Analisei comentários feitos no Facebook sobre a internação de Bolsonaro. Dentre os 64,1% que criticam ou mostram desprezo pela saúde do atual presidente, três termos se destacam: CLOROQUINA, "E DAÍ?" e SOLUÇO, que aparece como contraponto ao HISTÓRICO DE ATLETA. (+)
É impressionante como as falas que Bolsonaro fez, desmerecendo as vítimas da pandemia, não foram esquecidas. São muitos os comentários que apenas invertem a ordem dos atores nas frases que Bolsonaro, durante a pandemia, proferiu diminuindo a gravidade do vírus. (+)
Vale destacar também a noção de que Bolsonaro é capaz de qualquer coisa para "fugir do debate" ou do confronto. Essa percepção, herança dos debates de 2018, ainda se mantém em comentários que garantem que ele está "fugindo da CPI". (+)
Enfim, chama atenção o fato de Bolsonaro ser, hoje, encarado como uma ameaça direta (e real) à democracia e ao mesmo tempo ser encarado como um sujeito que foge do combate quando acuado.
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Analisei comentários feitos no Facebook sobre as Forças Armadas. 72,7% CRITICAM a nota e o envolvimento do exército com o governo Bolsonaro. Termos como MILITARES, INSTITUIÇÃO, VERGONHA, POVO, GENOCIDA e CORRUPÇÃO se destacam. Já a defesa das Forças Armadas aparece (...) (+)
(...) cada vez mais atrelada ao bolsonarismo, seja no volume ou no modus operandi de reagir: ataques a atores específicos com argumentos que mudem o foco do tema central, usando termos como: ESTADO, FAMÍLIA, SENADOR, OMAR AZIZ e AMAZONAS ao atacar o presidente da CPI. (+)
Os 30 links mais compartilhados no Facebook reforçam que o bolsonarismo [🟩🟦] não ignorou o tema, mas sim encontrou uma forte reação [🟪] do antibolsonarismo contra o posicionamento das Forças Armadas. Importante destacar o papel da imprensa nessa reação (+)
A catarse com a prisão na #CPIdaCOVID esconde um elemento óbvio mas, não por isso, menos lamentável: o perfil do Exército aparece em destaque, resultado do envolvimento de oficiais das forças armadas nas inúmeras denúncias de corrupção no governo Bolsonaro. (+)
Ainda que apareça em "disputa" entre citações de antibolsonaristas e bolsonaristas, é lamentável ver o saldo do envolvimento das forças armadas com o governo federal. (+)
No mais, o bolsonarismo segue representando menos de 27% dos usuários. Entre os antibolsonaristas, destaque para o fotojornalismo de @gabrielabilo1 e sua fotografia icônica do depoente preso no dia de hoje na #CPIdaCOVID.
Facebook: 70,1% dos comentários sobre a matéria da @julianadalpiva acusam Bolsonaro, enquanto 26,6% tentam defender o presidente. Algo curioso: enquanto nas críticas se destacam termos como CORRUPTO, FAMÍLIA e LADRÃO, os bolsonaristas tentam focar apenas no termo RACHADINHA. (+)
Não é por acaso: na narrativa bolsonarista, o termo supostamente permitiria a-) fugir do termo corrupção e; b-) acusar outros partidos e políticos de fazerem o mesmo. Destaque ainda para um volume excessivo de menções ao ex-presidente Lula, sempre utilizado como contraponto. (+)
Então reforçando e tratando as coisas pelo nome que elas devem ter: rachadinha é ROUBO de dinheiro público. Rachadinha é CORRUPÇÃO da família Bolsonaro.
A revolta causada pela marca de 500 mil mortos enterrou a narrativa de que se tratam de manifestações "apenas partidárias". As manifestações contra Bolsonaro e seu governo foram ampla maioria, com mais de 80% dos usuários se manifestando contra o genocídio em curso no Brasil. (+)
É interessante observar como o antibolsonarismo hoje cumpre um papel muito próximo ao que um dia foi o antipetismo: ele fomenta a criação de alianças contranaturais e intensivas entre setores que antes eram marcados estritamente por alianças sociopolíticas. (+)
A ideia de “contranaturais” se aplica a união de atores não politicamente conectados ao redor de temáticas específicas que, por si só, não produzem filiação. (+)
Enquanto 64,5% dos usuários se manifestaram contra a proposta do PDT de defender o voto impresso, 21% dos usuários parabenizaram a sinalização. O interessante aqui é que esses elogios vieram, exclusivamente, de usuários bolsonaristas. (+)
No Twitter, o perfil do presidente do PDT também foi palco de intenso volume de replies: 84,6% dos usuários criticaram o pedetista, enquanto 15,4% manifestaram algum tipo de apoio. (+)
Não faço aqui nenhum juízo de valor sobre o tema - até porque não tenho capacidade para tal. Porém, não é novidade que a polarização nas redes fagocita, distorce e impede qualquer debate profundo sobre o tema, e os atores envolvidos sabem muito bem disso.
60 MILHÕES. As doses rejeitadas por Bolsonaro dominaram a #CPIdaCOVID. O bolsonarismo segue ignorando o óbvio: seja lá qual for o contorcionismo argumentativo, nada esconde o genocídio promovido por um governo que optou, ao invés de enfrentar o vírus, por enfrentar o Butantan. +
A posição do perfil do Butantan não é ao acaso: o perfil se apresenta em intensa disputa, recebendo ataques de bolsonaristas durante todo o depoimento, enquanto antibolsonaristas enalteciam o papel do Instituto. +
Ironicamente foi justamente de um senador bolsonarista que veio o pedido para "não politizar" o Butantan. Tudo isso enquanto seus apoiadores atacavam o instituto nas redes. +