Olha aí exatamente o q falei ontem: a tal proposta de semipresidencialismo é uma reação à ameaça de golpe bolsonarista com apoio militar. Podem dizer q “é blefe”, mas o blefe já está alterando o comportamento dos outros jogadores à mesa…
Isso pq os militares sempre têm a carta da violência na mão. Ela não é suficiente pra ganhar o jogo, e eles no mais das vezes não vão necessariamente botá-la na mesa, mas os outros jogadores sabem que a mão dos militares nunca está vazia…
E mais: qdo digo “violência”, não se limita a tanque na rua. Pode ser simplesmente um “a tigrada não vai aceitar o Lula [ou investigação de corrupção], não vai dar pra controlar, vai ter confusão…”
Vai ter 1964? Improvável. Vai ter Riocentro? Bem menos improvável.
Resumindo, a ameaça bolsonarista é mais 1981 do qual 1964. Mas a anarquia militar dos anos 80 ajuda a explicar por que os brasileiros foram eleger presidente só em 1989, e não em 1985.
Digo mais: estamos pagando até hj pela forma como lidamos com a anarquia de então. Com toda a confusão política na Argentina das últimas décadas, pq será q os militares não costumam estar envolvidos?… infobae.com/sociedad/2018/…
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Meu novo artigo no @NexoJornal é sobre como, agora que a covid-19 passou a ser doença evitável, a “pandemia dos não-vacinados” é resultado direto de disfunções institucionais várias pelo mundo afora. nexojornal.com.br/colunistas/202… 1/10
Com as milagrosas vacinas ora disponíveis, a única razão da persistência da pandemia é a lentidão da imunização. Parte do problema, como na África, vem diretamente da falta de recursos e solidariedade internacional. 2/10
Outros casos são falhas mais insidiosas. Nos EUA, por exemplo, não falta vacina, mas a taxa de imunização se encontra um tanto estagnada. Se bem há fatores como as desigualdades no acesso à saúde, este gráfico chocante ilustra que há outros também. 3/10
Este artigo não poderia explicitar melhor a natureza da ameaça golpista, e como ela já rompeu a normalidade democrática. noticias.uol.com.br/colunas/thais-…
Primeiro, a ameaça de violência generalizada, “grave conflito social”. Não é golpe, imagina!
Depois tem o ponto de q certos resultados não são aceitáveis.
Meu novo artigo no @NexoJornal é sobre o “Bidenomics”. Muitos por aí estão se discutindo se faz sentido, mas faço outra pergunta: como foi que um político tão estereotipicamente moderado propôs um conjunto tão ambicioso de políticas? 1/13 nexojornal.com.br/colunistas/202…
É consenso q as políticas sendo propostas por Biden são ambiciosas, no plano fiscal, do desenho do sistema de bem-estar social americano e do papel do Estado. Teriam sido descartadas como fora do espectro de possibilidades até há pouco. 2/13
Como foi que o impensável deixou de sê-lo? Não foi uma conversão ideológica de Joe Biden, que continua sendo o democrata pragmático que sempre foi. 3/13