O Sheriff Tiraspol acabou com a chance de haver um confronto entre Estrela Vermelha e Dínamo Zagreb nas preliminares da Champions League.
Os que acham que essa foi uma conquista do futebol da Moldávia se enganam: o Sheriff e seus torcedores não se consideram moldavos.
Tiraspol é a capital da Transnístria, uma região separatista da Moldávia.
A Moldávia foi parte da União Soviética, mas, como as demais repúblicas, declarou sua independência no fim dos anos 80.
A Transnístria (região além do rio Dniestre, daí o nome) não queria se separar.
Na Moldávia, do lado ocidental do rio, há uma grande influência da cultura romena. Mas, ao cruzá-lo, a identificação é com a Rússia, inclusive no uso do idioma e do alfabeto cirílico.
Dado o impasse, houve conflito armado entre moldavos e rebeldes transnístrios entre 1990 e 92.
Hoje, esse é considerado um conflito congelado. Embora a Transnístria não seja reconhecida internacionalmente como um país independente, ainda assim ela possui seu próprio governo, sua própria moeda, seus próprios militares e até sua própria bandeira, que lembra muito a da URSS.
Portanto, voltando ao futebol, considerar o avanço do Sheriff uma conquista do futebol moldavo é desconhecer que nenhum torcedor do clube de Tiraspol se considera de fato moldavo. Claro, o clube é o atual hexacampeão da liga da Moldávia, mas isso se deve ao seu poderio econômico.
Sheriff é, na verdade, o nome de um conglomerado empresarial da Transnístria, que tem negócios como postos de gasolina, supermercados, um canal de TV, uma construtora, entre outros.
O isolamento transnístrio permitiu que a empresa prosperasse e até comprasse um time de futebol.
A influência política de uma empresa tão grande é óbvia: 29 dos 33 deputados do parlamento da Transnístria pertencem ao partido Renovação, ligado à Sheriff. O sucesso do clube de futebol, portanto, é só uma joia da coroa. Mas chegar até a Champions League seria uma bela afirmação
Com tanto dinheiro, o plantel é multinacional, com destaque para africanos e sul-americanos, vindos de Peru, Colômbia e do Brasil.
Na semana passada, o @rafaelreis14 escreveu sobre Luvannor, brazuca que joga lá e é o atual artilheiro da Champions.
A Federação Saudita de Futebol anunciou hoje a contratação da técnica alemã Monika Staab.
Ela comendará a seleção feminina do país.
A ditadura saudita segue tomando medidas para parecer menos radical aos olhos do Ocidente.
O futebol é o esporte mais popular da Arábia Saudita.
O primeiro time feminino do país foi criado em 2006, o King's United. As mulheres treinavam três vezes por semana e nenhum homem podia assistir.
A partir de 2018, novas medidas foram tomadas para fazer a Arábia Saudita parecer menos radical em relação à opressão das mulheres. Elas ganharam o direito de dirigir, de ir ao cinema e de ir aos estádios, por exemplo.
Enquanto isso, a ditadura segue violando direitos humanos.
O início de agosto marca o aniversário da Revolta de Varsóvia, quando o Exército Clandestino Polonês tentou libertar a Polônia do controle dos nazistas.
Hoje, a torcida do Legia Varsóvia levou um mosaico ao estádio com os dizeres "Nunca perdoar, nunca esquecer", e uma âncora.
O símbolo da Kotwica, âncora em tradução literal, representa o Armia Krajowa, o Exército Clandestino.
Ele era inicialmente composto pelas letras P e W, mas foi estilizado dessa forma em desenho de Anna Smolenska.
Smolenska morreu em Auschwitz.
O P e o W são a sigla de "Pomścimy Wawer", ou "Vingança a Wawer", em referência ao massacre de Wawer, quando 109 civis poloneses foram assassinados pelos nazistas em 1939.
Em 2004, dias após vibrar com as Olimpíadas de Atenas, o mundo prendeu a respiração quando crianças de uma escola na Ossétia do Norte, na Rússia, foram sequestradas.
334 pessoas morreram, mais da metade crianças.
Em Tóquio, 2 alunos daquela escola viraram medalhistas olímpicos
Em 1° de setembro de 2004, 3 dias após o fim dos Jogos Olímpicos, a Escola Primária Número 1 da cidade de Beslan foi invadida por terroristas chechenos.
Eles exigiam a retirada das tropas russas da Chechênia e o reconhecimento da independência da região.
A invasão da escola foi parte de um conflito entre Rússia e Chechênia, república de maioria islâmica, que vinha desde 1999.
Depois de 3 dias de sequestro, forças de segurança russas invadiram a escola e o confronto terminou num massacre.