Com quantos anos você descobriu que existem aproximadamente 150 tipos, diversos tamanhos e cores do milho, e que ele é o cereal mais cultivado do planeta?
Um legado dos povos originários da Mesoamerica 🌽
Graças aos povos originários e suas sabedorias, o milho foi cultivado, sem transgênicos e sem fertilizantes, e suas sementes são passadas de geração em geração há milhares de anos.
Segundo a cosmovisão mexica, o milho é um simbolo da abundância, e o primeiro grão foi trazido por Quetzalcóatl
A origem do milho ocorreu na região central da Mesoamerica por meio da fusão de plantas que cresciam na natureza, como o teosinto.
O próprio nome no grão, originalmente, significa “sustento da vida”, o que faz jus a sua utilização como alimento dos povos.
Sua importância, inclusive, era celebrada em rituais originários e artísticos.
O que para os colonizadores era visto apenas como alimento de subsistência, entre os povos indígenas eram difundidas histórias sobre o cereal, sua simbologia e eram realizadas até celebrações festivas em torno dele.
Diferentes raças de milho foram identificadas em registros arqueológicos mostrando diversidade nos diferentes tipos, climas e ambientes, o que indica que muitos tiveram uma ampla distribuição geográfica em tempos pré-hispânicos, sendo os Andes um centro de intercâmbio cultural.
O milho era um dos alimentos mais comumente retratados, com algumas cerâmicas e metais formados em moldes criados a partir de espigas de milho reais que garantem impressões precisas e fornecem aos botânicos uma morfologia exata e detalhada do milho antigo.
Muitas cerâmicas representando o milho mostram divindades antropomórfica com presas, muito características das culturas Moche e Chavín.
Outros, principalmente as cerâmicas Moche mostram ratos, pássaros e outros animais mordiscando uma espiga de milho.
Nos tempos Incas, a plantação e o cultivo do milho em andenes foram muito utilizadas.
Essas plataformas, geralmente com 4 níveis, podiam controlar microclimas e melhorar a produção das safras e produzir variedades de milho, o mais conhecido desses laboratórios agrícolas é Moray
Um importante instrumento agrícola utilizado pelos Incas para o o plantio do milho foi a taclla, sua parte inferior é empurrada ao solo para que crie um buraco para as sementes serem plantadas.
Muitas delas levam a própria iconografia do milho como decoração.
Com a chegada dos colonizadores, as formas originárias foram substituídas por meios “mais produtivos” e, portanto, agressivos, como agroquímicos para envenenar a terra em troca de produzir mais.
O milho transgênico é veneno! O milho originário é símbolo de luta e resistência
Essa sequência foi feita com ajuda do perfil de divulgação de arqueologia @arqueoespirito, Que incluso há produziu um fio sobre os andenes. 🌽👇
Vocês já viram o pôster da animação peruana "Kayara"? 🇵🇪 ♥️
Kayara (flor do deserto em quechua)é a protagonista da história que remonta ao tempo do império Incaico. Seu desejo é se tornar uma chasqui, e apesar de ser um trabalho reservado aos homens, ela lutará para seguir sonho
Junto de seu mascote, um cuy (porquinho da india) o Huari, Kayara passará por aventuras pela antiga Cusco com um quipu (artefato antigo para armazenar informações), e um pututu (instrumento feito com uma concha)
Vejam o trailer:
O filme ainda está em andamento e estima-se que possa ser lançado em 2022 ♥️♥️
O imenso império Inca abrangia vastas regiões dos atuais países Peru, Bolívia, Chile, Argentina, Equador e Colômbia.
Para manter a comunicação com um território tão extenso, um personagem fundamental: O chasqui, um eficiente mensageiro de correio na época.
Do quechua chaskiq ou chaskij, 'aquele que recebe e dá', Os chasquis eram os mensageiros do império Inca.
Seu trabalho consistia em viajar pelas ‘qhapaq’(estradas incas) transportando registros oficiais através dos ‘quipus’ (sistema de comunicação incaico através de fios e nós)
Os chasquis atravessaram a Cordilheira dos Andes, eram mensageiros que levavam informações e notícias pelos quatro cantos do império inca.
Por meio de um sistema de retransmissão organizado, as mensagens podiam viajar vários quilômetros sem pausa por 1 dia.
Inspirados nos tecidos usados pelas mulheres indígenas nos Andes, na cidade boliviana de El Alto foi construída uma arquitetura inspirada nas culturas originárias andinas.
Chamada de arquitetura neo-andina; Vocês conhecem os edifícios "cholets"?
Inspirados nos tecidos originários (aguayos), os edifícios se destacam no ambiente frio e de prédios de tijolos de El Alto.
Normalmente são lima e esmeralda, salmão e framboesa, com painéis geométricos e janelas como espelhos.
Apelidados de "cholets", uma mistura de "chalés" de alta classe e a palavra que por anos foi usada de forma pejorativa "cholo" ( a gíria foi criada com conotação racista contra indígenas, mas atualmente foi ressignificada e usada com orgulho por pessoas indígenas)
Nem porquinho nem veio da Índia! Conhecido no Brasil como “porquinho da Índia”, e como “cuy” em países andinos, na verdade esse bichinho é um roedor originário da América do sul!
Tudo indica que o "cuy" foi domesticado há mais de 6.000 anos nos Andes, pelos povos originários.
O nome "porquinho da Índia" tem uma possível explicação: No final do séc XV, navegantes europeus procuravam novas rotas marítimas para chegar ao mercado de especiarias da Índia.
Ao desembarcarem na América do Sul, pensaram estar na Índia. E assim, o nome dos roedores se originou
A primeira evidência do uso humano desses roedores data de cerca de 9000 anos atrás por comunidades andinas e serviam de alimento, mas foram domesticados já em 5.000 AEC, nos andes equatorianos-colombianos, devido à diversos achados arqueológicos na área em contextos culturais.
Cruz andina, a Chakana, se constitui no elemento principal do ordenamento territorial, social, econômico e político das sociedades andinas de Abya Yala.
No dia 3 de maio a constelação do Cruzeiro do Sul assume a forma de uma cruz.
O nome ancestral da Constelação do Sul era Jach’a Qhana (Grande Luz). É uma ponte entre a sociedade, a natureza e os seres sobrenaturais, que permite ao homem andino interagir com o cosmos.
O mês de maio representa o início de um novo ciclo que é marcado pela constelação Cruz del Sur, que está em seu ponto mais alto e vertical em nosso céu.
Esta posição anuncia a época da colheita e o início de um novo ciclo de vida.
Com saias típicas, chapéu de coco e tranças, um grupo de senhoras escalam montanhas e usam aguayos em vez de mochilas nos ombros
Desde 2015, o grupo de indígenas aymaras estão superando muito mais do que grandes alturas. Elas são as "Cholitas escaladoras"
Um grupo de mulheres bolivianas de origem aymara, cansadas da profunda desigualdade e violência de gênero em seu país, além da forte rejeição e discriminação por serem indígenas, decidiram romper estereótipos e conquistar os picos mais altos do mundo.
Algumas das protagonistas desta história já vinham trabalhando com os seus maridos há algum tempo como cozinheiras ou guias para turistas de montanha.
No entanto, nunca tinham escalado montanhas, porque tinham sido levadas a acreditar que "não era para elas".