Publicado em Junho na @Nature estudos demonstram a proteção pela vacinação, não somente das pessoas vacinadas, mas também de pessoas (ainda) não vacinadas na comunidade! Um exemplo são as crianças se beneficiando de proteção com uma alta % de adultos vacinados 🧶👇
📊O estudo analisou os registros de vacinação e resultados de testes coletados durante o início rápido da vacinação (💉Pfizer) em uma grande população de 177 comunidades geograficamente definidas em Israel 🇮🇱, que já tem uma alta % de vacinação na população
Os autores tiveram o cuidado de controlar alguns viéses, como recuperados de COVID-19 (que poderiam ter uma proteção pela recuperação e somar-se ao efeito da vacinação), intervalos parecidos fixadoss em todas as comunidades analisadas, para evitar confusões espaçotemporais, etc
Os autores observaram que as taxas de vacinação em cada comunidade estão associadas a um declínio posterior substancial nas infecções entre um grupo de indivíduos abaixo de 16 anos, que não foram vacinados. Ou seja, os adultos vacinados acabaram protegendo, em paralelo,os menores
Os autores mencionam que, em média, para cada 20 pontos percentuais de indivíduos vacinados em uma determinada população, a fração de teste positivo para a população não vacinada diminuiu aproximadamente duas vezes.
Quando tu te vacina, tu não só protege a ti mesmo, mas também tu protege as pessoas ao teu redor. Esse benefício coletivo da vacinação é extremamente ampliado quando atingimos a cobertura vacinal. Para isso, precisamos de uma alt % de pessoas vacinadas
O estudo apresenta algumas limitações, como o próprio comportamento individual, que pode aumentar ou diminuir os riscos de exposição. Mais estudos precisam ser feitos, especialmente pra gente entender quanto ao controle da transmissão pelas nossas vacinas
Mas os dados são muito ecorajadores. Vacine-se, não só para te proteger, mas pra proteger quem tu gosta, quem não tá indicado para se vacinar nesse momento por ser muito jovem ou por não pertencer a população indicada. Vacine-se por ti e por todos. Que todos tenhamos essa empatia
Muitas infecções virais apresentam uma predileção pelo Sistema Nervoso (SN) e seu acometimento pode levar a problemas muito sérios e agravamentos da condição.
A COVID-19 apresenta muitas manifestações neurológicas, e estamos começando a entender o porquê
Acompanha 🧶👇
Sabemos que a COVID-19 pode levar a manifestações neurológicas importantes, algumas mais frequentes que outras, como a perda do olfato e do paladar.
Em um estudo com mais de 8 mil pessoas, cerca de 41% delas relataram perda do olfato, por exemplo nature.com/articles/d4158…
Isso são só alguns exemplos de manifestações frequentes. Outro estudo sugere que, mesmo em indivíduos assintomáticos, um aumento persistente do risco de AVC isquêmico agudo é visto, meses assintomáticos após o diagnóstico sorológico da infecção jamanetwork.com/journals/jaman…
Publicado na @ScienceMagazine , alguns dados sobre as variantes B.1.427/B.1.429 (Épsilon)*, trazem a questão do escape imunológico observado por essa variante.
Mas o que sabemos sobre ela? 🧶👇
* Também conhecidas anteriormente como CAL.20C e, atualmente, como Épsilon
Em março de 2021, eu fiz um fio comentando sobre essa variante e também outras variantes que estavam circulando nos 🇺🇸, especificamente em Nova York. Ainda em Dez/20, tivemos a identificação da CAL.20C, hoje conhecida como Épsilon, na Califórnia
A Épsilon apresenta um conjunto de mutações ao redor da Spike, como a descrita abaixo. Naquele momento, pela posição da mutação, estando dentro RBD, levantou-se a possibilidade de possível escape imunológico (anticorpos).
É um completo absurdo. Somado a isso, temos o pedido da volta das torcidas para os estádios. Vocês já viram a curva da Holanda? Do pontencial da Delta? Imagina numa população como a nossa, em que temos ainda muita gente não vacinada?
Por fim, não se justifica um absurdo com outro absurdo. Jovens estarem sem aulas desde 2020 é um absurdo e precisa ser corrigido, o estado precisa encontrar meios de promover a educação adequada ao momento da pandemia que estamos vivendo.
Nota técnica do Observatório COVID-19 da @fiocruz sobre a efetividade de vacinas aqui no 🇧🇷 nas faixas etárias 60+, que já tem uma cobertura maior!
Com pelo menos a primeira dose:
💉AZ: 81,7% (60-79 anos), 62,8% (80+)
💉CoronaVac: 70,3% (60-79), 62,9% (80+)
🧶👇
Com duas doses:
💉Independente da vacina aplicada: 79,8% (60-79), 70,3% (80+)
💉CoronaVac: 79,6% (60-79), 68,8% (80+)
💉AZ: 93,8% (60-79), 91,3% (80+)
Na figura abaixo, vemos como a vacinação foi importante para reduzir o nº de casos graves e óbitos nesssas populações + velhas
Como o intervalo da AZ é maior, foi possível avaliar a efetividade com somente uma dose:
💉AZ: 81,1% (60-79), 57,5% (80+)
Importante lembrar: AS DUAS DOSES SÃO IMPORTANTES para a proteção completa. Volte para a segunda dose!
Ontem foi publicado um estudo na @TheLancet Microbe de um grupo de pesquisa da Unicamp! O pessoal do @BlogsUnicamp fez um texto maravilhoso, e vou fazer um fiozinho pra complementar :)
Ação de anticorpos neutralizantes de vacinados com CoronaVac e a variante Gama (P.1)! 🧶👇
Tudo, inclusive a forma como os autores fizeram o ensaio, tá super explicadinho nesse texto do pessoal do @BlogsUnicamp e por conta disso, vou comentar os resultados a partir de então blogs.unicamp.br/covid-19/antic…
Na imagem abaixo, vemos células com diferentes cores: cada cor é um alvo diferente que estamos visualizando: em vermelho, a proteína do nucleocapsídeo; em verde, a Spike; e em amarelo, as duas proteínas juntas (o que chamamos de merge)
Preprint recém publicado avaliando a resposta de anticorpos e de células induzida pela vacina da Janssen contra as variantes: D614G, Alfa, Kappa, Delta, Gama, Epsilon e Beta!
Vamos dar uma olhada? 👇🧶
Primeiro lugar: cadê a legenda dessas variantes? 😱🤯
Calma que tá aqui!
Nessa primeira imagem, observamos que os anticorpos anti-RBD são detectados, assim como indicadores de resposta celular CD4+ e CD8+, 239 dias após a aplicação da dose (única).
A resposta de anticorpos foi relativamente estável 8 meses após o recebimento da dose