Alguns jornalões, como Le Monde, Guardian e Washington Post - tiveram acesso a milhares de dados, que revelam a extensão da espionagem de estado promovida por diversos países - de nacionais e de estrangeiros.
Segue o 🧵
No ano passado, a Anistia Internacional alertou sobre o risco do uso indiscriminado do software Pegasus, desenvolvido pela empresa israelense NSO Group.
A licença é vendida exclusivamente para governos, com o objetivo de combate ao terrorismo e ao crime organizado.
Naturalmente, o aplicativo se torna uma ferramenta de monitoramento a tudo e todos, pelo acesso ao telefone dos investigados. Não apenas às ligações, mas também acesso a fotos, contatos, geolocalização e mensagens trocadas em aplicativos - mesmo criptografados, como o WhatsApp.
De acordo com os jornais, vão ser revelados nos próximos dias que são monitorados alguns chefes de estado e de governo da Europa; membros da oposição de vários países; pessoas do alto escalão de diversos governos; empresários; diplomatas; militares; e, sobretudo, jornalistas.
Alguns casos já começaram a ser destrinchados.
No Líbano, há monitoramento do presidente, do primeiro-ministro, de diversos membros do Hezbollah e de outras dezenas de membros da classe política e do governo.
O monitoramento no Líbano é feito pelas contas dos Emirados Árabes e Arábia Saudita.
A Arábia Saudita, aliás, usou o Pegasus para monitorar a comunicação de dissidentes com Jamal Khashoggi, que foi assassinado em Istambul, em 2018.
Na Hungria, mais de 300 telefones vem sendo monitorados pelo governo Orbán. Entre os alvos, jornalistas, donos de jornais, advogados e militantes pelos direitos humanos.
Marrocos, Índia, México, Ruanda e Azerbaijão são alguns dos outros países que também usam o Pegasus para monitorar jornalistas críticos ao governo.
Ainda deve ter muita coisa pra sair.
Vale manter a atenção
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🇯🇵 🇰🇷 A Coreia do Sul está ameaçando boicotar os jogos Olímpicos de Tóquio, por um pontinho num mapa.
Segue o fio 🧶
Desde a Segunda Guerra Mundial, Japão e Coreia do Sul disputam a posse de umas ilhazinhas inabitadas no Mar do Japão, chamadas de Dokdo pela Coreia e de Takeshima pelo Japão
O Japão, há décadas, vem pedindo uma arbitragem para decidir sobre a soberania das ilhas, o que a Coreia - que as ocupa - nega.
Como o Brasil pode se tornar um muito isolado do resto do mundo nos próximos dias
O fio🧵
Por anos, o Brasil tentou construir uma imagem de relevância internacional, pra sentar nas mesas de negociação com algum destaque.
E a principal arma do Brasil pra soar representativo mundialmente sempre foi o nosso destaque regional.
Não por acaso, o Brasil liderou a criação de estruturas de integração regional na América do Sul e América Latina por décadas, como ALALC, ALADI, Grupo do Rio, MERCOSUL, Unasul, Celac, entre outros.
🇨🇳🇮🇳 Eu não deveria, mas sempre acho um pouco cômico quando os exércitos de duas potências militares e nucleares entram em confronto na fronteira usando pedras e porretes.
O medo de as tensões crescerem na fronteira entre China e Índia os leva a evitarem o uso de armas de fogo.
A China alega reagiu depois que militares indianos cruzaram a fronteira ontem. Morreram 3 militares indianos e, segundo a Índia, faleceram também militares chineses, o que não foi confirmado.
As autoridades já estão em contato pra contornar as tensões.
É a primeira vez que um confronto entre chineses e indianos leva a mortes desde 1975.
A fronteira entre os dois tem cerca de 3,5 mil km e não é muito bem definida. Quando a Índia iniciou a construção de uma estrada na região, ano passado, a China contestou.
Como a Argentina levou uma volta na origem do seu programa nuclear: a thread
A Argentina, como muitos outros países, se interessou pela tecnologia nuclear depois das explosões de Hiroshima e Nagasaki.
Mas os olhos de Perón brilharam mais ainda com a possibilidade de ter um programa nuclear único, depois que conheceu, em 1947, o austríaco Ronald Richter.
Richter se apresentava como alguém capaz de desenvolver na Argentina um projeto que só não foi implementado na Alemanha por causa da Segunda Guerra Mundial.
A ideia era ambiciosa e inovadora: produzir a fusão nuclear, por meio da aceleração de partículas.
Asma al-Assad é casada com o presidente da Síria, Bashar al-Assad, desde 2000, ano em que ele assumiu a presidência do país. Ela ficou muito conhecida pelas suas aparições como socialite, mas vem tendo um papel maior do que se imagina na política do país.
Segue a thread 🧵
O presidente sírio, Bashar al-Assad, é filho de Hafez al-Assad e de Anisa Makhlouf, ambos pertencentes a famílias alauítas de Latakia.
Os Assad representam o poder no país desde que Hafez chegou ao poder, em 1971.
Os Makhlouf são uma das famílias mais ricas do país.
O casamento Assad-Makhlouf é a junção da fome com a vontade de comer: a família mais poderosa do país passou a ser financiada por uma das mais ricas.
O resultado é que os Assad estão no poder há quase 40 anos e os Makhlouf controlam cerca de 60% da economia do país.
Hoje completam 40 anos da morte de Josip Broz Tito, uma das figuras que mais simbolizaram o século XX.
Nasceu na Croácia, ainda no Império Áustro-Hungaro, em 1892
Era filho de um croata e uma eslovena; curiosamente, foi presidente de um país de maioria sérvia
Lutou a Primeira Guerra pela Áustria-Hungria e foi levado para a Rússia como prisioneiro do exército do Czar. Por isso, participou da Revolução Russa, em 1917, in loco
Na Segunda Guerra, liderou os Partisan, a resistência contra os nazistas na Iugoslávia
Após a guerra, se tornou primeiro-ministro e depois, presidente do seu país. Esteve no comando entre 1945 e 1980, quando faleceu.
Apesar de ser comunista, não se manteve alinhado à URSS. Foi um dos líderes do terceiro-mundismo e tinha diálogo aberto com Washington e Moscou.