedida (do ponto de vista pessoal) carreira parlamentar lamentando o fato de no Brasil viger plena democracia e chegou à Presidência como um líder sectário, por que haveria de sair dela como um estadista?"
EDITORIAL: É equívoco pensar que a questão das vacinas envolve apenas funcionários de terceiro escalão. Jair Bolsonaro sempre se mostrou próximo e atento à questão bit.ly/2TJgumd
"O depoimento de Roberto Ferreira Dias, ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, à CPI da Covid teve uma série de incongruências, que levaram o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), a decretar a sua prisão sob a acusação de crime de perjúrio."
"Horas depois, mediante pagamento de fiança, Roberto Ferreira Dias foi solto."
EDITORIAL: A temporada de queima na Amazônia está apenas começando, mas o descaso renitente do governo, somado ao agravamento das secas, permite vislumbrar uma tempestade perfeita bit.ly/2Va2bY8
"A devastação ambiental segue fora de controle. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a Amazônia registrou em junho o maior número de focos de incêndio para o mês desde 2007. No Cerrado, foi o maior índice desde 2010."
"A temporada de queima na Amazônia – entre julho e outubro – está apenas começando, mas o descaso renitente do governo, somado ao agravamento das secas, permite vislumbrar uma tempestade perfeita."