EDITORIAL: Impeachment é para tirar quem vem desestabilizando não apenas a política, mas as próprias eleições de 2022 bit.ly/2Vr9kDp
"Desde que assumiu a Presidência da República, Jair Bolsonaro tem feito afirmações contundentes a respeito da inexistência de corrupção no governo federal."
"Diz não apenas que extinguiu os malfeitos, mas que a alegada probidade deu folga para os órgãos de controle. 'Eu acabei com a Lava Jato, porque não tem mais corrupção no governo', disse Bolsonaro em outubro do ano passado."
"Parece, no entanto, que as afirmações de Jair Bolsonaro não contavam com o sistema de freios e contrapesos, próprio de um Estado Democrático de Direito. Com três meses de CPI da Pandemia, apareceram escândalos envolvendo a negociação e a compra de vacinas contra a covid."
"E a população já entendeu que a realidade é um pouco diferente daquela defendida repetidamente por Jair Bolsonaro."
"Segundo pesquisa do Instituto Datafolha, 70% dos brasileiros acreditam que há corrupção no governo Bolsonaro."
"Questionados sobre o Ministério da Saúde – aquele no qual o presidente Jair Bolsonaro trocou duas vezes a chefia até encontrar alguém que o obedecesse cegamente –, 63% dos entrevistados afirmaram acreditar que existe corrupção na pasta."
"É estranho, no entanto, que, a despeito do discurso sobre a inexistência de mau uso de verbas públicas em seu governo, Jair Bolsonaro reitere os motivos para duvidar da alegada lisura."
"No sábado passado, por exemplo, Bolsonaro foi a Porto Alegre participar de uma motociata em defesa de sua reeleição. Obviamente, a movimentação de Jair Bolsonaro para sua campanha de 2022 tem custos, que não podem ser financiados com recursos da Presidência da República."
"Depois da divulgação de pesquisa do Instituto Datafolha indicando que a maioria dos brasileiros é favorável ao impeachment de Jair Bolsonaro, Arthur Lira reiterou sua posição de aliado do Palácio do Planalto."
'Não temos condição de um impeachment para esse momento. O Brasil não deve se acostumar a desestabilizar a política em cada eleição', disse o presidente da Câmara no sábado passado."
"Não é o impeachment que desestabiliza a política. No caso, o impeachment é para tirar quem vem desestabilizando não apenas a política, mas as próprias eleições de 2022, com ameaças e chantagens."
"Antes, alguém podia pensar que toda a confusão do bolsonarismo era para esconder a incompetência de Jair Bolsonaro ou para consagrar alguma estranha ideologia, que tenta de todos os modos atrapalhar o próprio governo."
"Agora, no entanto, a maioria da população já entendeu que existem outros motivos para ameaçar as eleições."
Leia o editorial completo 'A população já entendeu' aqui bit.ly/2Vr9kDp
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EDITORIAL: À Nação é devida a responsabilidade de todos os que transformaram o que seria uma grave crise sanitária no maior morticínio já visto por muitas gerações bit.ly/2T79SO8
"A CPI da Pandemia convidou um grupo de juristas para estudar quais crimes podem ser imputados ao presidente Jair Bolsonaro por suas ações e omissões na condução do País durante a emergência sanitária."
"A rigor, o principal trabalho deste grupo de notáveis será dar um enquadramento jurídico-penal ao sobejamente conhecido comportamento de Bolsonaro como chefe de Estado e de governo no curso da maior tragédia que se abateu sobre a Nação em mais de um século."
EDITORIAL: A Nação não suporta mais chantagem. Basta de ameaças às instituições da República e ao regime democrático. É hora de coragem e firmeza na defesa da liberdade bit.ly/3e68pyC
"O presidente Jair Bolsonaro não reúne mais as condições para permanecer no cargo. Acossado por sucessivos reveses morais, políticos, penais e administrativos, Bolsonaro parece ter mandado às favas os freios internos que o faziam ao menos fingir ser um democrata."
"Sua natureza liberticida falou mais alto. Como alguém que não tem mais nada a perder, o presidente se insurgiu contra a Constituição ao ameaçar de forma explícita a realização das eleições no ano que vem, como a Lei Maior determina que haverá."
EDITORIAL: É muitíssimo grave que o presidente da República diga com um ano e quatro meses de antecedência que a eleição de 2022 só será limpa se ele sair vitorioso bit.ly/3e6u4XB
"Considerado um 'mau militar', Bolsonaro saiu do Exército em desonra para entrar na política de forma explosiva. Sua longa e desenxabida carreira no Legislativo ficou notabilizada pela politicagem miúda, pela vulgaridade e pelo desrespeito aos princípios da democracia."
"Ora, se entrou na política estimulando a baderna, construiu sua bem-sucedida (do ponto de vista pessoal) carreira parlamentar lamentando o fato de no Brasil viger plena democracia e chegou à Presidência como um líder sectário, por que haveria de sair dela como um estadista?"
EDITORIAL: É equívoco pensar que a questão das vacinas envolve apenas funcionários de terceiro escalão. Jair Bolsonaro sempre se mostrou próximo e atento à questão bit.ly/2TJgumd
"O depoimento de Roberto Ferreira Dias, ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, à CPI da Covid teve uma série de incongruências, que levaram o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), a decretar a sua prisão sob a acusação de crime de perjúrio."
"Horas depois, mediante pagamento de fiança, Roberto Ferreira Dias foi solto."
EDITORIAL: A temporada de queima na Amazônia está apenas começando, mas o descaso renitente do governo, somado ao agravamento das secas, permite vislumbrar uma tempestade perfeita bit.ly/2Va2bY8
"A devastação ambiental segue fora de controle. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a Amazônia registrou em junho o maior número de focos de incêndio para o mês desde 2007. No Cerrado, foi o maior índice desde 2010."
"A temporada de queima na Amazônia – entre julho e outubro – está apenas começando, mas o descaso renitente do governo, somado ao agravamento das secas, permite vislumbrar uma tempestade perfeita."